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quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

A Educação que funciona: MEC premia professores por projetos inovadores em sala de aula

O Ministério da Educação (MEC) entregou nesta quinta (12/12/213) os prêmios aos vencedores do 7º Prêmio Professores do Brasil, que reconhece o mérito dos profissionais da rede pública de ensino. Para o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, os escolhidos são educadores que, com iniciativas simples, fazem a diferença na sala de aula.

Uma das vencedoras foi Verenice Gonçalves de Oliveira, de São João Evangelista, em Minas Gerais, premiada na categoria de temas livres. O projeto Vó Me Conta, de sua autoria, incentiva a produção literária dos alunos do ensino médio. “Já estamos na terceira edição do projeto e do livro, que busca reunir as histórias antigas da nossa região, contadas pelos avós, através das gerações”, disse Verenice. A professora explicou que o livro é o produto final, mas que há todo um esforço interdisciplinar para incentivar o registro da cultura regional.

O Prêmio Professores do Brasil tem como objetivo resgatar e valorizar o papel dos profissionais de ensino como agentes no processo de formação do cidadão e dar visibilidade às experiências pedagógicas, que podem ser replicadas por outros professores e inseridas no sistema de ensino.

Na cerimônia, Mercadante destacou os investimentos feitos pelo MEC em todos os anos da Educação básica, como a construção de creches e a alfabetização na idade certa. “Quinze por cento das crianças brasileiras não são alfabetizadas até os 8 anos de idade, e isso é decisivo para formar as habilidades cognitivas e determinante para a vida escolar e profissional do aluno. Por isso, hoje temos 94% das crianças de 4 e 5 anos na escola”, disse o ministro.

Segundo Mercadante, com a expansão da jornada escolar e a informatização ao alcance dos professores, com a entrega de tablets para os que lecionam nos anos finais e no ensino médio. “A nova geração é toda digital e informatizada, mas essas ferramentas não substituem o professor: ele é o mediador e o líder do processo de aprendizagem. Por isso, estamos começando sempre com o professor.”

O Prêmio Professores do Brasil vai ao encontro dessa ideia. Neste ano, o certame recebeu 3.221 inscrições e relatos de experiências de educadores que trabalham em escolas da educação básica pública em todos os estados. O número de inscrições vem crescendo desde 2005, na primeira edição do prêmio, que contou com 1.131 experiências.

No entanto, ressaltou o ministro, apesar desses esforços, a Educação brasileira ainda é subfinanciada e precisa de mais recursos. De acordo com Mercadante, o Estado brasileiro, entre todos os analisados pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), é o que mais investe em Educação, com 18,13% do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país).

“Porém, o nosso PIB per capita corresponde a um terço do dos outros países da OCDE. Então, se nós investimos US$ 2,5 mil ao ano por aluno, eles investem US$ 9,5 mil na União Europeia. Então, estamos fazendo um esforço muito grande, com recursos próprios, para avançar”, disse Mercadante. Para ele, uma das vitórias foi a vinculação de 75% dos royalties do petróleo e de 50% do Fundo Social, que chegará a R$ 1 trilhão em 30 anos.




sexta-feira, 4 de outubro de 2013

A Educação que funciona: projeto canadense faz jovem romper ciclo da pobreza

No ano 2000, quando um professor contou aos seus alunos da comunidade Regent Park, em Toronto, no Canadá, que se criara naquela área, uma das mais pobres do país, eles não acreditaram. Sem esperanças em relação ao futuro, não achavam factível que alguém dali pudesse escapar da pobreza e criminalidade e se tornar um educador.
 
No mesmo ano, aconteceram nove assassinatos na região onde moram 15 mil pessoas, a maioria delas imigrantes refugiados de guerras que são abrigados pelo governo em uma espécie de condomínio público para necessitados.
 

