sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Vídeo da semana: Viciado em plástico

Por Doc Verdade


Addicted to Plastic (Canadá, 2008, 53min, na versão curta, direção de Ian Connacher) é um documentário sobre soluções para a poluição causada pelo plástico, detalhando o caminho deste durante os últimos 100 anos.




O filme recebeu o Prêmio do Júri para Documentário Internacional e foi considerado o Favorito da Audiência para Documentário Internacional no Amazonas Film Festival, no Brasil. Também, recebeu o Golden Sun Award de Melhor Documentário Internacional no Barcelona International Environmental Film Festival.

Para responder à questão do descarte, o diretor visitou lugares como o trecho de lixo oceânico que situa-se no Giro do Pacífico Norte, no qual há atualmente mais plástico do quê plâncton por milha quadrada.

Ele também visitou um depósito de lixo tóxico na Índia, localizado em uma vila, cujos moradores tem a expectativa média de vida é de 30 anos.

De acordo com o cineasta, há uma versão curta do filme que usa a perspectiva em terceira pessoa, sem que ele atue como guia. Neste também fica excluído o capítulo sobre ingredientes tóxicos do plástico.

Problemas de detritos marinhos, reciclagem e bioplásticos permanecem idênticos à versão mais longa. (Wikipedia)

Clique aqui para assistir a versão longa do documentário, com 85min.


segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Nelson Mandela: um advogado da Educação

Por Patrícia Gomes, para o Porvi

Dilma, Lula, Fernando Henrique Cardoso, Fernando Collor de Melo e até José Sarney foram prestigiar. Barack Obama e Raul Castro também – e, inclusive, trocaram um aperto de mão histórico.

Na semana em que líderes de todo o mundo se mobilizaram para comparecer à cerimônia de despedida de Nelson Mandela, o Porvir preparou uma seleção com frases e feitos do sul africano em prol da Educação.

(Foto Nelson Mandela Foundation)

Símbolo da luta contra o Apartheid, regime de segregação racial que separava brancos e negros na África do Sul, Mandela foi sempre defensor de um sistema educacional mais equânime e digno. “Não está além do nosso poder a criação de um mundo no qual crianças tenham acesso a uma boa Educação. Os que não acreditam nisso têm imaginação pequena”, repetiria ele ao longo da vida. 

Ainda em 1953, antes de passar 27 anos preso por lutar pela democracia, ele disse no Congresso Sul Africano: “Façam com que todas as casas e todos os barracos se tornem um centro de aprendizado para nossas crianças”.

Já como presidente, cargo que exerceu entre 1994 e 1999, Mandela lutou por prover uma Educação mais equânime entre negros e brancos. “O presidente Mandela falou com paixão em todos os fóruns possíveis sobre seu compromisso de prover Educação de qualidade para todas as crianças da África do Sul, assim como propiciar também uma vida melhor para todos. Ele estabeleceu parcerias valiosas com o setor privado, especialmente para a construção de escolas nas comunidades rurais de todo o país”, diz o Departamento de Educação Básica em seu site.

Mesmo depois de seu período na presidência e já octogenário, Mandela não deixou de lado sua ligação com Educação. Em 2003, ele participou do lançamento da rede Mindset, uma organização sem fins lucrativos que provê material educativo e curricular para alunos e professores em vários temas, desde economia, matemática e física até tecnologia e orientação para a vida. 

Na ocasião, proferiu uma de suas aspas mais famosas e que resume parte de seus valores. “A Educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo”, disse ele. E avisou: “Vou usar o resto dos meus dias para ajudar a África do Sul a se tornar mais segura, saudável e educada”.

Sua militância na área continuou sendo frequente, mesmo depois de se retirar da vida pública em 2004. A instituição que leva seu nome e se responsabiliza por levar adiante seu legado ajudou a reformar escolas e a criar centros de excelência de estudos pela África do Sul.

No exterior, suas palestras em universidades foram muitas – no site de sua fundação, a Nelson Mandela Foundation, é possível acessar a transcrição de seus discursos. “As instituições de educação superior têm a obrigação de escancarar suas portas. As que oferecem a educação mais rigorosa é que têm a maior obrigação. Vocês têm a qualidade, a habilidade, o apoio necessário para pressionar por isso”, disse Mandela em 2005 a universidade norte-americana de Amherst.

