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terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Educação profissional: a caixa-preta
do Sistema S

Prazo para entidades ampliarem investimento em vagas públicas vence em 2014

Por Cinthia Rodrigues, para a Carta na Escola

Foto Divulgação

O Sistema S precisa investir mais em matrículas gratuitas para cursos de longa duração. Essa foi uma exigência do governo federal feita em 2008, a ser cumprida até 2014. A redação do acordo e a criação do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico (Pronatec) em 2011, porém, dificultam a verificação do seu comprimento. O fato é que o Sistema S recebe diretamente em seus cofres valores descontados do trabalhador, mas é pouco transparente na forma como esse dinheiro público é usado.

A entidade da qual Sesi, Senai, Senac e Sesc são exemplares usa a seu critério a Contribuição Compulsória descontada da folha de pagamento equivalente a 1% do salário. Segundo a lei de 1942, tal montante deveria ser investido na saúde e na formação do trabalhador. O MEC constatou, no entanto, que a maioria dos cursos  tinha mensalidades cobradas – a preços iguais aos de instituições privadas. Eram gratuitos cursos rápidos, como para reúso doméstico de cascas de frutas ou para embalagem de presentes.

O então ministro da  Educação Fernando Haddad, atual prefeito de São Paulo, apontou a falta de retorno para a sociedade. O embate acabou em um decreto que previu aumento gradativo da alocação do recurso para vagas públicas em cursos com, no mínimo, 170 horas de duração. Até 2014, dois terços do total da contribuição precisam ter a gratuidade como destino.

O Tribunal de Contas da União (TCU) passou a acompanhar o investimento e, em 2013, foi decretado que os sistemas precisariam publicar na internet relatórios trimestrais. “Foi meia vitória”, afirma Gaudêncio Frigotto, professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Em sua opinião, o  financiamento deveria partir do empresariado: “O Sistema S é composto de instituições que servem ao sistema privado, portanto, o objetivo é ganhar dinheiro. Investe-se em mão de obra para as empresas irem melhor ou para cobrar pelo curso.”

Gabriel Grabowski, da Universidade Feevale, no Rio Grande do Sul, critica a liberdade de uso do dinheiro público do Sistema S e afirma que o Pronatec complicou a situação: “Agora, eles têm duas portas de entrada de dinheiro público”. O programa de compra de vagas em cursos técnicos alimentou o crescimento das instituições e ficou mais difícil exigir que dois terços das vagas tenham gratuidade por conta da Contribuição Compulsória. Ao mesmo tempo, por conta de a redação do decreto tratar de  “aumento da alocação de recursos para vagas gratuitas” e não diretamente crescimento das vagas, as entidades têm apresentado balanços em que medem a receita líquida investida, sem que isso represente o mesmo porcentual de atendimento gratuito.

No Senai, por exemplo, a meta de 2013 era de 62%, e a entidade declara que chegou a 67%,  mas apenas um quarto do total de matrículas dos cursos de longa duração é decorrente do benefício. “Não era sobre o número de matrículas, mas da utilização da receita líquida da contribuição para o Senai no financiamento desses cursos gratuitos”, diz Gustavo Leal, diretor de operações do Senai.  Para Grabowski, o retorno é desproporcional: “O contribuinte paga de um lado, o governo do outro e as escolas permanecem sendo majoritariamente privadas”.



quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Educação profissional: Senai abre unidades para divulgar ações e serviços em todo o país

 

Em sua quinta edição, o programa Mundo Senai vai promover desta quinta até sábado (17 a 19/10/2013), a divulgação de ações educacionais e de serviços prestados pela organização em todo o país.

Serão diversas ações de interação com estudantes, professores e empresários, entre outros interessados, via palestras, mostras tecnológicas, minicursos, orientação profissional, visitas a laboratórios que simulam o dia a dia da indústria.
Barco-escola estará aberto para visitação no município de Japurá, no Amazonas

“É uma oportunidade para os jovens conhecerem as opções de carreira e a importância da Educação profissional para conquistar uma vaga no mercado de trabalho”, explica o diretor de Operações do Senai Nacional, Gustavo Leal.

As unidades do Senai devem receber 400 mil visitantes, em mais de 400 unidades. No ano passado, 365 mil pessoas participaram do programa, sendo que mais de 4 mil conheceram o que o Senai do Amazonas, por exemplo, oferece em educação profissional para jovens e adultos e serviços técnicos e tecnológicos para a indústria.

Uma das atrações será o barco-escola Samaúma, que nesta quinta (17/10/2013), abrirá seus três conveses para visitação no município de Japurá, a 919 quilômetros de Manaus. A unidade fluvial é pioneira no Senai, com 34 anos de atuação em 59 municípios do Amazonas, Pará, Acre, Roraima e Rondônia. Forma mais de 47 mil pessoas qualificadas para o mercado de trabalho.


Clique aqui para saber tudo sobre
 

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Educação profissional: especialista defende estímulo ao ensino profissionalizante no Brasil

Cena comum no primeiro dia do WorldSkills 2013 – principal competição internacional de Educação profissional e tecnológica – foi ver adolescentes alemães percorrendo os diversos pavilhões do centro de convenções de Leipzig (Leste da Alemanha, região da Saxônia) onde ocorrem as provas da 46ª edição do torneio mundial, durante esta semana (2 a 7/7/2013).

