sábado, 14 de abril de 2012

Brasil não dá certo sem indústria forte, assegura Dilma

“Não há hipótese de o Brasil dar certo, de continuarmos nos desenvolvendo, distribuindo renda, gerando emprego, afirmando nossa soberania, tendo importância internacional, se não tivermos uma indústria forte.” A afirmação é da presidenta da República, Dilma Rousseff, feita a empresários durante a apresentação do programa que o Senai está desenvolvendo para impulsionar a competitividade da indústria nacional.


Pimentel, Dilma e Mercadante: perguntas e explicações de alunos
do Senai sobre o funcionamento de equipamentos e métodos
aplicados na formação profissional (Foto Miguel Ângelo)


No encontro, realizado nesta sexta (13/4), na sede do Sistema Indústria, em Brasília, Dilma afirmou não concordar com a tese de que a prevalência do setor de serviços sobre os demais segmentos da atividade econômica deve ser perseguida como característica de nação desenvolvida. “Não sou daquelas pessoas que acreditam que o mundo mudou e hoje é só serviços. Países que entraram nisso tendem a reverter em parte esse processo.”

A presidenta da República conheceu os planos do Senai em ampliar substancialmente seus serviços. Estão sendo investidos R$ 1,9 bilhão primordialmente em inovação tecnológica e na educação profissional para a indústria.

Para a presidenta, o programa, que prevê a instalação de 23 institutos de inovação e 38 institutos de tecnologia, entre outras iniciativas, “abre uma nova agenda para o Brasil”. Segundo ela, “o Senai é o que temos de mais qualificado para transformar a pesquisa e o modelo de inovação brasileiros”.

Acompanhada dos ministros do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel; da Educação, Aloizio Mercadante; e dos presidentes do BNDES, Luciano Coutinho, e do Sistema Indústria, Robson Braga de Andrade; Dilma Rousseff percorreu uma exposição de projetos e equipamentos usados pelo Senai em todo o país.

Luciano Continho sublinhou que “o programa é o início do processo de reação competitiva da indústria brasileira”. De acordo com ele, “estamos nos preparando para dobrar o tamanho do Senai, de maneira a formar ou retreinar, nos próximos dez anos, mais de 50 milhões de trabalhadores”.

Outra meta é contabilizar, em 2014, 4 milhões de matrículas ao ano, quase o dobro das 2,5 milhões de matrículas registradas em 2011 pelos centros e unidades de educação da organização, que beneficiam indústrias e comunidades de cerca de 3 mil municípios.



Mais salas de aula e centros de pesquisa aplicada
Ainda graças ao programa de apoio à competitividade, o Senai vai construir 53 centros de educação profissional e comprar 81 unidades móveis. Os 38 Institutos de Tecnologia vão promover serviços técnicos e tecnológicos, como metrologia, ensaios e testes laboratoriais para confirmar ou elevar a qualidade dos produtos e apoiar o desenvolvimento de projetos de produtos e processos inovadores. O Senai já presta, com sua rede de cerca de 200 laboratórios, esses serviços a 18 mil empresas por ano. Além disso, os Institutos de Tecnologia oferecerão educação profissional em diversas modalidades de ensino, da iniciação profissional até cursos superiores.

Os 23 Institutos de Inovação, que atuarão em rede com os Institutos de Tecnologia, terão expertises para dar suporte às empresas no desenvolvimento integrado de produtos, processos, pesquisa aplicada, solução de problemas complexos e antecipação de tendências tecnológicas. Essas unidades também formarão profissionais para gerar conhecimento e promover tecnologias que atendam às necessidades da indústria.

Serviços tecnológicos e técnicos: Senai já atente 18 mil empresas/ano,
com sua rede de 200 laboratórios (Foto Gilson Abrel/Agência Fiep)


Com atuação que atenderá a todos os setores da indústria e às demandas peculiares a cada região do país, os Institutos de Inovação se especializarão em áreas como microeletrônica, engenharia de superfícies e fotônica, materiais e componentes, tecnologia da informação e comunicação, tecnologias construtivas, energia e defesa.

Como a inovação exige recursos humanos qualificados, os 53 Centros de Formação Profissional vão formar técnicos em cursos customizados e por meio a educação a distância. Verdadeiras oficinas, as 81 novas unidades móveis levarão cursos de qualificação de curta duração a regiões onde existe demanda por profissionais qualificados, mas não há escolas fixas do Senai.

Cinquenta delas deverão começar a operar ainda neste ano. Doze atuarão na área de panificação, cinco de confecção, dez de soldagem, dez de construção civil, oito de automação e cinco de usinagem por comando numérico computadorizado (CNC). Em 2013, serão compradas escolas móveis para oferecer formação em outras áreas tecnológicas.


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