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terça-feira, 15 de julho de 2014

Educação: jovens do campo vão ter formação agroecológica e de inclusão digital


Maria Helena Serafim (Foto Divulgação)
Maria Helena Serafim pertence à comunidade Kalunga, remanescente de quilombo no norte de Goiás. Ela tem 26 anos, já deu aulas em sua comunidade, em Monte Alegre de Goiás (GO), mas teve que parar para fazer faculdade de Educação no campo, na Universidade de Brasília (UnB). Ela quer voltar a ser professora, e seu sonho é que os filhos continuem na comunidade. Mas em toda a região, de 272 mil hectares, não há sequer uma escola de ensino médio, o que acaba favorecendo a evasão dos jovens para as cidades.

Segundo Maria Helena, apenas algumas regiões da comunidade de 6 mil pessoas têm saneamento básico e energia elétrica. Nas demais, é necessário buscar água no estilo antigo, “em cima da cabeça”. Além da busca por escolas, os jovens saem da comunidade para trabalhar, e muitos deles não retornam. “Voltar para quê, se eles tiveram acesso a tudo que não tinham na comunidade? Por mais que a gente ache que nossa cultura é boa, ela não segura nossos jovens lá. Eles querem trabalhar, querem andar bem vestidos, na moda. Na nossa estrutura de comunidade não temos isso, não temos outro tipo de trabalho, além da cultura de subsistência, para que esses jovens tenham renda”, explica.

Na tentativa de mudar esse cenário, e fazer com que os 8 milhões de jovens que moram na zona rural tenham a opção de continuar no campo, o governo assinou nesta quinta-feira (3) um acordo interministerial que inclui novas iniciativas no Programa de Fortalecimento da Autonomia Econômica e Social da Juventude Rural. Serão R$ 35 milhões para cursos de agroecologia, residência de universitários em assentamentos rurais, cinco pontos de cultura e 50 pontos de inclusão digital para a juventude rural.

Seis cursos de Formação Agroecológica e Cidadã vão ser oferecidos em parceria com instituições de ensino, com foco no Norte e Nordeste, como a Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, em Minas Gerais, e a Universidade Federal Rural de Pernambuco. De acordo com a secretária nacional da Juventude, Severine Macedo, as ações têm previsão de início imediato. Outro ponto do acordo é a criação de 25 turmas em parceria com universidades que contribuam para a formação dos jovens, além de um programa Juventude Itinerante, que vai levar aos jovens informações sobre as políticas públicas a seu alcance.

O valor aplicado para um público tão amplo, no entanto, é alvo de críticas. De acordo com Paulo Mansan, da Coordenação Nacional da Pastoral da Juventude Rural, um programa de impacto requer mais recursos para que a juventude continue no campo. Ele avalia que outros programas podem se somar às iniciativas, como a qualificação dos jovens. “Além de cursos, são necessários projetos que incentivem a renda dos jovens no campo, inclusive projetos produtivos rurais, que a gente acredita que sejam os próximos passos desses programas”, avaliou.

Durante a assinatura do acordo, no Palácio do Planalto, o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, reconheceu que a pressão dos movimentos sociais é importante para a ampliação das políticas. “Eu aceito, e tenho que entender que de fato é muito pouco. Mas tenho que lembrar das políticas que realizamos e do quanto andamos do ponto de vista de recompor uma sociedade absolutamente injusta, com padrão de exclusão brutal e estrutural”, explicou.

“O grande limite da crítica que os movimentos fazem, e têm razão, é que este tema ainda não entrou para a agenda de ministérios do governo, de maneira permanente”, acredita a secretária Severine. Para ela, é preciso fazer um esforço para que a juventude rural seja tratada diferentemente das políticas macro da agricultura familiar, “porque o jovem precisa ter estímulos diferenciados, ele valoriza mais o uso do computador, o telefone no meio rural e o lazer”. O acordo assinado hoje, na sua opinião, vai contribuir para que os órgãos governamentais deem uma resposta daqui para frente.

