Mostrando postagens com marcador mercado de trabalho. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador mercado de trabalho. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Cursos superiores de tecnologia: Senai-SP aceita inscrições em 16 faculdades com modelo inédito de financiamento

Vai até 25 de novembro o período das inscrições para 14 cursos superiores de tecnologia do Senai de São Paulo. Os candidatos aprovados podem se beneficiar de um modelo inédito de financiamento estudantil, aberto a alunos com renda familiar per capita de até três salários mínimos.

Para usufruir do benefício, os estudantes apenas se comprometem, sem a assinatura de nenhum instrumento jurídico, a pagar, após seis meses de formados, o equivalente à mensalidade em vigor.
 
Os estudantes também poderão solicitar bolsas de estudo por índice econômico familiar, monitoria ou iniciação científica. A partir deste processo seletivo, a organização também estendeu os benefícios para trabalhadores de empresas contribuintes. As bolsas são acumulativas e permitem descontos de até 48%.

Clique aqui para sabe mais sobre os cursos e as faculdades e fazer sua inscrição


sábado, 26 de outubro de 2013

Cursos a distância: 15 mil vagas abertas em diversos programas, inclusive gratuitos

 

O Senai está com as matrículas abertas para 15 mil vagas em cursos técnicos e de qualificação profissional, além de programas gratuitos de curta duração.

São diversas opções, como segurança do trabalho; redes de computadores e em automação industrial para formação de técnicos; ou desenhista de produção gráfica web, montador e reparador de microcomputadores e eletricista de automóveis, para o nível de qualificação profissional.

Se o seu interesse for formação profissional, selecione os cursos técnicos ou os cursos de qualificação; se já tenha uma profissão, selecione os cursos de aperfeiçoamento ou os cursos de pós-graduação; e se você ainda está se preparando para o mercado de trabalho, selecione os cursos de iniciação profissional. Tem inscrições que se encerrarão em novembro, dezembro e janeiro. As aulas terão início em 2014.

O primeiro passo é clicar aqui para conhecer as opções e fazer sua inscrição
Os conteúdos são apresentados com vídeos, animações, simulações e textos elaborados exclusivamente para as situações de aprendizagem dos cursos. As aulas práticas e avaliações, que correspondem a pelo menos 20% da carga horária, são ministradas em centros de Educação do Senai.
 
Cursos gratuitos
Estes serve para quem quer incrementar o currículo. Eles tratam de temas que desenvolvem capacidades para a iniciação no mundo do trabalho ou, no caso de quem já está trabalhando, para a atualização das competências profissionais.

Há cursos de Educação Ambiental, Empreendedorismo, TI e Comunicação, Propriedade Intelectual, Legislação Trabalhista e Segurança no Trabalho que podem ser iniciados ainda em 2013.

Fonte Senai Nacional

terça-feira, 9 de julho de 2013

Emprego: apesar de menos vagas, economista da FGV avalia que mercado de trabalho continua aquecido

Apesar do baixo crescimento da economia nos últimos meses e da alta taxa de juros, o mercado de trabalho continua aquecido. A avaliação é do economista Fernando de Holanda Barbosa Filho, da Fundação Getulio Vargas (FGV), que divulgou nesta segunda (8/7/2013) indicador sobre emprego no país.

Ao comentar o recuo de 1,3% do Indicador Antecedente de Emprego em junho, depois de um leve aumento em maio, o economista explicou que o mercado de trabalho, puxado principalmente pelo setor de serviços, tem contratado menos, porque os postos já estão ocupados e o contingente de pessoas à procura de emprego tem sido menor. O índice busca antecipar a tendência do cenário  de trabalho nos próximos meses, com base em entrevistas com empresários da indústria e do setor de serviços, além de consumidores.

"O mercado de trabalho continua aquecido, apesar de a gente estar gerando menos vagas que antes, porque a gente gerou muito emprego, durante muito tempo, enquanto o desemprego era alto", disse. Segundo ele, manter um ritmo de contratação de 2,5 milhões de pessoas, como em 2010, é insustentável.

De acordo com o economista, o resultado do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, que registrou abertura de 72 mil vagas em maio - alta de 0,18% em relaçao ao mês anterior - confirma o crescimento mais lento do mercado de trabalho, porém estável.

