segunda-feira, 11 de junho de 2012

Indústrias criativas: Fórum discutirá ecossistema e regulamentação do setor

O ecossistema das indústrias criativas no Brasil, a economia criativa e a regulação de conhecimentos tradicionais e a reflexão sobre a brasilidade na próxima década. Esses são os principais temas do 25º Fórum de Debates Brasilianas.org sobre Indústrias Criativas.


O evento, que será promovido na próxima quarta (13/6/2012), em São Paulo, terá os seguintes palestrantes:

Cláudia Sousa Leitão: secretária de Economia Criativa do Ministério da Cultura; Ana Maria Magni Coelho: gerente da Unidade de Atendimento Coletivo Comércio e Serviços do Sebrae; Jéthero Miranda: coordenador do curso de Design da Belas Artes; João Paulo Rodrigues Matta, analista de Desenvolvimento da Desenbahia, Agência de Fomento do Estado da Bahia, e pesquisador do Cult/UFBA; Álvaro Guillermo: professor de pós-graduação, dos cursos de Ciências do Consumo e Designer Estratégico da ESPM; Hecliton Santini Henriques: presidente do Instituto Brasil de Economia Criativa; e Pedro Berti: atual organizador do App Date SP e Be My App World Cup.

Um dos próximos desafios que o Brasil terá que enfrentar para a consolidação da economia está no desenvolvimento das Indústrias Criativas e de seus Arranjos Produtivos Locais (APL). Diante da vasta produção cultural disseminada em todo território e do potencial turístico decorrente, principalmente, das políticas de desenvolvimento regional no Nordeste e Norte, o país é dono de vasto material cultural e simbólico gerado a partir do trabalho criativo. Essa massa de informações, serviços e artes possui dinâmica econômica própria, e, portanto, exige estratégias específicas para seu desenvolvimento.

Além de participação importante no PIB, essas indústrias tem forte capacidade para a exportação de produtos que carregam em si modos de vida, simbologia brasileira e, com isso, despertam culturalmente o país para o mundo. Heterogêneo, o setor criativo compreende uma série de segmentos: design, cinema, música, turismo, indústria de softwares, artes performativas, televisão, rádio e entretenimento em geral, museus, patrimônio histórico, tradições e artesanato.

O conceito de Indústria Criativa surgiu nos anos 1990, na Austrália, mas foi no final da década que adquiriu mais força, ao constar nas políticas definidas pelo Department for Culture, Media and Sport (DCMS) do Reino Unido, que, em 1997, criou o Creative Industries Unit and Task Force, divisão para cuidar particularmente do setor.

De acordo com o DCMS, trata-se de atividades que tem na origem a criatividade e talentos individuais. Ao contrário da indústria manufatureira tradicional, cujo foco está na linha de produção, as indústrias criativas dizem respeito à sociedade do conhecimento, com valorização do indivíduo e da exploração da propriedade intelectual.

“As indústrias criativas tem por base indivíduos com capacidades criativas e artísticas, em aliança com gestores e profissionais da área tecnológica, que fazem produtos vendáveis e cujo valor econômico reside nas suas propriedades culturais ou intelectuais”.

A tendência de “comoditizar” a criatividade e de se enfatizar o potencial de comercialização da arte, porém, não é algo novo. Theodor Adorno, no fim da década de 1940, cunhou o termo Indústria Cultural, que depois foi reforçado por outros autores da Escola de Frankfurt. Foi apontada, assim, a comodificação dos bens culturais e a absorção pelo capitalismo e seus meios de produção.

A convergência entre artes, negócios e tecnologia, contudo, é hoje um estágio novo da indústria cultural e que deve ser estudado de maneira sistêmica, uma vez que articula diversas disciplinas e áreas do conhecimento humano maiores do que o pensamento simplista de uma economia financista.

Para participar do seminário, ligue para 0800 169966 ou via eventos@advivo.com.br.




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