 
Esse tipo de situação deixava a enfermeira Carolyn Acker, à época diretora executiva do centro de saúde da comunidade, inconsolável. Atuando desde 1994 em programas médicos para melhorar a vida das pessoas, como pré-natal para grávidas e atendimentos especializados para crianças de zero a três anos, ela não conseguia ver seu trabalho fazer alguma diferença.

“Eu não suportava ver crianças se matando e ficava me perguntando o que estava errado”, relembra Carolyn, idealizadora e fundadora do projeto Pathways to Education, que após cinco anos conseguiu quebrar o ciclo da pobreza em Regent Park através do apoio abrangente a estudantes do ensino médio. O programa, implantado atualmente em 12 comunidades no Canadá, é um dos seis vencedores do Wise Awards, prêmio internacional que destaca ideias inovadoras em Educação, em Doha, no Qatar.


“Eu estava lá para fornecer cuidados médicos, mas quando você trabalha numa comunidade pobre logo descobre que médicos, enfermeiros e dentistas não melhoram a saúde da população. Para ser saudável, é preciso ser bem educado”, disse em entrevista ao Porvir.
 

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

A Educação que funciona: O coletivo, sempre

Por Guilherme Genestreti e Livia Perozim*



A história e proposta de educar do Colégio Equipe, escola em que estudaram parte dos jovens que esquentaram a discussão sobre mobilidade urbana no País

Faltavam poucos minutos para as 22 horas da segunda-feira, quando o casal de professores esperava apreensivo para assistir  a dois ex-alunos serem entrevistados na tevê. Eles estariam no centro do programa Roda Viva, na TV Cultura, passada uma semana de manifestações e truculenta repressão policial na capital paulista. “A Nina e o Lucas iam participar. Fiquei preocupado, porque a violência na rua estava aumentando consideravelmente. Minha mulher então disse: ‘Mas nós os educamos para isso!’”, conta o professor Antônio Carlos de Carvalho.

Em junho deste ano, quando revoltas populares incendiaram as principais cidades do País, pelo menos quatro dos membros da organização que deslanchou os protestos compartilhavam mais do que apenas a mesma opinião sobre transporte público. Tinham também estudado na mesma escola. A estudante de Direito Nina Cappello, 23 anos, o professor de História Lucas Monteiro, de 29, o aluno de Filosofia Marcelo Hotimsky, de 19, e a pós-graduanda em Sociologia Mariana Toledo, de 27 anos, todos militantes do Movimento Passe Livre (MPL), agremiação nacional que luta pela tarifa zero em ônibus, trens e metrôs, tiveram parte ou a totalidade da educação básica formada no Colégio Equipe, em São Paulo.

“A coincidência chama a atenção, mas não surpreende”, respondem alunos, ex-alunos e professores do Equipe, conhecido por estimular o pensamento crítico em seus estudantes. “Nós educamos os nossos alunos para transformarem o que não está bom”, resume Carvalho, professor de Geografia há 23 anos e coordenador dos projetos sociais do colégio. “A gente não fica dando aula de como se tornar militante político, mas tentamos formar alunos que vivam a política da cidade e a pensem como espaço de transformação da sociedade.”


*Clique aqui para ler, na íntegra, a reportagem de Guilherme Genestreti e Livia Perozim publicada na Carta na Escola.


quarta-feira, 31 de julho de 2013

A Educação que funciona: Brasil conquista quatro medalhas na Olimpíada Internacional de Matemática

Com seis estudantes competindo, o Brasil conquistou três medalhas de prata e uma de bronze na 54ª Olimpíada Internacional de Matemática. No ranking de classificação, o Brasil ficou em 28° lugar entre os países participantes. O evento reuniu 528 competidores de 97 países e terminou no domingo (28/7/2013), em Santa Marta, na Colômbia.

Foto Divulgação
Nesta edição, participaram estudantes brasileiros do ensino fundamental e médio que tiveram treinamento de um mês. Durante a competição, os jovens enfrentaram provas durante dois dias consecutivos quando resolveram problemas de matemática envolvendo álgebra, teoria dos números, análise combinatória e geometria.

