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segunda-feira, 28 de maio de 2012

Financiamento e inovação: Bahia produz fio de alta resistência para a exploração da camada de pré-sal

A Bahia já tem tecnologia para produzir um fio sete vezes mais leve que o aço e que serve para fazer coletes à prova de bala e cabos usados nas plataformas de exploração da camada de pré-sal. A novidade, que leva o nome de Fibra UTEC (polietileno de ultra-alto peso molecular) foi apresentada na quinta (24/5/2012), na sede da Braskem, em Camaçari, Bahia.

O projeto foi desenvolvido a partir de pesquisas financiadas pelo Programa Estadual de Incentivo à Inovação Tecnológica (Inovatec), da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (SECTI).

A primeira etapa o projeto, que começou em 2004, recebeu um financiamento de R$ 600 mil e a segunda fase, iniciada em 2010, teve um investimento do governo estadual de R$ 6,2 milhões para a compra de equipamentos. De acordo com Emanuel Lacerda, coordenador de relações institucionais da Braskem, o apoio da SECTI, foi fundamental para o desenvolvimento da pesquisa, que ainda teve o apoio da Finep, do Ministério de Ciência e Tecnologia.  

Segundo explica o gerente do projeto Fibra UTEC, Alessandro Bernardi, a ideia inicial partiu de uma demanda do governo, que precisava de cabos para plataformas de exploração do pré-sal que fossem mais resistentes e que não cedessem com o tempo. Além dessa aplicação, o fio serve também para a produção de coletes blindados destinados à área militar.

Fora do Brasil esses fios produzidos industrialmente têm várias aplicações, como luvas de proteção que não cortam, fios e redes de pesca. Berardi explica que o modelo de inovação adotado no Brasil é aberto, o que significa buscar conhecimento em outras instâncias, como centros de pesquisa e Universidades para acelerar o desenvolvimento. “Estabelecemos, por exemplo, uma parceria com uma Universidade do Rio Grande do Sul para medir a resistência dos cabos produzidos na Bahia”, destaca.

Atualmente a Braskem está desenhando o projeto da planta para a produção industrial da UTEC, uma alternativa aos cabos de ancoragem das plataformas de petróleo existentes hoje, confeccionados em aço ou poliéster.

O novo produto possui rigidez e alta resistência, características ideais para explorações em altas profundidades (entre 2 mil e 3 mil metros) como no pré-sal. O investimento total do projeto é de US$ 10 milhões e a expectativa é que a produção em escala industrial comece em 2013 para suprir a demanda, estimada entre 1 e 1,5 mil toneladas/ano.

De acordo com o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Paulo Câmera, essa pesquisa mostra a importância que o governo estadual dá à inovação de novos produtos que tenham aplicação prática. “Vamos continuar investindo cada vez nesse tipo de iniciativa que coloca a Bahia num novo patamar de desenvolvimento”, destaca o secretário, lembrando que o futuro Parque Tecnológico da Bahia vai servir também para a produção de conhecimento e pesquisa aplicada. 

O Inovatec, que é um dos mais importantes instrumentos de fomento à inovação do estado, conta com um fundo anual mínimo de R$ 15 milhões para a aquisição de máquinas, equipamentos e instrumentos que fortalecem os projetos de Pesquisa e Desenvolvimento. 

Para se inscrever e submeter projetos ao Inovatec, basta o candidato acessar www.secti.ba.gov.br e clicar no banner do programa, que fica do lado esquerdo da página. O formulário de inscrição e modelos de projetos aprovados e regulamento estão disponíveis para download e preenchimento.
Fonte SECTI


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