Para ampliar as contratações, acredita que a economia precisa ser alavancada. "Com inflação em aceleração, com previsão de aumento de juro, acho difícil", ponderou. Ele explicou que desoneração da folha de pagamento refletirá, no momento atual, em ganhos salariais, mas não em novas vagas.

Sobre a taxa de desemprego para junho, calculada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o economista da FGV projeta uma pequena redução, para 5,7%. Nos meses anteriores, abril e maio, o indicador ficou em 5,8%.


Fonte Agência Brasil


sexta-feira, 5 de julho de 2013

Mercado de trabalho: Brasil precisa formar 850 mil profissionais até 2015 em áreas da indústria

Até o fim de 2015, o Brasil terá de formar 850 mil profissionais em 33 ocupações industriais. O dado faz parte de análise inédita realizada pelo Senai, que oferece programas de Educação profissional e tecnológica nas áreas demandadas.

A análise mostra também que, além do número de vagas, os salários oferecidos nessas áreas são compensadores: a remuneração média supera os R$ 2 mil. O estudo inédito é baseado no Mapa do Trabalho Industrial, elaborado para subsidiar o planejamento da oferta de cursos técnicos e de formação inicial pelo próprio Senai.

Destaques entre as ocupações industriais
Fresagem a Comando Numérico Computadorizado (CNC) (foto), Computer-aided design (CAD), Caldeiraria, Design Gráfico, Eletrônica Industrial, Estruturas Metálicas, Impressão Offset, Instalação Hidráulica e a Gás, Instalação Manutenção de Redes, Manufatura Integrada, Manutenção Aeronáutica, Marcenaria, Mecatrônica, Polimecânica, Robótica Móvel, Soldagem, Soluções de Software, STI, Tecnologia da Moda, Tornearia CNC e Web Design (Foto Everton Amaro)



Do O Globo: medicina é o curso mais vantajoso para futuros profissionais

Medicina é o curso superior que oferece mais vantagens profissionais, atualmente, segundo o estudo Radar: Perspectivas Profissionais - Níveis Técnico e Superior, divulgado nesta quarta (3/7/2013), pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

De acordo com o instituto, baseado em informações de 2009 a 2012 do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), uma avaliação que considera salário, jornada de trabalho, facilidade de se conseguir um emprego e cobertura previdenciária faz que a carreira médica tenha as condições consideradas as mais interessantes a um futuro profissional.

Atualmente, o curso é um dos mais cobiçados nos vestibulares, momento em que os jovens têm de decidir suas profissões.

“A carreira de medicina foi a vencedora disparada, com um índice 30% maior do que a segunda colocada, odontologia. Medicina já era a líder do ranking na década passada”, informou o estudo, coordenado pelo presidente do Ipea e atual ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República, Marcelo Neri.


Clique aqui para ler a reportagem completa.


quarta-feira, 3 de julho de 2013

Mercado de trabalho: profissionais de tecnologia da informação têm maior chance de emprego, avalia Ipea

A maior quantidade de postos de trabalho que demandam diploma de ensino superior abertos entre 2009 e 2012 foi para as atividades relacionadas à tecnologia da informação. Dos mais de 300 mil postos abertos no período, 49,5 mil estão nessa área, o que corresponde a 16% do total. Os dados são do estudo Radar: Perspectivas Profissionais – Níveis Técnico e Superior, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgado hoje (3/7/2013).



Entre as carreiras que passaram a oferecer mais vagas, nos últimos anos, estão enfermagem – 27,2 mil – e as de relações públicas, de publicidade e de mercado e negócios, com 20,8 mil postos de trabalho. Em relação aos ganhos salariais, o Ipea constatou que os peritos criminais foram os que tiveram os maiores ganhos acima da inflação no período analisado: os rendimentos aumentaram 523,7%.

De acordo com o instituto, isso é uma consequência das políticas de valorização da carreira pública, o que, segundo o Ipea, pode ou não estar relacionado à escassez de profissionais na respectiva área. Depois dos peritos, os profissionais ligados à administração de serviços de segurança foram os que tiveram mais ganhos salariais no período apurado, totalizando 174,4%. Praticamente com o mesmo percentual de ganho apurado estão os auditores fiscais da Previdência Social, outra carreira pública que teve aumentos decorrentes dessa política governamental.