Os estudantes que representaram o Brasil no evento internacional foram selecionados pela Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM), competição que ocorre todos os anos nas escolas públicas e privadas do país. Para integrar a equipe, os jovens passam por um processo de seleção, que considera a colocação na disputa nacional, além dos resultados obtidos em cinco provas seletivas e de listas de exercícios que são resolvidas ao longo de seis meses.

As medalhas de prata são dos estudantes Rodrigo Sanches Ângelo (SP), Rafael Miyazaki (SP) e Victor Reis (PE). Franco Severo (RJ) ficou com o bronze. Os estudantes, Alessandro Pacanowski (RJ) e Victor Bitarães (MG) receberam menção honrosa. A equipe foi liderada pelos professores, Edmilson Motta (SP) e Onofre Campos (CE).


Fonte Agência Brasil


segunda-feira, 8 de julho de 2013

A Educação que funciona: escolas High Tech High, uma proposta e várias tendências

Quando se ouve dizer que um grupo de escolas na Califórnia, chamado genericamente de HTH (High Tech High), capturou a atenção de pessoas como Barack Obama, Oprah Winfrey e Bill Gates, a primeira coisa que se pode pensar é que elas devem se destacar por ter tudo o que de mais moderno pode haver em salas de aula. Até é, mas não só.

A proposta dessa rede, que começou em 2000 e hoje [dezembro de 2012] é formada por 11 escolas e uma instituição de pós-graduação para professores, se baseia em quatro pilares que têm sido apontados por especialistas em Educação como essenciais para formar alunos para o século 21: personalização, conexão com o mundo, interesse comum em aprender e professor como designer do aprendizado.

“Nós temos computadores em todas as salas e excelentes laboratórios, mas nosso diferencial não está aí”, diz Robert Khul, diretor de uma das unidades, a HTH Media Arts. O primeiro passo, afirma o educador, está no processo de admissão. Por serem charters, escolas públicas de administração privada, elas são gratuitas para todos os seus cerca de 4.500 alunos.

Atividades das escolas HTH, em San Diego (Fotos Divulgação)

No entanto, pelos bons resultados que a escola vem acumulando – em 2011, por exemplo, 100% dos alunos foram aceitos em uma universidade – há mais candidatos do que as escolas são capazes de receber. São duas unidades de fundamental 1, quatro de fundamental 2 e cinco de ensino médio, todas muito procuradas.

A solução que a direção encontrou foi fazer um sorteio respeitando um critério que procura atender a todas as áreas da região onde as escolas estão. Assim, afirma Kuhl, a escola garante que seu corpo de alunos seja bem diverso e integre classes sociais diferentes. “Aqui nós temos filhos de milionários e filhos de pessoas que não têm onde morar”, diz.

Outro fator que explica o sucesso da escola, defende o diretor, é a aposta na personalização, baseada tanto no contato direto entre professores e alunos quanto em recursos virtuais. “Mantemos uma proporção baixa de alunos por professor”, diz Kuhl. Além disso, a cada aluno da HTH é designado um monitor, que se torna responsável por fazer um acompanhamento individualizado de interesses acadêmicos específicos. Com tal integração entre alunos e professores, as partes se sentem corresponsáveis pelo processo de aprendizagem e cumprem o segundo dos pilares da escola: interesse comum em aprender. No mundo virtual, os alunos são estimulados a manterem suas produções em um portfólio digital, acessível a qualquer um.

Nesse sistema de relações, a presença de professores qualificados é fundamental. Por isso, a escola percebeu a necessidade de ter sua instituição de ensino superior para formar e atualizar seus profissionais. “A missão da HTH Graduate School of Education é preparar líderes reflexivos, capazes de desenvolver ambientes de aprendizagem inovadores, autênticos e rigorosos”, diz a instituição em seu site. É ali, dividindo espaço físico com as escolas, que o contato com a prática ocorre e os professores aprendem, reaprendem e reciclam métodos.

