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sexta-feira, 22 de junho de 2012

Inovação e tecnologia: novos institutos do Senai terão parceria da Fraunhofer

Sociedade Fraunhofer, instituição alemã sem fins lucrativos especializada em transferência de tecnologia, vai prestar consultoria para a gestão de 23 institutos de inovação que o Senai vai instalar até 2014. Além disso, o Fraunhofer IPK, um dos 80 institutos ligados à Sociedade, apoiará o Senai o Instituto de Tecnologia a Laser, a ser instalado em Santa Catarina, e o Instituto de Eletroquímica, no Paraná.

A parceria Senai-Fraunhofer já desenvolveu projeto de apoio a empresas de pequeno
porte do Nordeste, e para o Centro Integrado de Manufatura e Tecnologia
(Cimatec), na Bahia (Foto José Paulo Lacerda/Sistema Indústria)

Outras ações do Fraunhofer IPK de suporte ao Senai abrangem  soluções de gestão para os Institutos de Inovação em Automação da Produção, na Bahia; em Microusinagem, em São Paulo; em Química Aplicada, no Rio de Janeiro; em Metais e Ligas Especiais, em Minas Gerais; em Polímeros de Engenharia, no Rio Grande do Sul; e em Energia Alternativa, no Rio Grande do Norte.

Os Institutos de Inovação integram o programa do Senai de apoio à competitividade da indústria. O objetivo é aumentar a oferta de profissionais qualificados para a indústria, dos serviços técnicos e tecnológicos e das pesquisas em inovação.

O programa tem financiamento de R$ 1,5 bilhão do BNDES, ao qual se somarão R$ 400 milhões de recursos próprios na criação mais 38 institutos de tecnologia, 53 centros de formação profissional e aquisição de 81 unidades móveis. Estas vão formar profissionais em localidades onde ainda não há escolas do Senai.

Segundo o diretor de Operações do Senai Nacional, Gustavo Leal, a Sociedade Fraunhofer foi escolhida como parceira por ser referência mundial em inovação e por ter forte alinhamento com a indústria. “Há outra questão importante: a Sociedade conta com uma gestão central e uma rede de institutos que têm autonomia, assim como nós. A forma de gerir essa rede nos interessa muito.”

Entre os serviços apoiados pelos alemães estão: desenvolvimento de instrumentos para diagnóstico tecnológico; qualificação de recursos humanos para a gestão de frentes de pesquisa; desenho de mercado para a oferta de produtos e serviços; definição de estratégias de vendas e de preços; e gestão de patentes. A consultoria tem valor estimado de R$ 3 milhões anuais.

O maior desafio da parceria, explica o diretor do Instituto Fraunhofer IPK, Eckart Uhlmann, será como gerenciar simultaneamente a pesquisa e o desenvolvimento regional dos estados onde serão instalados os institutos. “Precisamos, por meio da rede Senai e dos seus institutos, chegar a uma conjugação das necessidades reais da indústria e das regiões brasileiras.”


quinta-feira, 17 de maio de 2012

Pesquisa de produtos: empresas investem em soluções que reduzam em 30% o consumo de recursos

Mesmo sem saber qual será o resultado final, duas grandes companhias alemãs já compraram a patente de um veículo autônomo, como o que foi visto na versão original da saga Guerra nas Estrelas (Star Wars). A pesquisa sobre o carro está em andamento no Instituto Fraunhofer de Fluxo de Materiais (IML, na sigla em alemão), de Dortmund, Alemanha.

A informação foi transmitida pelo pesquisador associado e consultor Michael Toth, do próprio IML, nesta quarta (16/5/2012) durante o Workshop Internacional Senai de Logística, em Balneário Camboriú, Santa Catarina.


A BMW é uma das grandes da Alemanha que investem em pesquisas
para a automatização de veículos (vídeo com legendas em inglês).   


O carro autônomo, segundo Toth, é uma pesquisa para além de cinco anos. Mas ele citou outras em desenvolvimento no instituto para prazos mais curtos e com menor teor de ficção científica. É o caso das perdas de frutas e legumes na Inglaterra, que chega a 50% de produção, representando 17 milhões de toneladas e 20 milhões de euros por ano.

Toth explicou que a solução para esse desperdício passa pela organização de cadeias de suprimento que permitam o fornecimento sustentável, da produção ao consumo. As soluções, segundo ele, devem ser intensivas em tecnologia, contendo, por exemplo, sensores de temperatura e com o desenvolvimento de embalagens especiais, sem ar. "Para que não haja desperdícios com o transporte caro de produtos estragados, o controle de qualidade deve começar mais cedo, no início do processo."

Para Toth, a logística "precisa se preocupar com a sustentabilidade social, econômica e ambiental". Ele ensina: "o desafio é produzir e entregar produtos cada vez mais individualizados e personalizados, consumindo 70% dos recursos consumidos atualmente".

Para suprir essa demanda, o Instituto Fraunhofer desenvolve pesquisas como, por exemplo, de estações de entrega de encomendas pessoais. Ou seja, os pesquisadores apostam que as pessoas voltarão a retirar correspondências ou pequenas encomendas num determinado ponto do bairro ou da cidade. "A parte final da entrega é muito difícil", afirmou.

Outro foco de pesquisas do instituto é voltado para o suprimento de indústrias que originalmente se instalaram longe de centros urbanos, mas que gradativamente foram sendo integradas às cidades, que se expandiram. "Em muitos casos, não é possível usar caminhões grandes. É preciso pensar em cadeias de fornecimento não poluentes, sem ruídos, em determinados horários do dia", disse.

A logística urbana é uma preocupação também do pesquisador Daniel Boudouin, do Centro de Pesquisa sobre Transporte e Logística da Universidade de Marseille. No workshop, ele falou de plataformas logísticas e organização do território. Boudouin destacou que a organização da logística urbana e de fluxos de retorno (ou seja, a logística reversa) é uma demanda presente nos institutos especializados.

Ele salientou que 10% dos empregos da Europa são na área de logística. E apresentou um dado curioso a respeito dos efeitos da logística sobre a sustentabilidade: a circulação de dejetos representa 17% do conjunto de transportes na Europa.

Nos próximos meses, o Senai-SC realizará mais três workshops internacionais, sobre Eletroeletrônica, em Jaraguá do Sul; Tecnologia da Informação e Automação, em Florianópolis; e em Materiais, em Criciúma.
Reportagem de Ivonei Fazzioni/Sistema Fiesc



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