terça-feira, 5 de junho de 2012

Propriedade intelectual estratégica: Conferência Anpei vai mostrar como inovar usando tecnologias não patenteadas

Usar tecnologia não patenteada é um caminho para acelerar o aprendizado das empresas quando se trata de inovar. Essa estratégia é o foco da apresentação do presidente da Intellectual Assets Inc., de Paul Germeraad, na XII Conferência Anpei, que ocorrerá na próxima semana (11 a 13/6/2012), em Joinville, Santa Catarina. A Intellectual Assets presta consultoria especializada em integrar negócios, pesquisa e desenvolvimento e propriedade intelectual.

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Germeraad fará sua apresentação no segundo dia do evento, das 9h às 10h, no espaço aberto para discussão dos assuntos relacionados aos comitês temáticos Anpei. A coordenadora do Comitê Temático de Gestão da Propriedade Intelectual, Letícia Socal da Silva, explica que “Germeraad sempre trata do assunto propriedade intelectual do ponto de vista estratégico, olhando patentes como estratégia de negócio, que é a nossa visão no comitê temático.”

Para Germeraad, o Brasil tem uma oportunidade excepcional para acelerar o processo de tornar suas empresas mais inovadoras. "Esta oportunidade é oferecida por uma lacuna existente entre o grande desenvolvimento econômico do Brasil e sua ainda discreta proteção da propriedade intelectual.”

"O Brasil tem uma base econômica sólida para absorver novos produtos e serviços. As empresas brasileiras têm a oportunidade de utilizar documentos em domínio público para aprender exatamente como implementar, em seus negócios, as mais recentes inovações do mundo", prossegue.

Segundo ele, as empresas são livres para utilizar a literatura internacional porque muitas companhias estrangeiras ainda não depositaram suas patentes no Brasil e seus produtos e processos, portanto, não estão protegidos no mercado brasileiro.

"Na medida em que as empresas brasileiras explorem tecnologia de ponta para satisfazer as necessidades dos consumidores brasileiros, elas vão naturalmente fazer suas próprias melhorias na tecnologia de base, permitindo-lhes, posteriormente, comercializar os seus produtos em todo o mundo", diz.

Ele lembra que países considerados hoje avançados tecnologicamente já passaram por esse processo de aprendizado, como Estados Unidos, nos anos 1800, Japão, nos anos 1900, Coreia, nos anos 2000. "O Brasil é o próximo país que pode seguir este caminho para a prosperidade", destaca.

Depois de Germeraad, o empreendedor brasileiro Eduardo de Mello e Souza, hoje atuando em um dos maiores escritórios de propriedade intelectual do Brasil, o Dannemann Siemsen, falará sobre como patentes ajudaram um grupo de empreendedores brasileiros a por um pé em um mercado de US$ 3.4 bilhões.

Souza vai contar como um grupo de cinco empreendedores brasileiros - quatro engenheiros e um cirurgião dentista - conseguiu usar patentes para atrair a atenção de grandes multinacionais do ramo protético.


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