Ainda em 2005, ele criou outra fundação, a Mandela Rhodes Scholarship, destinada a financiar os estudos de jovens líderes africanos. Dois anos depois, ele criou um instituto voltado para promover a Educação na área rural de seu país, o Nelson Mandela Institute for Rural Development and Education. “Ninguém pode se sentir satisfeito enquanto ainda houver crianças, milhões de crianças, que não recebem uma Educação que lhes ofereça dignidade e o direito de viver suas vidas completamente”, disse ele por ocasião da fundação da organização.

Além de ele em si ter sido um advogado da Educação, documentos relativos à sua vida e à sua contribuição para a história também estão disponíveis e organizados, num trabalho feito pela Nelson Mandela Foundation. Todo o material está disponível na plataforma http://archives.nelsonmandela.org/home e pode ajudar educadores de todo o mundo a recontar a importância do líder sul africano para os séculos 20 e 21.

O legado de Mandela para a Educação, portanto, passa pela defesa firme de uma Educação de qualidade para todos, seja na cidade no campo, na escola ou na universidade. A Educação, para ele, era uma forma de empoderar e libertar as pessoas, e a liberdade sempre foi sua maior bandeira. “Uma boa mente e um bom coração são sempre uma combinação formidável. Mas quando você adiciona a isso um idioma bem falado ou uma caneta, então você tem uma coisa realmente especial”, dizia ele.


Educação e cidadania: Programa Caminho da Escola já atende a 1,9 milhão de alunos

A presidenta Dilma Rousseff disse nesta segunda (16/12/2013), em seu programa semanal de rádio, que o Programa Caminho da Escola já atende a 1,9 milhão de alunos em todo o país. Segundo ela, para atender a crianças e adolescentes que vivem nas áreas rurais e aqueles com deficiência que moram nas cidades, foram comprados, desde 2011, com recursos do governo federal, aproximadamente 17 mil ônibus.

Mais de um terço deles foram distribuídos a cidades do interior do Nordeste. O objetivo é combater a evasão escolar, garantindo transporte seguro aos estudantes. A verba é repassada, a fundo perdido, aos estados e às prefeituras, que ficam responsáveis por adquirir os veículos.

Populações ribeirinhas da Região Amazônica contam agora com lanchas viabilizadas pelo Programa Caminho da Escola (Foto Blog Edylima Radialista

"Garantir o transporte escolar seguro e de qualidade é um passo importantíssimo para diminuir as diferenças de oportunidades, inclusive a diferença entre a educação da cidade e do campo. Todas as crianças brasileiras, vivam elas nas cidades, nas áreas rurais ou em qualquer canto deste país, têm o direito de estudar, se qualificar, ter uma vida melhor e ter um belo futuro", disse Dilma, no Café com a Presidenta.

Ela lembrou que, antes de a iniciativa ser implantada, muitos desses alunos tinham que fazer longas caminhadas a pé ou eram transportados de forma improvisada, como em carrocerias de caminhonetes, caminhões pau de arara e lombo de burro, o que acabava desestimulando ou impedindo que chegassem às escolas.

A presidenta destacou que os ônibus do Caminho da Escola são preparados para circular em estradas de terra. Alguns deles são 4x4, com tração nas quatro rodas, fabricados para enfrentar atoleiros e buracos que podem aparecer no período das chuvas.

Dilma destacou que dos cerca de 17 mil ônibus do Caminho da Escola, quase 15 mil estão nas áreas rurais. Dois mil são usados nas áreas urbanas para levar as crianças com deficiência para a escola e fazem parte do Programa Viver sem Limite. Todos eles têm plataforma elevatória para garantir o acesso das cadeiras de rodas.

Segundo a presidenta, o Caminho da Escola também financia a compra de lanchas para atender às regiões ribeirinhas, principalmente na Região Norte, e de bicicletas, para as crianças de municípios com até 20 mil habitantes que moram longe da escola.

