sexta-feira, 4 de outubro de 2013

A Educação que funciona: projeto canadense faz jovem romper ciclo da pobreza

No ano 2000, quando um professor contou aos seus alunos da comunidade Regent Park, em Toronto, no Canadá, que se criara naquela área, uma das mais pobres do país, eles não acreditaram. Sem esperanças em relação ao futuro, não achavam factível que alguém dali pudesse escapar da pobreza e criminalidade e se tornar um educador.
 
No mesmo ano, aconteceram nove assassinatos na região onde moram 15 mil pessoas, a maioria delas imigrantes refugiados de guerras que são abrigados pelo governo em uma espécie de condomínio público para necessitados.
 

 
Esse tipo de situação deixava a enfermeira Carolyn Acker, à época diretora executiva do centro de saúde da comunidade, inconsolável. Atuando desde 1994 em programas médicos para melhorar a vida das pessoas, como pré-natal para grávidas e atendimentos especializados para crianças de zero a três anos, ela não conseguia ver seu trabalho fazer alguma diferença.

“Eu não suportava ver crianças se matando e ficava me perguntando o que estava errado”, relembra Carolyn, idealizadora e fundadora do projeto Pathways to Education, que após cinco anos conseguiu quebrar o ciclo da pobreza em Regent Park através do apoio abrangente a estudantes do ensino médio. O programa, implantado atualmente em 12 comunidades no Canadá, é um dos seis vencedores do Wise Awards, prêmio internacional que destaca ideias inovadoras em Educação, em Doha, no Qatar.


“Eu estava lá para fornecer cuidados médicos, mas quando você trabalha numa comunidade pobre logo descobre que médicos, enfermeiros e dentistas não melhoram a saúde da população. Para ser saudável, é preciso ser bem educado”, disse em entrevista ao Porvir.
 
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