Sem livros-texto pré-determinados, são eles os responsáveis por guiar o aluno, o que é o quarto dos pilares da HTH. “Nós somos atentos, mas não escravos do currículo nacional”, diz Kuhl. Assim, explica ele, a escola sugere que, em vez de blocos de 50 minutos, as aulas sejam mais longas, facilitando o desenvolvimento do aprendizado baseado em projetos. E algumas disciplinas são agrupadas “porque é assim que elas vão aparecer na vida”, diz Kuhl, reforçando mais um dos pilares da escola, a conexão com o mundo lá fora.

Por isso, matemática e física costumam ser ensinadas juntas para alunos do ensino médio. Isso também ocorre com a disciplina de humanidades, que reúne história, filosofia e língua inglesa. Até fisicamente a escola foi pensada para facilitar os arranjos diferentes das salas de aula tradicionais, com espaços para atividades manuais, para reunião de grupos pequenos, para trabalhos individuais e para apresentações.

Mostrar aos pares o que se está produzindo, aliás, é mais um dos estímulos constantes que a escola se preocupa em fazer. Mais do que apenas apresentar os projetos, a ideia é passar a mensagem de que estão fazendo coisas relevantes e que podem interessar a quem quer que esteja passando. Não por acaso, a arquitetura dos prédios – nos mais recentes, pelo menos, já que os mais antigos ocuparam e adaptaram edifícios que já existiam – é repleta de luz natural e paredes de vidro. “O aluno não pode ter vergonha do que está produzindo”, diz Kuhl.

Os alunos precisam mesmo se acostumar com o assédio e a curiosidade externa. A escola é aberta a tours, que podem ser feitos por qualquer um que se inscreva pelo site. Oprah Winfrey e Bill Gates, cuja fundação financia parte dos projetos, já estiveram por lá. Barack Obama não foi, mas foi por um triz. A HTH foi uma das três finalistas em um concurso no ano passado que tinha como premiação a visita do presidente no dia da formatura do ensino médio, mas acabou perdendo para uma escola do Tennessee.

E não são só as celebridades que vão ver com os próprios olhos o projeto da escola. Segundo Kuhl, já passaram por aqueles corredores pessoas de todos os estados dos EUA e dos mais diversos países: Singapura, Israel, Canadá, Suécia, interessados em replicar o que vem sendo feito em seus lugares de origem.

“Eles sempre me falam uma lista de motivos para justificar que o que fazemos é impossível de ser aplicado em suas realidades. Nossa sugestão, para eles, é sempre a mesma: então tentem descobrir o que dá para fazer”, afirma o diretor. Para ele, com o tempo, cada educador vai descobrir que, mesmo em legislações e sistemas rígidos, é possível flexibilizar.

A intenção dos fundadores da primeira HTH era ter um modelo bem-sucedido de escola que pudesse ser usado em outros lugares e, de alguma forma, melhorasse o aprendizado. Douze anos e 11 escolas depois, parece que o caminho já começou a ser trilhado. E de onde será que veio a inspiração para tudo isso? Do construtivismo de Paulo Freire, responde Kuhl.


Fonte Portal Porvir


quinta-feira, 16 de maio de 2013

A Educação que funciona: escola pública do interior da Paraíba é destaque na Olimpíada Brasileira de Matemática

Ensinar matemática com atividades do cotidiano, como fazer compras na feira e medir ingredientes para uma receita, é a chave do sucesso da professora de matemática Jonilda Alves Ferreira para despertar o interesse dos alunos pela disciplina. Com esse método, a professora tornou a Escola Municipal Cândido de Assis Queiroga, da cidade de Paulista, na Paraíba, com cerca de 12 mil habitantes, um destaque nas últimas edições da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas.

