terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Hora de entrar na escola: mudança de rotina do ingresso escolar tem que ser vivida por mães e filhos*


Muitas mães devem estar vivendo neste início de ano letivo o momento da adaptação Escolar de seus pimpolhos. Todas sabem a importância da Escola em nossa cultura e que o ingresso nela, mais cedo ou mais tarde, é inevitável. Porém, pensar racionalmente é uma coisa, mexer com o emocional e a separação do filho, mesmo que por apenas algumas horinhas, é outra completamente diferente! Então, diante da carinha de choro do filhote, algumas mães chegam a se questionar se é o momento adequado.

Atualmente, as crianças vão cada vez mais cedo para a Escola ou Creche, muitos assim que acaba a licença maternidade. Existe o momento certo de entrar na Escola? É relativo, depende da necessidade, estrutura e filosofia de vida de cada família. Mas uma vez decidido que é hora de começar, é preciso estar preparada para esta mudança na rotina de mãe e filho, pois a criança precisa da segurança da mãe para estabelecer uma relação de confiança com a Professora e a instituição.

De acordo com o dicionário da Academia Brasileira de Letras, adaptar significa: ajustar; transformar de modo que fique apto para determinado fim; tornar-se apropriado; adequar-se, conformar-se. Revendo o sentido da palavra, percebemos que estamos falando de um momento para o qual as pessoas envolvidas não estão necessariamente prontas, estão em ajuste. Portanto, é natural que gere um pouco de angústia e sofrimento… mas o bom é que passa!

Para a criança é tudo uma grande novidade, ela depara-se com o desconhecido: pessoas e lugar desconhecidos. Por isso é interessante, antes do seu início efetivo, levá-la para conhecer o espaço onde irá passar uma parte do seu dia. Diferente do parquinho, onde cada criança chega, fica e vai embora com o seu responsável e diferente das festinhas, onde conhece as pessoas, na Escola irá encontrar várias crianças de sua faixa etária disputando tudo com ela, dos brinquedos à atenção da Professora e, ainda por cima, sem sua mãe por perto!

O que a princípio parece desesperador é, na verdade, uma grande e indispensável experiência para o desenvolvimento da criança, um início importante para a conquista do seu amadurecimento e autonomia. Esse convívio diário com o grupo, além de permitir a construção de outras relações afetivas, é permeado por regras e valores de ética que ajudam a desenvolver a solidariedade e o respeito por si e pelo outro, fundamentais para o convívio social.

Preocupação
Se para a criança tudo é novidade, para a mãe é um misto de sentimentos. Por um lado quer ver seu filho bem junto ao grupo, por outro se questiona se ele será tão bem tratado pela Escola quanto é por ela. Preocupa-se se ele vai comer, se terá a fralda trocada com frequencia, se vai querer dormir, se vai chorar e se vai sentir sua falta. A angústia às vezes é tão grande que muitas mães choram tanto ou mais que o próprio filho.

É preciso calma e clareza de que esta separação é importante para ambos. Por isso a importância de escolher bem a Escola e matricular seu filhote onde confie nos profissionais que irão acompanhar e cuidar dele. À medida que a criança percebe que sua mãe confia na Professora e na Escola e está calma e segura diante deste processo, não há adaptação que não aconteça. Então, confiança! Afinal, este é apenas o primeiro passo para a autonomia de seu filho.

A Escola
Escolher a Escola dos filhos não é tarefa simples, afinal, é lá que eles irão passar a maior parte do dia. Além dos métodos educacionais, há também a preocupação com segurança, higiene e outros fatores, o que acaba deixando muitos pais perdidos. Para os especialistas a Escola ideal não existe. Segundo eles, o importante é que a Escola respeite a criança no que ela é e não no que será. E que não seja um "bufê infantil" e sim um espaço de aprendizagem.
É recomendado que as mães levem em consideração o fato de a Escola ser perto de casa, que tenha luz, que seja limpa, ventilada, com um espaço seguro para crianças pequenas e, principalmente, que as crianças cheguem e saiam da Escola felizes. Pesquisar a linha pedagógica só é válido se a família entender de pedagogia. Do contrário, é só discurso vazio.