Enquanto cultiva esperanças de que os programas sejam um incentivo para que os jovens permaneçam nas comunidades rurais e, por consequência, na comunidade Kalunga, Maria Helena Serafim quer concluir logo seu curso de licenciatura em educação no campo na UnB. “Depois, retornar para a comunidade, minha vida é lá, e é por isso que eu luto para que as coisas cheguem lá. A gente não precisa vir embora, para que eu não crie meus filhos cá fora também. [Farei tudo] para que eles não percam aquela essência, aquela raiz. Eles têm que aprender todo o nosso processo cultural, tradicional”, afirma.


sexta-feira, 28 de março de 2014

Meio ambiente: ciclo de vida de produtos e eficácia das matérias-primas serão debatidos em Simpósio na quarta, em São Bernardo do Campo

Avaliação de Ciclo de Vida de Produtos é o tema principal do primeiro simpósio da Faculdade Senai de Tecnologia Ambiental, de São Bernardo do Campo, em São Paulo, na próxima quarta (4/4/2014), das 8h às 18 horas, no teatro do Senai Mario Amato.


Clique aqui para saber mais e fazer sua inscrição, que é gratuita

A avaliação de ciclo de vida (ACV) oferece visão mais ampla sobre os procedimentos industriais, indica os caminhos mais sustentáveis e facilita a tomada de decisões por parte das empresas. Com ela é possível verificar os impactos positivos e negativos de um produto no meio ambiente, desde a criação até o descarte.

Outro tema que será abordado durante o simpósio é a aplicação de estratégias que possam aumentar a eficiência no uso de matérias-primas, seja por meio da não geração e pela minimização ou reciclagem de resíduos, que é o conceito conhecido como P+L (Produção Mais Limpa). Além desse assunto, também será debatida a prática de greenwashing, termo empregado para designar a venda de uma imagem corporativa sustentável que não corresponde à verdade.

O primeiro palestrante será o Dr. Biagio Fernando Giannetti, que falará sobre Ecologia industrial: as interações entre ACV e a P+L em prol da sustentabilidade. Depois, o especialista Roberto de Melo Araújo, abordará ACV como Ferramenta da Indústria.

À tarde, mais duas palestras completam o evento: Marketing Ambiental ou Greenwashing? Como a ACV contribui para resolver esta questão, a cargo da Mestre Gleice Donini de Souza, e Indicadores de sustentabilidade usando ACV, com o Mestre Laércio Romeiro.

As quatro apresentações são gratuitas e destinadas a profissionais da indústria, serviços, pesquisa e desenvolvimento, além de estudantes das áreas ambiental, materiais, gestão, logística, design, administração, engenharia e tecnologia.



quinta-feira, 6 de março de 2014

Mercado de carbono: BVRio e FGV promovem simulação de mercado de carbono para empresas no Brasil

Bolsa Verde do Rio de Janeiro (BVRio) e o Centro de Estudos de Sustentabilidade da FGV/EAESP (GVces) vão implementar um simulado de mercado de carbono no âmbito da Plataforma Empresas pelo Clima (EPC).

A EPC foi desenvolvida pelo GVces há cinco anos para envolver empresas brasileiras no processo de discussão e engajamento frente às mudanças climáticas, a gestão de emissões de gases de efeito estufa (GEE) e a proposição de políticas públicas.

A EPC conta em 2014 com 20 empresas, entre elas a TAM (foto TAM)

A simulação oferece ao empresário experiência prática e realista sobre o funcionamento de um sistema cap and trade. Ou seja, um sistema de comércio de emissões (trade) que busca restringir a quantidade de GEE de um setor ou da economia de uma região ou país dentro de um limite preestabelecido (cap).

“Essa é uma experiência pedagógica pioneira no Brasil”, afirma Mario Monzoni, coordenador do GVces, sobre o contexto de mercado de carbono. “Por meio do simulado as empresas terão oportunidade de aprender o que é esse mercado, fazendo na prática.” A iniciativa representa um processo de co-formação entre as empresas, a BVRio e o GVces. “Ao fazer a simulação, espera-se também que a empresas estejam mais preparadas para dialogar com o governo e a sociedade em geral sobre um futuro mercado de carbono brasileiro”, explica Beatriz Kiss, coordenadora da iniciativa pela EPC.

As bases do simulado foram construídas em 2013, em um processo conjunto com as empresas da EPC e a partir das experiências de mercados reais, ativos ou em construção, em diversos países. “O exercício estará apoiado nos dados reais de emissões das empresas, fornecidos pelo Programa Brasileiro GHG Protocol”, esclarece Renato Armelin, coordenador do Programa Sustentabilidade Global do GVces, que envolve tanto o GHG como a EPC. “O período de negociações deste ciclo 2014 terá início em março, com um leilão de venda de permissões de emissão, e se encerrará no final de novembro”, completa Armelin.

