sexta-feira, 15 de março de 2013

Tecnologia e inovação: Nicolelis “Criamos outra forma de comunicação entre cérebros”

Neste domingo (10/3/2013), a CNN americana dedicou o seu The Next List, programa que trata de inovação científica e tecnológica, ao Instituto Internacional de Neurociências de Natal (IHNN), no Rio Grande do Norte, e às pesquisas desenvolvidas pelo neurocientista e professor Miguel Nicolelis.

Para realizar o novo experimento toda a tecnologia teve de ser transferida da Duke para o IINN. Segundo Nicolelis, esse trabalho é o primeiro de uma série que vai mostrar que a história do ‘apagão’ científico do Instituto de Natal é uma falácia (Foto Divulgação)

Durante 30 minutos (21 sem os comerciais), o The Next List o destacou o pioneirismo do cientista brasileiro: ”a pesquisa que pode fazer o milagre de permitir que tetraplégicos voltem a andar”.

E apresentou o projeto de IINN como um modelo revolucionário de fazer ciência. Nicolelis trabalha na Universidade Duke, em Durham, nos EUA, e no IINN, do qual é fundador.

Pela segunda vez, em 11 dias, o IINN ultrapassa as nossas fronteiras.

A primeira foi em 28 de fevereiro (2013), quando a revista Scientific Reports, do grupo Nature, publicou estudo do grupo liderado por Nicolelis, do qual fazem parte Miguel Pais Vieira, Mikhail Lebedev e Jing Wang (os três da Duke) e Carolina Kunicki (do IINN).

Pela primeira vez, pesquisadores conseguiram conectar eletronicamente os cérebros de pares de ratos, permitindo que os animais se comunicassem diretamente para solucionar tarefas comportamentais simples.

Como teste final do sistema, os cientistas ligaram os cérebros de dois animais que estavam a milhares de quilômetros de distância: um na Duke e outro no IINN. A equipe criou a chamada interface cérebro-cérebro, quebrando o paradigma da área interface cérebro-máquina.

“Nós criamos outra forma de comunicação entre cérebros de animais”, explica Nicolelis. “Nossos estudos anteriores já tinham nos convencido de que o cérebro é muito mais plástico do que pensávamos. E esta nova pesquisa mostrou uma capacidade totalmente inédita de adaptação do cérebro, uma tamanha plasticidade cerebral que ninguém esperaria nem tinha medido ainda.”

Continue lendo a reportagem publicada no Viomundo


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