O Ipea observou que para as atividades de nível superior, no setor privado, em que há mais demanda, como tecnologia da informação, enfermagem e relações públicas, os salários de admissão foram mais altos do que os de demissão. Isso, para o Ipea, demonstra a escassez de profissionais no mercado e dá uma resposta ao fenômeno da rotatividade no Brasil, quando há muitas demissões. Em compensação, também existem muitas contratações nesses períodos, segundo pode ser verificado, mensalmente, nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

"Para essas ocupações, pode-se prever uma continuidade, no futuro próximo, dos aumentos salariais recentes pois as empresas estão enfrentando dificuldades para substituir, nas mesmas condições salariais, os profissionais desligados", informa o estudo.

De acordo com os dados do Ipea, os delegados de polícia foram os profissionais com nível superior que tiveram as maiores perdas salariais: -64,4% entre 2009 e 2012; seguidos por engenheiros ambientais, com redução de mais da metade do ganho real (-52,6%) e por chefs de cozinha (-37,3%).

Em relação a cursos de nível técnico, os que mais abriram vagas no período analisado estão no setor da saúde, como técnicos e auxiliares de enfermagem, técnicos em próteses ou em imobilizações ortopédicas, técnicos em odontologia, técnicos em óptica e em optometria, e tecnólogos e técnicos em terapias complementares e estéticas. Nessa área, foram criados quase 100 mil postos, 25% das praticamente 400 mil vagas abertas em atividades de nível técnico. Em eletroeletrônica e fotônica – profissões relacionadas à geração e à transmissão de energia -, foram abertas quase 50 mil vagas. Em áreas de operações comerciais, pouco mais de 40 mil.

"Mapas feitos a partir desses números são bastante úteis para formuladores de política que se veem diante da decisão sobre onde está a maior demanda por formação profissional para cada tipo de qualificação, bem como para cidadãos interessados em saber onde pode haver maior quantidade de novas vagas surgindo em sua profissão", avaliam os técnicos responsáveis pelo estudo do Ipea.

Os maiores ganhos salariais entre as atividades que demandam certificado de curso técnico são os de operadores de câmera fotográfica, de cinema e de televisão (51,1%), seguidos pelos profissionais de inspeção, fiscalização e coordenação administrativa (41,6%) e de laboratórios (29,3%). Os técnicos em biologia, necropsia e taxidermia e apoio em pesquisa e desenvolvimento de produtos tiveram queda de ganho nos rendimentos de -26,1%, - 15% e -9,3%, respectivamente.

Fonte Agência Brasil


sexta-feira, 31 de maio de 2013

Mercado de trabalho: acordo reforça apoio do Sine no Nordeste a beneficiários do Brasil Sem Miséria

Os ministérios do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e do Trabalho e Emprego (MTE) fecharam acordo visando priorizar os inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal, especialmente os beneficiários do Bolsa Família, nas vagas de emprego oferecidas pelo Sistema Nacional de Emprego (Sine) na Região Nordeste. A inclusão dos beneficiários do programa no mercado de trabalho é um dos eixos do Plano Brasil Sem Miséria.

Por meio do Pronatec, o governo federal, os estados e municípios articulam a oferta de cursos de qualificação profissional, a demanda de vagas de emprego no mercado e o encaminhamento do público do Brasil Sem Miséria aos empregos disponíveis.

“O Nordeste tem, proporcionalmente, o maior número de pobres e quantidade de carteiras assinadas. Quando fechamos o acordo com o MTE, possibilitamos que os beneficiários atendidos pela assistência social sejam encaminhados ao mercado de trabalho por meio do Sine”, diz o diretor de Inclusão Produtiva Urbana do MDS, Luiz Müller.