Mercado de carbono nacional
A BVRio disponibiliza sua plataforma de negociação BVTrade para a iniciativa. Para tanto, a BVRio fez ajustes e adaptações necessárias, de modo a atender às peculiaridades da simulação, incluindo o desenvolvimento de registro de permissões de emissões, ambiente eletrônico de negociação, plataforma eletrônica de leilões, ferramentas de gestão de emissões e interfaces diferenciadas para diferentes tipos de participantes: empresas, governo e operador de mercado.

Em fevereiro, as empresas membro da EPC tiveram o primeiro contato com o sistema, numa fase preparatória que precede o lançamento da iniciativa, em 14 de março.

“A BVRio vê esta simulação como um passo importante para o processo de desenvolvimento de um mercado de carbono nacional. Para tal, desenvolvemos a primeira plataforma de comércio de carbono no país, que servirá para apoiar o desenvolvimento de um mercado de abrangência nacional no futuro”, comentou Pedro Moura Costa, presidente da BVRio.

A EPC conta em 2014 com 20 empresas, entre elas AES Brasil, Braskem, Banco do Brasil, Camargo Correa, EDP, Suzano, TAM e Vale. Do total de empresas, 16 estão inscritas no simulado de mercado de carbono. Tanto a EPC como o simulado ainda estão abertos a novas adesões.

Fonte GVces


Meio ambiente: workshop debaterá gases de efeito estufa e mudanças climáticas

O CDP, organização internacional que atua em cidades, investidores e empresas de todo o mundo para prevenir as mudanças climáticas e proteger os recursos naturais, em conjunto com a Prefeitura de São Paulo e o CB27 (Grupo dos Secretários de Meio Ambiente das Capitais), está organizando o workshop Mudanças Climáticas, Desafios e Oportunidades.

O evento, que ocorrerá na próxima segunda (11/3/2014), na capital paulista, tem o objetivo de aprimorar os conhecimentos dos gestores públicos na área de inventários de Gases de Efeito Estufa (GEE), riscos, oportunidades e adaptação às mudanças climáticas, ressaltando também a importância da colaboração entre o setor público e privado.

Com isso, o CDP pretende ampliar o número de cidades participantes em seu programa CDP Cities 2014, convidando todas as cidades do grupo CB27 a divulgar dados de emissões de GEE, análise de riscos das alterações climáticas, oportunidades e planos de adaptação através da plataforma de reporte do CDP.

O workshop contará com rodadas de diálogo e discussões. O programa CDP Cities está em sua quarta edição e no ano passado recebeu respostas de 11 cidades do país.

Inscrições podem ser feitas via elbagoncalo@gmail.com. O encontro ocorrerá das 8h30 às 19h30, na Umapaz, na av. IV Centenário, 1.268, Portão 7A do Parque do Ibirapuera, São Paulo.



quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Inovação e pesquisa: os problemas com a energia renovável na Alemanha

Opção por energia renovável também trouxe problemas à Alemanha

Considerada modelo devido à sua preocupação ambiental, Alemanha enfrenta hoje consequências da opção por energia renovável. Embora a produção seja alta, faltam redes de distribuição e locais para armazenar energia.

O sucesso às vezes pode se transformar em problema. Assim aconteceu com a questão energética na Alemanha. Até o ano de 2050, 80% do abastecimento do país deverá se dar através de energias renováveis. A decisão foi impulsionada pela catástrofe nuclear na japonesa Fukushima, em 2011. Naquele momento, os partidos no governo resolveram modificar sua política energética, decidindo-se pelo abandono completo da energia nuclear.

Desde então há um consenso entre os partidos políticos do país e também uma decisão do Parlamento a respeito: o mais tardar em 2022, não será mais produzida energia atômica na Alemanha. Para abastecer a demanda interna, a energia deverá vir do vento e de instalações fotovoltaicas, substituindo cada vez mais o carvão e o gás, nocivos ao ambiente.

A Alemanha já começou cedo, no ano 2000, a usar energias renováveis e incentivar sua produção. A Lei das Energias Renováveis garante desde então incentivos para os produtores de energias eólica, solar e de outras formas não nocivas ao meio ambiente – não importando se o produtor é uma grande empresa ou pessoa física. Isso gerou um verdadeiro boom de produção de energias renováveis. Em 13 anos, o percentual de energia produzida no país com fontes renováveis aumentou de 6% para 25%.