"As bicicletas também são padronizadas, têm quadro reforçado, selim anatômico, paralamas e bagageiro, além dos itens de segurança, como espelho retrovisor, campainha e refletores. A nossa preocupação com a segurança das crianças é tão grande, que, junto com a bicicleta, cada aluno também recebe um capacete", explicou.

Fonte Agência Brasil



Mercado de trabalho: negócio em casa é realidade para milhões de brasileiros

Quase 80% dos artesãos trabalham na própria residência, porém vale separar ambiente doméstico daquele dedicado à atividade profissional

Por Marcelo Araújo

Com organização e disciplina, trabalhar em casa pode ser uma alternativa para reduzir custos e tempo gasto com longos deslocamentos, engarrafamentos e outros problemas da vida moderna. Dois dados do Sebrae mostram que essa se torna cada vez mais uma opção de empreender para milhões de brasileiros.

Dos 3,5 milhões de microempreendedores individuais (MEI), 48,6% trabalham na própria residência. Ainda segundo a instituição, 77% dos profissionais de artesanato também utilizam o lar como espaço criativo.

Por conta do crescimento da demanda no período que antecede ao Natal, é preciso que o empresário estabeleça critérios de gestão para controlar possíveis conflitos na utilização do espaço de trabalho e moradia, o que pode acarretar em diminuição da produtividade. “O trabalho em casa abre uma série de possibilidades para os donos de pequenos negócios, como atuar com certa flexibilidade de horário e reduzir gastos que teria, por exemplo, com a manutenção de um escritório.

Clique aqui para saber tudo sobre

Mas vale ficar atento à capacidade produtiva e aos prazos de entrega, principalmente no final de ano, quando há crescimento forte das demandas para atender o cliente de forma satisfatória”, afirma o presidente do Sebrae, Luiz Barretto.

Com 12 anos de mercado, a artesã carioca Teresa Merheb trabalha na própria casa, no Itanhangá, na zona oeste do Rio de Janeiro, há seis anos. Com a premissa de não misturar os ambientes profissional e doméstico e atuar de forma mais profissional, a artista transformou a garagem no local de trabalho, com acesso independente.

No local, estão os fornos e tornos que ela utiliza para produzir peças em cerâmica, como pratos, vasos e luminárias. "Com pequenas reformas para aumentar a área útil, montei o espaço de produção, onde também dou aulas e recebo clientes de forma adequada”, conta.

Paulo César Alfeu, também do Rio de Janeiro, é outro empreendedor que utiliza a moradia como espaço para criação de suas peças artesanais, no bairro carioca de Jacarepaguá. Ele confecciona em torno de 3 mil sacolas e 800 caixas decoradas por mês.

Por conta da grande quantidade de matéria-prima, o artesão admite que nem sempre consegue impedir que seu trabalho acabe se expandindo por toda a casa. “Minha preocupação maior e de minha esposa, Luciana, com quem trabalho, é não deixar que o lado profissional afete o familiar, particularmente a relação com o nosso filho, Lucas”, afirma.

Paulo diz que, durante o dia, o casal divide a atenção entre o artesanato e tarefas particulares, como deixar e pegar o filho na escola, onde Lucas cursa o oitavo ano do Ensino Fundamental, e levá-lo à escolinha de basquete do Flamengo, na Gávea. “À noite e nos fins de semana, damos um gás na produção. Às vezes, ficando no batente até tarde, para não deixar a peteca cair e nem faltar com atenção ao garoto”, revela o artista.

Dicas para quem trabalha em casa
Importante para quem trabalha em casa, a formalização pode ser feita por meio do registro como Microempreendedor Individual, no Portal do Empreendedor. A regularização traz mais segurança ao dono do pequeno negócio, deixa as regras a serem cumpridas mais claras e amplia mercado por conta da possibilidade de se emitir nota fiscal. Quem pretende montar um negócio nessa circunstância também deve se informar na prefeitura do município sobre normais locais para licenciamento e funcionamento das atividades. 