Na edição de 2012, a escola teve cinco medalhas de ouro, duas de prata, três de bronze e 12 menções honrosas. “Coloco os alunos para vivenciar a matemática”, resume Jonilda. A professora contou que sofria quando chegava à sala de aula e via os estudantes repudiando a disciplina. Foi quando decidiu que era preciso mostrar aos alunos que aprender a matemática pode ser prazeroso. “Fazer com que os alunos gostassem da disciplina era o meu maior desafio”, revelou.

Jonilda resolveu que iniciaria os conteúdos de matemática pela parte prática. Assim, quando chegasse à teoria, já teria despertado o interesse dos alunos. A feira, a pizzaria e a cozinha foram locais escolhidos pela professora da Paraíba para ensinar.

Na cozinha da escola, os alunos medem ingredientes para preparar receitas e aprendem conceitos de proporção. Na ida à pizzaria, recebem a lição sobre fração ao dividir os pedaços da pizza que depois vão comer. Uma feira livre também é cenário das aulas. A professora conta que chegou a levar 35 alunos à feira para fazer compras com um valor em dinheiro pré-determinado. Na aula de geometria, os estudantes tiram medidas da escola para calcular área e perímetro.

A olimpíada foi mais um estímulo para despertar o interesse pela disciplina. Desde a primeira edição, em 2005, a escola de Paulista se inscreve, mas a primeira medalha só veio em 2009, de bronze. Foi ai que estudantes e professores viram que seria possível conquistar mais e chegar ao ouro. O primeiro ouro veio em 2010.

O filho da professora, Wanderson Ferreira, que hoje tem 12 anos, já tem duas medalhas de ouro. Ele ganhou uma bolsa para estudos, mas quer conquistar mais uma medalha antes de aceitar o incentivo. Já inscrito na edição de 2013, o estudante pretende estudar em média seis horas diárias.

“O que vale mais é o aprendizado. Quero fazer arquitetura e engenharia, e saber matemática vai me ajudar muito”. O fato de ter uma mãe professora que incentiva tantos alunos a aprender matemática é fundamental, segundo ele. “É muito bom não ter a escola só de manhã, ter a escola durante o dia inteiro”, diz.

Uma das medalhistas de ouro de 2012, Daniele Mendes da Silva, de 13 anos, conta que o estudo é intensificado com a proximidade da olimpíada, quando a professora dá aulas também na própria casa. “Tínhamos aula normal de manhã na escola, à tarde estudávamos entre amigas e à noite tínhamos aulão com a professora Jonilda na escola. Tivemos outras preparações na casa da professora também. Com esse método dela, fica tudo mais interessante”, diz, ao relatar a preparação para a edição de 2012.

Para a estudante do 8° ano do ensino fundamental, o aprendizado irá fazer diferença no futuro. “Além de adquirir conhecimento para a vida, isso influencia muito para adquirir emprego e para toda a carreira profissional da gente”, diz Daniele.

A Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas busca estimular o estudo da matemática e revelar talentos na área. Em 2012, cerca de 19 milhões de alunos se inscreveram e 99,4% dos municípios brasileiros estiveram representados. Além das medalhas de ouro, prata e bronze, também há distribuição de bolsas de iniciação científica para os alunos.

Este ano, as provas da primeira fase da competição serão aplicadas no dia 4 de junho, em horário a ser definido pela própria escola. Os alunos com melhor desempenho serão classificados para a segunda etapa, que ocorrerá no dia 14 de setembro. A divulgação dos vencedores da olimpíada será feita no dia 29 de novembro. A expectativa é que 20 milhões alunos participem da competição este ano.



sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

A Educação que funciona: por que a Finlândia está fascinando o mundo com seu sistema


Por Paulo Nogueira

As crianças finlandesas estão sempre no topo das competições internacionais. Veja aqui abaixo por quê.



Acaba de sair um levantamento sobre educação no mundo feito pela editora britânica que publica a revista Economist, a Pearson.

É um comparativo no qual foram incluídos países com dados confiáveis suficientes para que se pudesse fazer o estudo.

Você pode adivinhar em que lugar o Brasil ficou. Seria rebaixado, caso fosse um campeonato de futebol. Disputou a última colocação com o México e a Indonésia.