Altos preços da energia elétrica
O incentivo financeiro para a produção de energias renováveis não é pago pelo Estado, mas por cada cidadão através de sua conta mensal de energia. Para o consumidor alemão, o preço da energia aumentou consideravelmente nos últimos anos. Uma situação que gera, inclusive, discussões na campanha eleitoral.

Os grandes problemas hoje são a falta de redes de transporte da energia para o interior do país e de locais onde esta energia possa ser armazenada. De que adianta inaugurar enormes campos off shore no litoral norte, se não há como transportar esta energia até o consumidor, questionam-se os alemães. Por outro lado, os benefícios do governo às grandes consumidoras de energia provoca críticas.

Mobilidade e calefação: relegados a segundo plano
A mudança da política energética diz respeito também à emissão de poluentes, seja no trânsito ou na calefação doméstica. A euforia inicial sobre o uso de biodiesel parece ter passado, devido às críticas de que não se deve ampliar as áreas para plantar matérias primas em detrimento da produção de alimentos.

Também o boom dos carros elétricos dos anos 2009 e 2010 parece ter sido fogo de palha. A meta de ter em circulação um milhão de veículos elétricos até 2020 por enquanto é inalcançável. O problema é a falta de tecnologia para garantir que estes veículos rodem mais de 100 quilômetros sem recarregar as baterias.



Artigo de 2013, da Deutsche Welle, e publicado no blog Luis Nassif Online



sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Inovação: baseado na técnica do Origami, estudante de design cria embalagem inovadora para ovos

Gil Rodrigues, estudante de design português, desenvolveu o conceito do que pode ser uma nova embalagem para acomodar os ovos que compramos com frequência nos supermercados.

Rodrigues se inspirou nos origamis para criar uma embalagem dobrável e que ainda por cima é mais amigável com o meio ambiente.

Amigável pois, feita a partir de cartolina, pode substituir as tradicionais embalagens de isopor e plástico. O projeto também é inovador ao permitir, justamente por ser dobrável, que cada ovo seja embalado individualmente, o que aumentaria a proteção do produto.


De acordo com o site da revista Fast Company, o principal problema da inovação de Rodrigues é justamente a maneira como ela foi desenvolvida. A embalagem é totalmente dobrável e não há colas ou emendas. E isso pode dificultar a aplicação comercial do produto.


Fonte original O Estado de São Paulo


sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Vídeo da semana: Viciado em plástico

Por Doc Verdade


Addicted to Plastic (Canadá, 2008, 53min, na versão curta, direção de Ian Connacher) é um documentário sobre soluções para a poluição causada pelo plástico, detalhando o caminho deste durante os últimos 100 anos.




O filme recebeu o Prêmio do Júri para Documentário Internacional e foi considerado o Favorito da Audiência para Documentário Internacional no Amazonas Film Festival, no Brasil. Também, recebeu o Golden Sun Award de Melhor Documentário Internacional no Barcelona International Environmental Film Festival.

Para responder à questão do descarte, o diretor visitou lugares como o trecho de lixo oceânico que situa-se no Giro do Pacífico Norte, no qual há atualmente mais plástico do quê plâncton por milha quadrada.

Ele também visitou um depósito de lixo tóxico na Índia, localizado em uma vila, cujos moradores tem a expectativa média de vida é de 30 anos.

De acordo com o cineasta, há uma versão curta do filme que usa a perspectiva em terceira pessoa, sem que ele atue como guia. Neste também fica excluído o capítulo sobre ingredientes tóxicos do plástico.

Problemas de detritos marinhos, reciclagem e bioplásticos permanecem idênticos à versão mais longa. (Wikipedia)

Clique aqui para assistir a versão longa do documentário, com 85min.


sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Tecnologias do gás: Fapesp e BG Brasil debatem propostas para criação de centro de pesquisa

A Fapesp e a BG Brasil, membro do BG Group, sediado no Reino Unido, realizaram na terça-feira (10/12/2013) reunião com pesquisadores e lideranças acadêmicas para debater questões sobre a chamada de propostas, lançada em outubro pelas duas instituições, para a criação de um centro de pesquisa para inovação em gás.