  • Uma dica importante é separar o ambiente de negócio do familiar. Se puder, instale uma entrada própria para receber os clientes e os fornecedores, em um cômodo independente e bem organizado, com uma estrutura de móveis, computador e material de escritório. Essa medida dá um aspecto mais profissional à empresa e evita constrangimentos como um visitante se deparar com a família almoçando ou alguém deitado no sofá da sala vendo TV.
  • O empresário não pode misturar a rotina do escritório com questões familiares. Ele também não deve confundir o caixa da empresa com o da família.
  • Estabeleça horários para o início e o fim das atividades. A disciplina contribui não só para que o trabalho flua com mais eficiência, como para que o empreendedor consiga usufruir o tempo livre ao lado da família.
  • O empreendedor também tem que ficar atento ao cumprimento de prazos, à qualidade do produto e à competitividade do preço da mesma forma que o empresário responsável por um comércio, escritório ou fábrica. 
  • Cuidado com a aparência torna-se fundamental. Não é por trabalhar em casa que o dono do empreendimento pode apresentar-se com trajes excessivamente informais, como bermuda ou chinelo. O ideal é vestir-se da mesma maneira como se fosse trabalhar em um escritório. Essa postura ajuda a conquistar a confiança das pessoas com quem se trabalha.
  • Se possível, mantenha um número de telefone exclusivo para a empresa. Sugere-se que se instale uma secretária eletrônica para atender às ligações na ausência do empresário, ao invés de se recorrer às pessoas de casa para essa tarefa.
  • O Sebrae recomenda a capacitação e disponibiliza uma série de soluções para os pequenos negócios, como cursos, palestras, seminários, consultorias e educação a distância. No caso de quem busca aproveitar o aquecimento das vendas nos últimos meses do ano, indicam-se, especificamente, cursos como Gestão do Estoque, Atendimento ao Cliente e Técnicas de Vendas. Para ter acesso a esses conteúdos basta ir ao ponto de atendimento mais próximo do Sebrae ou se informar pelo telefone 0800 570 0800 e pelo Portal Sebrae.


Fonte Agência Sebrae


Educação: adesão a programa do livro didático será encerrada nesta quarta

Acaba nesta quarta (18/12/2013) o prazo para que os gestores das secretarias municipais de Educação façam a adesão ao Programa Nacional do Livro Didático para Jovens e Adultos (PNLD-EJA) 2013-2014. A adesão é requisito para que o município possa escolher os livros didáticos no próximo ano. Serão contempladas todas as séries da Educação de jovens e adultos – das classes de alfabetização ao ensino médio.

Dados da diretoria de políticas de alfabetização e Educação de jovens e adultos da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi), de sexta (13/12/2013), mostram que, enquanto 100% dos municípios do Ceará já aderiram ao programa, secretarias de Educação de Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo não atingiram nem 50% de suas redes. A adesão é ainda menor em municípios de Goiás, Mato Grosso, Bahia e Maranhão, segundo a Secadi.

A adesão garante ao gestor senha específica emitida pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), que dá acesso à escolha dos livros. Ao fazer a adesão, o gestor deve informar: nome do dirigente municipal que escolherá as obras didáticas, CPF, RG, telefone de contato e e-mail. A informação da senha será comunicada pelo e-mail informado.

Em 2014, o FNDE, autarquia responsável pelo Programa, distribuirá livros para todos os estudantes matriculados na Educação de jovens e adultos – classes de alfabetização, anos iniciais e anos finais do ensino fundamental, e ensino médio. Em janeiro, as secretarias terão acesso ao Guia do Livro Didático, que é um instrumento que orienta a escolha das obras, com indicações e resenhas dos livros aprovados pelo MEC.

Vinte editoras cadastraram obras para o programa do livro dirigido a jovens e adultos. O PNLD-EJA 2013-2014 contempla também obras regionais das diversas áreas do conhecimento.

Fonte Ministério da Educação




Desenvolvimento sustentável: Educação para combater a desigualdade

Por Washington Castilhos, da Agência Fapesp

Qual a melhor estratégia para enfrentar a desigualdade social, uma das grandes barreiras para a sustentabilidade global? Cientistas reunidos no 6º Fórum Mundial de Ciência (FMC), que ocorreu no Rio de Janeiro, no final de novembro (27/11/2013) sob o tema Ciência para o desenvolvimento sustentável, concordam que um dos caminhos é por meio da redução das iniquidades em áreas como saúde e Educação.