Surpresa? Dificilmente.

Assim como não existe surpresa no vencedor. De onde vem? Da Escandinávia, naturalmente – uma região quase utópica que vai se tornando um modelo para o mundo moderno.

Foi a Finlândia a vencedora. A Finlândia costuma ficar em primeiro ou segundo lugar nas competições internacionais de estudantes, nas quais as disciplinas testadas são compreensão e redação, matemática e ciências.

A mídia internacional tem coberto o assim chamado “fenômeno finlandês” com encanto e empenho. Educadores de todas as partes têm ido para lá para aprender o segredo.

Se alguém leu alguma reportagem na imprensa brasileira, ou soube de alguma autoridade da educação que tenha ido à Finlândia, favor notificar. Nada vi, e também aí não tenho o direito de me surpreender.

Algumas coisas básicas no sistema finlandês:

1)Todas as crianças têm direito ao mesmo ensino. Não importa se é o filho do premiê ou do porteiro.

2)Todas as escolas são públicas, e oferecem, além do ensino, serviços médicos e dentários, e também comida.

3) Os professores são extraídos dos 10% mais bem colocados entre os graduados.

4) As crianças têm um professor particular disponível para casos em que necessitem de reforço.

5) Nos primeiros anos de aprendizado, as crianças não são submetidas a nenhum teste.

6) Os alunos são instados a falar mais que os professores nas salas de aula. (Nos Estados Unidos, uma pesquisa mostrou que 85% do tempo numa sala é o professor que fala.)

Isto é uma amostra, apenas.

Claro que, para fazer isso, são necessários recursos. A carga tributária na Finlândia é de cerca de 50% do PIB. (No México, é 20%. No Brasil, 35%.)

Já escrevi várias vezes: os escandinavos formaram um consenso segundo o qual pagar impostos é o preço – módico – para ter uma sociedade harmoniosa.

Não é à toa que, também nas listas internacionais de satisfação, os escandinavos apareçam sistematicamente como as pessoas mais felizes do mundo.

Para ver de perto o jeito finlandês de educar crianças, basta ver um fascinante documentário de 2011 feito por americanos.

Comecei a ver, e não consegui parar, como se estivesse assistindo a um suspense. Achei no YouTube uma cópia com legendas em espanhol. Está no pé deste texto.

Todos os educadores, todas as escolas, todas as pessoas interessadas na educação, no Brasil, deveriam ver e discutir o documentário.

Quanto antes.



Fonte Diário do Centro do Mundo


sexta-feira, 9 de novembro de 2012

A escola que funciona: a Educação Proibida




A Educação Proibida é um documentário que se propõe a questionar as lógicas da escolarização moderna e a forma de entender a Educação, mostrando diferentes experiências educativas, não convencionais que propõem a necessidade de um novo modelo educativo.


O projeto foi realizado por jovens que partiram da visão de quem aprende e que embarcaram numa pesquisa que cobre oito países realizando entrevistas com mais de 90 educadores de propostas educativas alternativas. O filme foi financiado coletivamente graças a centenas de co-produtores e tem licenças livres que permitem e incentivam sua cópia e reprodução.

A Educação Proibida se propõe alimentar e lançar um debate de reflexão social sobre as bases que sustentam a escola, promovendo o desenvolvimento de uma educação integral centrada no amor, no respeito, na liberdade e na aprendizagem.

Fonte Docverdade



Clique a aqui para descobrir e participar da Rede de Educação Viva: Reevo 

terça-feira, 21 de agosto de 2012

A Educação que funciona: Sem tecnologia, escola do ES é a primeira do estado no Ideb

Sem o auxílio de equipamentos tecnológicos, e com criatividade de sobra, a escola pública municipal Ana Araújo, do no município de Alfredo Chaves, no Espírito Santo, foi a que apresentou a nota mais alta entre as instituições do estado, segundo a avaliação feita pelo Ministério da Educação (Mec), por meio do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2011.