Para a implementação do centro, a ser instalado no Estado de São Paulo no ano que vem, e para o desenvolvimento de pesquisas sobre gás natural em diferentes áreas, serão investidos até US$ 20 milhões ao longo de cinco anos, a contar da aprovação das propostas para sua constituição. O investimento será feito em partes iguais entre as duas instituições.

As propostas de pesquisa deverão ser apresentadas em áreas voltadas para o aprimoramento do consumo de energia limpa, visando à redução da emissão de gases de efeito estufa; ao desenvolvimento de gás natural como combustível para transporte marítimo; à melhoria de técnicas de engenharia para a produção de gás natural; e à conversão de gás em matérias primas para a indústria química, incluindo hidrogênio.

Resultado de um acordo de cooperação assinado em setembro pela FAPESP e pela BG Brasil, a chamada de propostas foi debatida em encontro realizado na sede da Fundação. Estiveram reunidos pesquisadores e lideranças acadêmicas, que discutiram as condições para a apresentação de projetos, os pré-requisitos dos proponentes, os contornos acadêmicos e científicos esperados das propostas e os critérios de seleção.

Clique aqui para ler a reportagem completa publicada na Agência Fapesp



segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Inovação: usina de biogás vai tratar resíduos da Ceasa de Porto Alegre

Daqui há três anos, a Centrais de Abastecimento do Rio Grande do Sul (Ceasa/RS), em Porto Alegre, terá em pleno funcionamento sua Estação de Manejo e Transbordo de Resíduos, que comportará uma Usina Modular de Biogás de 660 KVA. Esta unidade terá gerenciamento remoto, por meio automático ou humano, de acordo com os conceitos de Smartgrid.

O projeto, que tem as parcerias do Senai-RS e da Companhia Estadual de Distribuição de Energia Elétrica (CEEE), dará destino energético a 7,2 milhões de toneladas/ano de resíduos da Ceasa.

A novidade está na tecnologia do Senai-RS, por meio do Centro Nacional de Tecnologias Limpas (CNTL), do Centro de Excelência em Tecnologias Avançadas (Ceta), da Escola Senai Nilo Bettanin e da Faculdade Senai de Tecnologia, que desenvolveu uma bactéria especificamente para deteriorar hortifrutigranjeiros.

Além da energia gerada (660KVA), suficiente para alimentar um condomínio com cerca de 250 habitantes, a usina vai acabar com o transporte dos resíduos para o aterro sanitário, evitando a emissão de 38 toneladas de carbono/ano.

O projeto é resultado de uma chamada da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), e faz parte dos investimentos que as distribuidoras de energia elétrica devem fazer na área de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). 

Além disso, em 2010 o Brasil aprovou a primeira Lei Nacional de Resíduos Sólidos, pela qual a partir de 2014 apenas os resíduos sem viabilidade econômica para a recuperação deverão ser depositados em aterros sanitários, e lixões a céu aberto e aterros controlados deverão ser fechados.

A usina dará destino energético a 7,2 mil toneladas/ano de resíduos da Ceasa. No ano passado, cerca de 38 toneladas/dia de resíduos foram produzidas, equivalente a produção diária de uma cidade de 50 mil habitantes.

Segundo o presidente da Ceasa, Paulino Donatti, "a meta com a construção da usina de biogás é aproveitar 70% do lixo orgânico produzido no complexo". Outro benefício apontado por ele é a contribuição do projeto da Ceasa-RS no acréscimo na matriz energética nacional. “Poderá servir de exemplo para uma política nacional para tratamento dos resíduos de hortigranjeiros nas 29 Centrais de Abastecimento existentes no Brasil”.

Smartgrid
O Smartgrid (rede inteligente) usa a tecnologia da informação associada a automação e infraestrutura de telecomunicações para sistemas que propiciem maior eficiência em processos.

O engenheiro Hermes Issamu Hirano, da IBM, destaca benefícios do Smartgrid:
  • Redução do pico de demanda de energia por meio do gerenciamento de consumo do cliente em horários de pouca demanda de energia;
  • Informação da energia consumida pelo consumidor, permitindo criar novos hábitos e procedimentos para economia de energia;
  • Aumento da eficiência operacional do sistema, uma vez que, com sensores e controle da rede, teremos mais facilidade de identificar, diagnosticar e corrigir problemas, assim como antecipar ações para evitar tais eventos e,
  • Aplicações de tecnologia mais limpa com o avanço dos eletrodomésticos, carros elétricos, uso de energia solar e eólica.


quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Tecnologias inovadoras: novas soluções aplicadas à construção ganham espaço privilegiado em Curitiba

Localizado dentro do maior laboratório de ensaios ambientais do Paraná, um núcleo vai agregar e divulgar a partir de novembro soluções inovadoras que estão à disposição de arquitetos e profissionais da construção civil.
 