(Foto José Paulo Lacerda/Sistema Indústria)

A cena se explica pela importância que tem a formação profissionalizante para os alemães. Metade dos jovens que concluem o ensino médio vão para escolas técnicas que oferecem formação em cerca de 350 ocupações. “Eles percebem a feira de Educação profissional como uma oportunidade para despertar nos jovens interesse profissional. Não temos isso no Brasil”, comenta José Luís Leitão, responsável técnico pela equipe brasileira (clique aqui para saber mais) que participa da competição e com experiência na preparação de jovens alunos do Senai.

O professor Leitão admite que no Brasil há preconceito com as profissões que exigem trabalho manual, o que explica menores salários e baixo perfil de qualificação. “A questão cultural vai até na aceitação da palavra. Muitas das profissões que terminam em 'eiro', como pedreiro, marceneiro ou ladrilheiro, não têm uma aceitação muito boa. Se [em vez de dizer pedreiro], eu disser técnico em edificações, muda tudo.”

Conforme divulgado pelo Sistema Indústria (CNI/Sesi/Senai/IEL), a Educação favorece que a Alemanha tenha um dos mais baixos índices de desemprego na Europa entre jovens (até 25 anos) e seja uma economia exportadora de produtos de alto valor agregado – o comércio com o Brasil, por exemplo, notabiliza-se pela venda de máquinas, veículos e produtos químicos e farmacêuticos e pela compra de produtos básicos como minério, café e especiarias, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

“O interesse pela Educação profissional não se faz do dia para a noite. Isso é uma cultura”, assegura o prof. Leitão. E “a missão da organização [do evento] é esta: trazer o interesse da Educação profissional para os países”, explicou, ao salientar que apesar do interesse ainda incipiente, o Brasil “não fica a reboque” dos concorrentes. Tanto que o país vai sediar a próxima edição da WorldSkills Competition, em 2015, em São Paulo.

Para a edição de agosto de 2015, o Brasil propôs a inclusão de prova para uma nova profissão: desenvolvedor de aplicativos para tecnologias móveis (como tablets e celulares). “Nós já dominamos essa tecnologia no Brasil”, avalia o prof. Leitão. Segundo ele, a proposta, que está em discussão, foi apoiada de imediato por 12 dos 53 países participantes do evento.

Avaliação feita pelo Senai é que a Educação profissional no Brasil ajuda na ascensão social dos alunos. O salário inicial das 21 profissões mais demandadas é próximo de R$ 2 mil (cerca de três vezes o salário mínimo) e os profissionais com dez anos de carreira chegam a ganhar R$ 5,7 mil. Apesar do efeito de mobilidade social, apenas 6,6% dos jovens brasileiros estão matriculados em cursos de educação profissional.

O Mapa do Trabalho Industrial, elaborado pelo sistema Indústria, calcula que entre 2012 e 2015 o Brasil irá precisar de 7,2 milhões de pessoas com formação em 177 ocupações diferentes.

Fonte Agência Brasil


quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Educação profissional: Senai-RO investe em oficinas móveis para levar cursos ao interior do estado


O Senai de Rondônia está acrescentando mais unidades ao seu Programa de Ações Móveis Gira Senai. São minicontainers (foto) com ferramentas e equipamentos para a realização de cursos em várias modalidades. Serão formados profissionais para atender à crescente demanda nos segmentos automotiva, eletroeletrônica, alimentos, refrigeração, têxtil, metalmecânica, informática, gráfica e editorial, madeira/moveleiro e construção civil. O Gira Senai beneficia diversos municípios do estado.

Foto Sistema Fieto

Os minicontainers, também conhecidos como Conjuntos Didáticos, funcionam como oficinas móveis que podem ser transportados e instaladas em qualquer local, evitando o deslocamento do aluno até uma unidade fixa da organização. Segundo o gerente do Gira Senai, Walter Pinheiro Rodrigues, todos podem ser parceiros do programa: prefeituras, empresas e organizações governamentais ou não. “Basta que exista um espaço adequado e a vontade de elevar a qualidade de vida da comunidade ao seu redor.”

Para o presidente do Sistema Fiero, Denis Baú, o Gira Senai é um programa revolucionário que intervém nas causas da pobreza. “O desemprego e a ausência de treinamento profissional e de apoio técnico para microempreendimentos são fatores que condenam grupos e comunidades à margem do sistema produtivo.” Baú destaca que, “por meio de cursos rápidos e eficazes, capacitamos profissionais para atuarem isoladamente ou em conjunto, organizados em cooperativas ou microempresas”.

O diretor regional do Senai-RO, Silvio Liberato, assegura que “graças a sua portabilidade e baixo custo, o Gira Senai pode ser levado aos mais distantes pontos do estado”. Os resultados são apontados por Liberato: “aonde o programa chega, logo surgem eletricistas, pedreiros, encanadores, mecânicos de moto e bicicleta, marceneiros, e outros profissionais aptos a oferecer produtos e serviços compatíveis com as necessidades e demandas do mercado local.”
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