A nota da escola ficou acima da média nacional, com 7,1 pontos até a 4ª série e 5,2 pontos até a 8ª série.

De acordo com a instituição, 100% dos alunos até 8 anos de idade sabem ler, escrever e interpretar. O resultado satisfatório vem de ideias simples, como a "Maleta Viajante".

"No caso da maleta, os alunos são sorteados e todos os dias alguém leva a maleta para casa, junto com um livro de história e o caderno de registros. Eles fazem esse registro e apresentam na aula no dia seguinte", explicou a professora Cibele Destefani.

Nessa escola, a matemática não é um bicho-papão. Segundo os educadores, a média das notas é acima de 8,0 pontos.

"A minha aula não é forçada, dou aula em um clima de amizade. Primeiro escuto as dúvidas dos alunos para depois desenvolver a aula em cima disso", explicou a professora Priscila Costa, frisando que o clima das aulas ficou melhor depois que a barreira aluno/professor foi quebrada.

"A gente consegue, em uma escola de 500 alunos, conseguir chamar todos pelo nome. Conhecemos nossos alunos, conhecemos as famílias, aqui todo mundo trabalha, de fato, muito junto", afirma a diretora Shirlei Nascimento frisando o bom relacionamento escolar.


segunda-feira, 18 de junho de 2012

A Educação que funciona: as corporações atacam a Educação pública

Trecho de resenha do livro Lições Finlandesas: O que o mundo pode aprender com as mudanças educacionais na Finlândia?, de Pasi Sahlberg, Teachers College Press, 167 páginas. O texto é de Diane Ravitch, publicado no New York Review of Books em 8/3/2012.*

 

Clique aqui para saber mais
 sobre Sahlberg (Foto Divulgação)
... "Em Lições Finlandesas: O que o mundo pode aprender com as mudanças educacionais na Finlândia?, Pasi Sahlberg explica como as escolas do país se tornaram bem-sucedidas. Autoridade de governo, pesquisador e ex-professor de matemática e de ciências, Sahlberg atribui a melhoria das escolas finlandesas a decisões ousadas tomadas nos anos 1960 e 1970. A história da Finlândia é importante, ele escreve, “porque traz esperança àqueles que estão perdendo a fé na Educação pública”.

Detratores dizem que a Finlândia tem boa performance acadêmica porque é etnicamente homogênea, mas Sahlberg responde que “o mesmo vale para o Japão, Xangai ou Coreia”, que são admiradas pelos reformistas corporativos por sua ênfase nos testes de múltipla escolha. Para os detratores que dizem que a Finlândia, com sua população de 5,5 milhões, é muito pequena para servir de modelo, Sahlberg responde que “cerca de 30 estados dos Estados Unidos têm uma população parecida ou menor que a da Finlândia”.

Sahlberg fala diretamente sobre a sensação de crise educacional que existe nos Estados Unidos e em outras nações. Os formuladores de políticas dos Estados Unidos procuram soluções baseadas no mercado, propondo “competição mais dura, obtenção de mais dados, abolição dos sindicatos de professores, criação de mais escolas charter ou adoção de modelos de gerenciamento do mundo corporativo”.

Em contraste, a Finlândia gastou os últimos 40 anos desenvolvendo um sistema educacional diferente, focado em melhorar a qualidade dos professores, limitar os testes a um mínimo necessário, colocar responsabilidade e confiança antes de cobranças e entregar a liderança das escolas e dos distritos escolares a profissionais da Educação.

Para um observador norte-americano, o fato mais marcante da educação finlandesa é que os estudantes não fazem testes-padrão até o fim da escola secundária. Eles fazem exames, mas os exames são desenvolvidos pelos próprios professores, não por uma corporação multinacional de ensino. A escola básica finlandesa de nove anos é uma “zona livre de testes-padrão”, onde as crianças são encorajadas a “saber, criar e sustentar sua curiosidade natural”...


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