Clique aqui para saber tudo sobre

 
No espaço recém inaugurado pelo Senai-PR, a indústria e a sociedade poderão conhecer – graças ao recurso de realidade aumentada – novas tecnologias sustentáveis, conceitos e informações sobre atitudes ecologicamente corretas de forma totalmente interativa.

 
A realidade aumentada, que cria a sobreposição de objetos virtuais tridimensionais em um ambiente real e que serão visíveis através de um tablet, possibilitará ao visitante conhecer como foram produzidos os elementos sustentáveis da construção. Para aqueles que não tiverem disponibilidade de fazer uma visita, o site do Núcleo contará com um tour virtual, que explicará, via navegação de fotos em 360 graus, áudio e links, toda a experiência do local.
 
 
“Estamos vivendo a década da sustentabilidade. Nosso objetivo principal é fortalecer a Educação profissional, sem esquecer a tecnologia aplicada à sustentabilidade, pois acreditamos que através da Educação podemos mudar o mundo”, explica o diretor do Senai-PR, Marco Secco. Segundo ele, o ponto-chave para a construção do Núcleo foi poder contar com as empresas parceiras do Senai. “Criamos esse espaço para ser um ícone para a Educação profissional, tecnologia e inovação sustentáveis, e para isso, nossas parcerias foram indispensáveis. O papel do Senai é apoiar o desenvolvimento das empresas e para isso precisamos de nossos parceiros”.
 
 
Partindo da inciativa de desenvolver ações ambientalmente corretas, economicamente viáveis e socialmente justas, o Núcleo foi todo construído com a tecnologia Wood Frame, sistema construtivo a seco importado da Alemanha e desenvolvido no Brasil pela empresa Tecverde, em parceria com o Senai.
 
 
Outras tecnologias sustentáveis, desenvolvidas por empresas parceiras do Senai, estão presentes. Entre elas estão o telhado verde, para controle de temperatura; reaproveitamento da água da chuva; iluminação em LED; torneiras com controle de vazão e descargas econômicas.
 
 
A casa também é autossustentável na questão de energia, que será captada por meio de painéis solares. O excedente será distribuído pela rede de energia da unidade do Sistema Fiep localizada na Cidade Industrial de Curitiba, onde fica o Núcleo, utilizando o conceito de smart grids. A gestão das tecnologias é feita por um sistema de automação residencial (domótica), que permite a análise e o monitoramento online da geração de energia renovável, por meio de consultas interativas.
 
 
Como primeiro ato do Núcleo Senai de Sustentabilidade, foi assinado convênio entre a organização e a Fundação Araucária. A Fundação será parceira durante a edição 2013 do Edital Senai Sesi de Inovação,  promovendo a inclusão de até 20 doutores em projetos industriais de inovação aprovados no Edital.
 
 
Fonte Sistema Fiep

 

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Meio ambiente: menos de 2% dos resíduos sólidos são reciclados

Mesmo com 60% dos municípios do país tendo alguma iniciativa de coleta seletiva, a quantidade de resíduo sólido urbano que de fato retorna à cadeia produtiva não chega a 2%. Segundo o Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2012, da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), 51,4% do material coletado são matéria orgânica; 13,5% plástico; 13,1% papel, papelão e tetra pak; 2,9% metais; 2,4% vidro; e 16,7% outros materiais.

Dia Mundial do Meio Ambiente: comemora-se em 5 de junho, data em que se realizou
em Estocolmo, na Suécia, a I Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente

De acordo com a Abrelpe, em 2012 foram produzidas 1.436 mil toneladas de alumínio primário e a reciclagem fica na faixa de 36%, chegando a 98,3% das latas de bebida, patamar com pouca variação nos últimos cinco anos. A produção de papel foi 10 milhões de toneladas e a taxa de recuperação com potencial para reciclagem está em 45,5%.