A idade para começar a frequentar uma escolinha também pode variar. É explicado que cada família procura a Escola de acordo com suas crenças e possibilidades. Se falarmos de um bebê e a família vai deixar com empregada doméstica, o melhor é uma Creche. Mas se a família tem condições de diversificar o contato familiar com a criança diariamente, então pode ficar em casa até os 2 anos. A partir desta idade, a criança precisa de mais interações com seus pares.

Excesso de peso nas mochilas
  • Mamães, atenção antes de preparar a mochila dos pequenos para ir à Escola. Carregar peso em excesso em plena fase de crescimento é muito prejudicial às crianças, que ainda têm fragilidade óssea e podem apresentar problemas osteomusculares que comprometem a coluna e a postura.
  • As crianças podem sofrer com dores de cabeça, torcicolos e dores lombares, entre outras, relacionadas ao peso excessivo da mochila. Tais lesões podem se acentuar, com grandes prejuízos à saúde. O resultado são problemas de postura, como escolioses ou sifoses, que podem surgir em qualquer época após o uso prolongado de peso incompatível com sua capacidade. Além disso, o aumento de dor lombar no adolescente faz crescer a probabilidade de vir a apresentar dores lombares na vida adulta.
  • Para não prejudicar a saúde das crianças, elas devem carregar menos do que 15% do peso corpóreo que possuem. Recente estudo demonstrou que crianças que carregam às costas o peso equivalente a 15% de seu peso têm efeitos indesejáveis em sua coluna vertebral, tais como a compressão dos discos intervertebrais, provocando uma curvatura anormal das costas.
  • Se for necessário que o pequeno carregue peso acima do indicado, existe a opção de ajudá-lo a carregar ou usar uma maleta com rodas, o que, segundo os pediatras, não resolve, mas minimiza o trabalho gasto no transporte. E ainda, tão importante quanto o peso é o modelo da bolsa. O ideal é que a mochila não ultrapasse, para cima, a altura dos ombros da criança, e, para baixo, a região lombar. Deve ainda ter, além das duas alças que se apoiam nos ombros, também alça abdominal ou torácica, o que possibilitará uma melhor distribuição do peso pelo corpo. Vale ressaltar que o peso deve ser distribuído uniformemente no interior da mochila.


Limpeza da lancheira
  • Na hora de preparar a lancheira do seu filho para a Escola, a alimentação e a higiene devem ser priorizadas. Um lanche bom é aquele rico em fibras e nutrientes. Prefira suco a refrigerantes, e tente evitar o doce em excesso. Na parte da escolha da lancheira, procure um modelo com a parte interna mais clara (evitando acúmulo de sujeira), e de material plástico, o que facilita muito na hora de limpar. A mãe deve limpar a lancheira com um pano úmido de detergente neutro e, em seguida, higienizar com álcool. O detergente retira a sujeira que conseguimos enxergar, e o álcool retira as bactérias que não enxergamos, e que prejudicam a saúde das crianças.
  •  O lanche pode ser envolvido dentro de sacos plásticos, de preferência em um modelo com zíper, evitando que o mesmo se esparrame pela lancheira. Os sucos devem ser enviados em caixas próprias ou em embalagens térmicas. A embalagem térmica é imprescindível caso o suco seja natura, feito em casa, por não conter conservantes.
  • As frutas devem ser bem lavadas previamente e enroladas em um papel filme ou até mesmo, colocadas num saquinho plástico. Os alimentos e bebidas devem ficar dentro da mochila lado a lado, nunca um em cima do outro. Principalmente as frutas, que podem até estragar se amassadas por outro alimento.
  • As lancheiras devem ser limpas diariamente, sempre que a criança chegar da Escola. O acúmulo de sujeira e resíduos de alimentos pode criar bactérias, e muitas vezes, quando não há uma higiene adequada, essa sujeira pode prejudicar a saúde da criança, causando dor de barriga, febre, indisposição entre outras.
  • Procure estimular o seu filho a jogar os sacos plásticos e papéis recicláveis sempre no lixo, evitando o acúmulo na lancheira. Quanto menos lixo restar, melhor. Assim, sobra pra mamãe apenas a limpeza mais profunda com álcool e detergente.


*Fonte O Liberal


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