Sir John Burns (foto divulgação)
“Precisamos compartilhar o conhecimento científico”, defendeu o geneticista inglês John Burn, professor de genética clínica na Newcastle University, no Reino Unido, e um dos colaboradores do consórcio do Projeto Varioma Humano, iniciativa global criada em 2006, em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), que visa à redução de doenças de origem genética por meio do compartilhamento de dados sobre alterações genômicas.

“O sequenciamento do genoma humano nos permitiu dar respostas. Conhecemos inteiramente o DNA do homem, mas isso não é a solução. É preciso saber como interpretá-lo. Todos nós carregamos uma mutação genética, mas o importante é saber quantas variações podem levar a doenças. Se todos compartilharem essa informação, podemos reduzir em muito o risco de doenças”, afirmou o cientista, que em 2009 foi condecorado com o título de Sir pelos serviços prestados à Medicina.

Burn salientou o quanto a ciência tem se tornado cada vez mais inclusiva, citando como exemplo o teste de sequenciamento genético. “Há dez anos, quem podia fazer o seu mapeamento genético? A tecnologia de um teste de DNA custava US$ 100 mil. Hoje custa cerca de US$ 5 mil”, observou. Ele lembrou o quanto o teste genético se tornou popular após ter permitido à atriz Angelina Jolie se livrar do risco de desenvolver um câncer de mama com uma mastectomia, depois da descoberta de uma mutação genética hereditária no gene BRCA1. Mulheres com mutação neste gene têm um risco de 55% a 85% de ter câncer de mama. Com a cirurgia, o risco de a atriz desenvolver a doença caiu para 5%.

“Angelina Jolie prestou um grande serviço. Mas a mutação que ela apresentava era conhecida e, portanto, mais fácil de ser detectada. No entanto, temos que reconhecer que todas as pessoas são diferentes, daí a importância do compartilhamento de informações. Sobretudo para o Brasil, país de etnias tão diferentes”, disse Burn.

“Recentemente, tivemos conhecimento de que uma em cada 300 mulheres do sul do Brasil carregavam a mutação R337H no gene p53, responsável por um em cada 12 casos de câncer de mama. Tal informação pode ser importante para mulheres do outro lado do mundo. Compartilhar o conhecimento pode salvar vidas”, disse o geneticista.

No projeto Varioma Humano (HVP) a informação é coletada da literatura, dos laboratórios ou dos registros dos pacientes e compartilhada para todo o mundo. Com sede em Melbourne, Austrália, fazem parte do HVP 18 países e o consórcio conta com a colaboração de 1.200 membros em todo o mundo. O Brasil não faz parte do consórcio.

Se a genética tem se mostrado um instrumento de eliminação de desigualdades, no Brasil os avanços no campo da Educação podem ser relacionados à crescente inclusão social, afirmou o economista Ricardo Paes de Barros, secretário de assuntos estratégicos da Presidência da República. “O progresso na Educação brasileira, aliado ao aumento de renda da população, é o que tem nos permitido reduzir as iniquidades sociais”, disse Paes de Barros, em sua apresentação no FMC.

Ainda há, no entanto, segundo ele, muitos desafios a serem superados. “Embora a renda atual tenha aumentado aproximadamente 30% em relação a 2003, o país ainda enfrenta problemas relacionados à produtividade. E como podemos ter um país onde os salários aumentam mais que a produtividade?”, questionou.

Diferentemente do representante brasileiro, a economista chinesa Linxiu Zhang, vice-diretora do Centro Chinês para Políticas de Agricultura, assumiu que as desigualdades na China – país que forma com o Brasil, a Rússia, a Índia e a África do Sul o bloco conhecido como Brics – persistem. “Ainda falta alcançarmos a equidade no que diz respeito ao capital humano, ou seja, em relação à Educação e à saúde”, disse Zhang.

“Em dez anos, nossa renda aumentou somente 10% e apenas 40% dos alunos do ensino médio de áreas rurais vão para a universidade. Nossos estudos também mostram que 40% dos alunos não completam nem sequer o ensino médio”, afirmou.