Já em 2011, o consumo aparente de plásticos, foi 6,8 mil toneladas, das quais 1 mil toneladas recicladas – 57% no caso de PET. Em 2001, a reciclagem dessas garrafas era 32,9%. No setor de vidros, o dado mais recente é de 2008, quando a capacidade de produção instalada foi 3 mil toneladas, sendo 1.292 no setor de embalagens. Dessas, 47% são recicladas - incluindo 20% de embalagens retornáveis –, 33% reutilizados e 20% vai parar em aterros e lixões.

O gerente de Projetos da Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente, Ronaldo Hipólito, explicou que a Política Nacional de Resíduos Sólidos não prevê prazo para implantar a coleta seletiva e a reciclagem dos materiais.

“Nós colocamos metas no plano nacional: para 2015 uma quantidade de reciclagem e outra para 2019. Para os resíduos úmidos tem a compostagem, a biodigestão. Mas nós estamos trabalhando tudo paralelamente, porque não pode fechar primeiro o lixão para depois fazer a reciclagem”, disse Hipólito. Em tese, na hora de se fechar um lixão e colocar em funcionamento um aterro sanitário, onde só poderá ser depositado rejeito, obrigatoriamente terá que haver a coleta para retirar a parte que não deve ser enterrada, acrescentou.

Quanto às cooperativas de catadores, Hipólito disse que foi criado um comitê interministerial para analisar essa inclusão socioeconômica. Já foram organizadas cerca de 200 cooperativas, das 1.300 que o ministério estima existirem no Brasil. Também foi lançada uma campanha educativa sobre a importância da separação dos resíduos.

“Nós solicitamos ao Ipea, em 2010, um estudo sobre quanto o Brasil perde ao ano por não reciclar, por enterrar as coisas que poderiam ser reaproveitadas, e o Ipea chegou ao número de R$ 8 bilhões por ano. É muito dinheiro. Essa propaganda institucional que nós fizemos e pretendemos voltar esse ano a falar sobre o assunto, serve para conscientizar as pessoas sobre a importância que tem isso para a economia como um todo”, disse o técnico do Ministério do Meio Ambiente.

De acordo com o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, o governo do Estado do Rio de Janeiro tem apoiado as prefeituras para iniciar os projetos de coleta seletiva. “Os municípios tem que ter uma equipe para isso, tem que ter uma campanha de comunicação, tem que escolher alguns bairros para fazer um projeto piloto, não é uma coisa científica, é erro e acerto”.

O superintendente de Políticas de Saneamento da Secretaria Estadual do Ambiente (SEA), Victor Zveibil, explicou que 17 municípios, dos 92 do estado, começaram a implantar programas de coleta seletiva, entre eles Mesquita, Petrópolis e Niterói. Além disso, o governo lançou o Programa Catadores e Catadoras em Rede Solidária. “É um programa que a secretaria está iniciando em parceira com o Ministério do Trabalho e Emprego, que tem essa missão de reforçar as cooperativas e trabalhar a questão da comercialização, de uma rede de cooperativas para a reciclagem e para a comercialização. Esse levantamento já foi feito em 41 municípios”.

Por mês, são recolhidas na capital 936 toneladas de material reciclável, dos 150 mil toneladas de lixo da coleta domiciliar. O material é destinado a cerca de 50 cooperativas cadastradas na Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb).

O engenheiro Mauro Wanderley Lima, da Diretoria Técnica e de Logística, lembrou que a coleta seletiva depende da colaboração da população. “A ideia é atingir todos os bairros do Rio até 2016. Agora, precisamos da colaboração da população e é uma coleta mais cara, porque você não pode comprimir o material, não pode ser misturado. O ideal é que você terminar de usar a lata de molho de tomate, o iogurte, dê uma lavadinha e entregue para a reciclagem”.

A coordenadora do Movimento Nacional dos Catadores no Estado do Rio de Janeiro, Claudete Costa, ponderou que a situação de muitos catadores é precária. “Eu continuo trabalhando com o pessoal na rua, a gente cata o material, junta no “burrinho sem rabo” - carroça manual -, vê um local estratégico para fazer a triagem rapidamente e nem todo o material a gente tem tempo de juntar para reciclar, só o que está em alta no mercado”. Ela acrescentou que os catadores interrompem o trabalho às 15h quando passa o caminhão da Comlurb.

De acordo com ela, as cooperativas beneficiadas pela coleta seletiva estão em situação melhor, mas ainda há cerca de 240 famílias trabalhando no aterro controlado de Gericinó, que vai fechar até o fim do ano. “Então está no mesmo trâmite que eu, daqui a pouco estão na rua. O pessoal quase não tem mais acesso como tinha antes. Poucas famílias estão sendo beneficiadas, porque está indo tudo para [o aterro sanitário de] Seropédica”.