De acordo com a economista, “diferentemente de países que, com sucesso, conseguiram alcançar o status do crescimento com equidade – como Japão, Coreia do Sul, Taiwan, Irlanda, Nova Zelândia –, a China segue os passos de países que alcançaram o crescimento com alto nível de desigualdades – como a Argentina (nos anos 1950), Venezuela, Brasil e Chile (nos anos 1960/1970) e o México de hoje em dia”.

Outro tema abordado na mesa da qual participaram John Burn, Ricardo Paes de Barros e Linxiu Zhang foi a relação entre o aumento populacional e a desigualdade social. Os cientistas discutiram se o tratamento igualitário na solução do problema é que vai produzir a igualdade entre as pessoas ou se é o tratamento diferenciado do problema que vai fazer chegar à solução das desigualdades sociais. Os cientistas apostam na segunda alternativa.

“Depende de qual país estamos falando. A taxa de fecundidade no Brasil está em constante declínio e já se encontra abaixo do nível de reposição. Ou seja, em alguns anos seremos um país de idosos. Então, dependendo do país, há de se desenvolver políticas de redução ou de aumento populacional”, afirmou Barros. “O tratamento para cada família deve ser diferente, porque elas têm necessidades diferentes”, avaliou Zhang.


O Fórum Mundial de Ciência 2013 é organizado pela Academia de Ciências da Hungria em parceria com a Unesco, o International Council for Science (ICSU), a Academy of Sciences for the Developing World (Twas), a European Academies Science Advisory Council (Easac), a Academia Brasileira de Ciências (ABC) e a American Association for the Advancement of Science (AAAS), com a missão de promover o debate entre a comunidade científica e a sociedade.


sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Automação: empregabilidade será um dos temas de encontro da Sociedade Internacional em Campina Grande

O International Society of Automation (ISA), o Núcleo de Automação Industrial do Senai da Paraíba, a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) e a Datasonic Indústria e Distribuição de Eletrônicos promoverão na próxima segunda (16/12/2013), em Campina Grande, o Encontro Técnico Profissional ISA Seção Recife.

Duas palestras serão ministras das 14h às 17h, no Centro de Treinamento Rosiélio Porto: a primeira, Automação de Sistemas Industriais: Visões, Empregabilidade e Oportunidades no Mercado Técnico Futuro no Nordeste Brasileiro, será ministrada pelo mestre em Controle e Automação Industrial, Wilsom Campos, consultor europeu pelo Centro Interdisciplinar de Estudos Econômicos (Cidec), e pesquisador do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, ambos de Portugal.

Em seguida, engenheiro de aplicação da empresa Datasonic falará sobre Medição Desafios da Aquisição de Dados. Podem participar profissionais da área de automação, professores, estudantes de nível técnico e superior e representantes de empresas. As inscrições para o encontro, que é gratuito, podem ser realizadas pelo prbarros@dee.ufcg.eedu.br.

O ISA atua no mercado desde 1945, promovendo a normatização internacional nas áreas de instrumentação, automação e controle e processos; em mais de 380 países, com ênfase na capacitação e transmissão de tecnologia por meio de seminários, cursos, palestras e encontros técnicos realizados em seus núcleos.

Saiba mais: 83 3182-3712.
 
Fonte Senai-PB

Tecnologias do gás: Fapesp e BG Brasil debatem propostas para criação de centro de pesquisa

A Fapesp e a BG Brasil, membro do BG Group, sediado no Reino Unido, realizaram na terça-feira (10/12/2013) reunião com pesquisadores e lideranças acadêmicas para debater questões sobre a chamada de propostas, lançada em outubro pelas duas instituições, para a criação de um centro de pesquisa para inovação em gás.

Para a implementação do centro, a ser instalado no Estado de São Paulo no ano que vem, e para o desenvolvimento de pesquisas sobre gás natural em diferentes áreas, serão investidos até US$ 20 milhões ao longo de cinco anos, a contar da aprovação das propostas para sua constituição. O investimento será feito em partes iguais entre as duas instituições.

As propostas de pesquisa deverão ser apresentadas em áreas voltadas para o aprimoramento do consumo de energia limpa, visando à redução da emissão de gases de efeito estufa; ao desenvolvimento de gás natural como combustível para transporte marítimo; à melhoria de técnicas de engenharia para a produção de gás natural; e à conversão de gás em matérias primas para a indústria química, incluindo hidrogênio.