Claudete reclama que falta apoio da prefeitura para trabalhar. “Falta tudo, da estrutura do galpão, maquinário, para a coleta seletiva. Tem muitas cooperativas que estão na rua, tem muitas que estão em galpão alugado”.

A SEA anunciou que “em breve” será inaugurado o Polo de Reciclagem de Gramacho, que vai aproveitar a mão de obra dos cerca de 400 catadores que atuavam no aterro controlado de Gramacho, fechado no ano passado.

Fonte Agência Brasil


terça-feira, 3 de setembro de 2013

Inovação e urbanismo: maior parede viva de Londres vai ajudar a combater enchentes

Por Jaque Barbosa

Seu tamanho impressiona, sendo mesmo a maior parede viva já construída na cidade de Londres: 21 metros de altura, que abrigam mais de 20 espécies de plantas sazonais. A imponente e sustentável parede brota da fachada de um hotel perto do Palácio de Buckingham e leva mais cor a uma cidade em tons de cinza.

Clique aqui para ver um vídeo com o processo de construção da parede em time-lapse (Foto Divulgação)

O jardim vertical já ganhou o apelido de “pulmões verdes de Victoria”, em alusão ao bairro onde ela foi construída, um dos mais turísticos da cidade. A verdade é que os visitantes têm agora mais um ponto de interesse, que ainda pode levar grandes benefícios à comunidade londrina.

Além dos óbvios benefícios ambientais, do toque verde e da quantidade de espécies plantadas, desde o açafrão aos morangos, passando por lavanda e gerânios no inverno, e de atrair alguma fauna afastada dos centros urbanos, como abelhas, borboletas ou pássaros, esta parede promete uma inovação – as plantas serão irrigadas com água da chuva coletada em tanques de armazenamento no telhado, o que também pode ser útil em caso de enchente.


Fonte Hypeness


Meio Ambiente e negócios: Rio lança Pacto da Reciclagem para ampliar coleta seletiva

(Foto Divulgação)
A Secretaria Estadual do Ambiente (SEA) lançou nesta segunda (2/9/2013) o Pacto da Reciclagem para estimular a redução e a reutilização de resíduos. O programa reúne diversos projetos direcionados ao reaproveitamento de resíduos sólidos no estado. A proposta é o fortalecimento da cadeia de reciclagem e o tratamento adequado de lixo.

De acordo com o secretário Carlos Minc, a principal meta é que o índice da coleta seletiva, que atualmente está em aproximadamente 3%, chegue a 10% até o ano que vem. Segundo Minc, o Rio de Janeiro é o estado mais avançado quando se trata da extinção de lixões e cerca de 92% dos resíduos sólidos no estado são encaminhados para aterros sanitários – apenas 8% vão para lixões.

“O Rio está muito avançado em terminar todos os lixões. Há seis anos, 90% do lixo ia para lixão e 10% para aterros. Hoje inverteu. A própria ministra [do Meio Ambiente] Izabella [Teixeira] admitiu que o Rio de Janeiro será o único estado que ano que vem vai cumprir a meta nacional de acabar com todos os lixões”, disse o secretário.

Minc informou que, apesar do avanço, o Rio está muito atrasado em relação à reciclagem de resíduos. “O estado do Rio e todos os outros estão atrasadíssimos e como estamos acabando com os lixões, o esforço todo vai se concentrar na reciclagem. Todo mundo é a favor da reciclagem, mas ninguém consegue fazer. Então, temos de preparar a prefeitura e apoiar os catadores [de material] em 41 municípios do estado”.

Para o secretário, iniciativas como a Fábrica Verde, que recicla computadores e estimula a inclusão digital em comunidades pacificadas; a Ecomoda, que reutiliza roupas velhas e retalhos para cursos na área de moda; e o Prove, que recicla óleo vegetal, são projetos importantes para que o índice de reciclagem aumente no estado.

“A reciclagem significa você gerar emprego para os catadores, significa reaproveitar o alumínio, o plástico, o papel. Acabar com o lixão já é bom, essa batalha a gente está vencendo, mas ainda falta vencer a batalha do Pacto da Reciclagem”, destacou Minc.

Fonte Agência Brasil



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