Resultado de um acordo de cooperação assinado em setembro pela FAPESP e pela BG Brasil, a chamada de propostas foi debatida em encontro realizado na sede da Fundação. Estiveram reunidos pesquisadores e lideranças acadêmicas, que discutiram as condições para a apresentação de projetos, os pré-requisitos dos proponentes, os contornos acadêmicos e científicos esperados das propostas e os critérios de seleção.

Clique aqui para ler a reportagem completa publicada na Agência Fapesp



Emprego x pobreza: 870 milhões de trabalhadores vivem com US$ 2 por dia

(Foto OIT/Kemal Jufri)
No Dia dos Direitos Humanos, em 10/12/2013, agências das Nações Unidas fizeram um apelo, entre outros, pelo fim da exclusão social.

O diretor-geral da Organização Internacional do Trabalho, OIT, Guy Ryder, lembrou que a Declaração de Viena, que completa 20 anos, pede o fim da pobreza extrema e coloca a justiça social no centro dos compromissos pelos direitos humanos.

Mas duas décadas depois, o mundo ainda tem 870 milhões de trabalhadores e suas famílias sobrevivendo, cada um, com US$ 2 por dia. Ryder destacou que deste total, 400 milhões vivem na pobreza extrema.

O chefe da OIT lamentou ainda que 20,9 milhões de pessoas estejam no trabalho forçado e que 168 milhões de crianças sejam obrigadas a trabalhar. Ryder explicou que a promoção do trabalho decente é reconhecida como um direito humano e precisa continuar sendo uma das prioridades globais.

Emprego e recuperação econômica
É provável que a persistente fraqueza da recuperação econômica aumente ainda mais a pressão sobre a situação mundial do emprego, advertiu o Diretor Geral da OIT, Guy Ryder.

Em discurso perante o Conselho de Administração da OIT, Ryder referiu-se aos dados publicados pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) em outubro, que revisou para baixo os números relativos ao crescimento mundial, de 3,2% previstos para 2013 para 2,9%, a taxa mais baixa desde 2010. As estimativas para 2014 também foram rebaixadas de 3,8% para 3,6%.

“Esta revisão das projeções reflete as dificuldades enfrentadas pelos principais componentes das economias avançadas, emergentes e em desenvolvimento. Além disso, reflete a difícil situação enfrentada pelas empresas e pelos trabalhadores na economia real”, acrescentou.

Ryder mencionou os níveis sem precedentes de desemprego, a estagnação dos salários em muitos países, um investimento privado abaixo dos níveis anteriores à crise e um setor público sob pressão para reduzir os gastos. “Estas tendências agravarão ainda mais a situação mundial do emprego”, assinalou.

A previsão é de que o desemprego juvenil, disse Ryder, permaneça alto em muitas regiões e que o trabalho informal continue aumentando, contribuindo para o aumento das desigualdades em muitos países.

Vários países adotaram uma estratégia de estímulo às exportações para compensar a fraqueza do consumo e dos investimentos internos, mas isto, assinalou o diretor geral da OIT, somente pode funcionar com um crescimento sustentado. “Necessitamos que a demanda cresça e também toda a economia, não de uma competição entre mercados cada vez menores”, disse.

No entanto, Ryder assinalou alguns progressos. Diversos países emergentes ou em desenvolvimento demonstraram maior resistência em relação a crises anteriores. Alguns dos países europeus que foram mais afetados pela crise econômica podem começar a crescer novamente, acrescentou. “Mas, fundamentalmente, existe uma compreensão crescente no mundo sobre a importância de conceder maior prioridade às estratégias centradas no emprego”, indicou.

A discussão sobre a economia mundial e a situação do emprego foi realizada durante recente reunião do Conselho de Administração da OIT. Os delegados discutiram a contribuição que as políticas sociais e de emprego podem dar à recuperação econômica e ao crescimento sustentável.

Fonte OIT, com informações da Rádio ONU


Tecnologia: empresas podem obter financiamentos subsidiados para investir em eficiência energética

Empresas interessadas em desenvolver projetos de eficiência energética ou de redução de impactos ambientais podem recorrer a linhas de financiamento, por da Agência Estadual de Fomento (AgeRio). O valor de financiamento pode chegar a R$ 30 milhões por projeto, se o recurso for captado diretamente pela agência, com taxa mensal de 0,93% ao mês e até cinco anos para pagar o empréstimo.

Clique aqui para saber tudo sobre  as formas de obtenção das linhas de financiamento

De acordo com o presidente da AgeRio, Domingos Vargas, o tomador também pode optar por mais duas fontes de recursos. Por meio do Inovacred, da Agência Brasileira da Inovação (Finep), podem ser obtidos até R$ 10 milhões, com juros de 0,41% e até 96 meses para quitação, e pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), até R$ 20 milhões, com juro de 0,67% ao mês e até 60 meses para pagar.

“A eficiência energética tem uma série de componentes fundamentais, entre elas a de melhorar a rentabilidade e a produtividade das empresas, além do respeito ao meio ambiente. É uma oportunidade para que se tenha financiamento que a coloque em sintonia ao que há de mais adequado hoje no mundo”, disse Vargas.

Entre os projetos que podem ser financiados, estão melhorias em sistemas de iluminação, de fornecimento de energia e de refrigeração. Um exemplo é a troca de parte do fornecimento de energia pela rede habitual por placas solares. Também a instalação de iluminação por tecnologias mais eficientes, como lâmpadas de LED (light emitting diode). Ou ainda podem ser financiados sistemas de reutilização da água, dentro do conceito de redução de impacto ambiental.


Fonte Agência Brasil


Capes: 12% dos programas de pós-graduação brasileiros têm padrão internacional

Dos 3.337 programas de pós-graduação existentes no país, 406 (12%) têm padrão de qualidade internacional, conforme dados divulgados nesta terça (10/12/2013) pelo Ministério da Educação a partir de avaliações feitas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), entre 2010 e 2012. A avaliação usa escala de 1 (pior nota) a 7 (melhor nota). Os programas com nível internacional obtiveram pontuações 6 e 7.

Os 3.337 programas de pós-graduação somam 5.082 cursos, sendo 2.903 de mestrado, 1.792 de doutorado e 397 de mestrado profissional.

As notas dos programas podem ser consultadas no site da Capes

Do total, 1,8% dos programas (equivalente a 60) tiveram as notas mais baixas, 1 e 2, e poderão ser descredenciados. "É só 1,8% dos cursos, são poucos cursos. Mas de qualquer forma nós não negociamos o que é o padrão mínimo de qualidade", disse o ministro da Educação, Aloizio Mercadante. Na avaliação de 2010, 2,2% dos programas foram descredenciados, na ocasião, pouco mais de 4 mil foram avaliados.

Conforme os dados divulgados hoje, quase 70% dos programas mantiveram a mesma nota da última avaliação, em 2010, enquanto 23% conseguiram melhorar a pontuação. Os resultados apontam que 4,2% tiveram nota máxima (7); 8% tiveram nota 6; 17,9% conseguiram nota 5; 36,5% obtiveram pontuação 4; e 31,6% tiveram nota 3.

Formação do professores, produção intelectual e infraestrutura estão entre os quesitos avaliados. A maioria dos programas concentra-se nas áreas de ciências da saúde e humanas.

De acordo com a Capes, o número de mestres e doutores cresceu no período analisado. Em 2012, 42.780 mestres se formaram no país, ante 35.965, em 2010. Os doutores titulados passaram de 11.210 para 13.879 no mesmo período, e os mestres profissionais, voltados para o mercado de trabalho, aumentaram de 3.236 para 4.251.

Os cursos de pós-graduação têm, atualmente, 56.890 professores permanentes e uma produção de quase 1,5 milhão de artigos, livros e produções técnicas.

Entre 2010 e 2013, o Brasil teve 23% de crescimento na quantidade de programas de pós-graduação. Segundo a avaliação, nesse período, a alta chegou a 40% na Região Norte, passando de 121 para 170. No Nordeste, com 655 programas, houve um crescimento de 33%; no Sudeste, são 1.560 programas, o aumento registrado é 14%; no Sul, são 648, alta de 25%; e no Centro-Oeste, o aumento chegou a 37% (268 programas).


Fonte Agência Brasil


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