Clique aqui para saber mais sobre o Pronatec Brasil sem Miséria

A articulação com o Sine nos estados do Nordeste está ocorrendo durante reuniões de pactuação de vagas do Pronatec Brasil Sem Miséria. Na semana passada, o MDS participou de reunião em Fortaleza para definir o número de vagas que serão oferecidas no Ceará. Dos 150 municípios cearenses que aderiram ao programa, 115 já fecharam mais de 49 mil de vagas nos cursos de qualificação profissional para este ano.

As reuniões envolvem as secretarias de Trabalho e as de Assistência Social do estado e dos municípios, além dos ofertantes dos cursos, como as entidades do Sistema S (Senai, Senac, Senar, Senat) e Institutos Federais de Educação. Os cursos são gratuitos, e os alunos recebem alimentação, transporte e material escolar.

De acordo com Müller, essas reuniões e articulações permitem que a população extremamente pobre seja atendida pelo programa de transferência de renda e depois inserida no mercado de trabalho. “Isso possibilita ao cidadão ser encaminhado a todos os direitos constitucionais, incluindo o direito ao trabalho.”

Já foram feitas reuniões de articulação na Paraíba e no Rio Grande do Norte. Em junho ocorrerão nos demais estados do Nordeste.


Fonte Portal Brasil sem Miséria



terça-feira, 7 de maio de 2013

Mercado de trabalho: cadeia do leite é a que mais evita o êxodo rural, mas precisa de qualificação


A cadeia produtiva do leite tem características peculiares, que fazem com que seja importante sua manutenção e crescimento no Rio Grande do Sul. A necessidade de grande número de profissionais e familiar faz com que sua produção esteja presente em mais de 120 mil estabelecimentos familiares no estado. Sua produção também exige proximidade e aumenta a integração da cadeia, concentrando todos os elos da produção na mesma região.

Produção de leite e derivados exige trabalho 365 dias por ano (Foto Expointer 2012 Divulgação)

“A cadeia produtiva do leite é muito exigente em mão de obra, 365 dias por ano. Não é adequada para o meio patronal. É mais adequada à agricultura familiar. E a agricultura familiar é muito importante onde tem estrutura fundiária mais democrática”, explica o economista da Fundação de Economia e Estatística (FEE), Carlos Paiva.

Produção de leite e derivados exige trabalho 365 dias por ano (Foto Expointer 2012 Divulgação)

A participação da cadeia produtiva do leite no Produto Interno Bruto do estado está em cerca de 3%, “bastante expressiva”, segundo Paiva. De acordo com o IBGE, o Rio Grande do Sul é o segundo estado em produção de leite no país. Em 2011, foram produzidos 4 bilhões de litros – 12,5% da produção nacional – que geraram R$ 6 bilhões.

Em 2012, de acordo com João Milton Cunha, coordenador da câmara setorial do leite da Secretaria Estadual de Agricultura, a cadeia do leite respondeu por 2,13% do PIB gaúcho. Ele também destaca que está comprovada ser a atividade que mais fixa o homem no campo. Além disto, está presente em 90% dos municípios do Rio Grande do Sul.

Cadeia leiteira precisa de qualificação
Apesar dos números positivos, Paiva acredita que é preciso mais estímulos. Do contrário, há a opção cada vez maior pela produção da soja, em detrimento do leite, além de se manter uma produção de baixa qualidade. “A soja está explodindo em demanda, o preço é muito elevado, mas ela vai à granel para a China. Os chineses não querem comprar a soja já beneficiada, eles fazem óleo de soja e tofu melhor que nós. Ao menos parte da cadeia leiteira precisa ser beneficiada no local. Ela fomenta a indústria local, a soja não. Tem que ter ação do Estado para a cadeia leiteira”, afirma.

Segundo Paiva, é preciso qualificar a questão da sanidade e de formação profissional. Também é preciso melhorar a qualidade dos produtos derivados do leite. “A gente não produz queijos finos”, exemplifica. Ele afirma que não há uma política para a qualificação da indústria de lácteos, apenas isenções fiscais, e afirma que atividades que são a vocação natural do estado precisam ser priorizadas. “Atividades como as do Polo Naval são importantes, mas é incerto por quanto tempo serão competitivas. O leite é uma vocação natural do estado”, compara.

Clique aqui para ler na íntegra a reportagem publicada no Sul 21.


Professor e o mercado de trabalho: pesquisa da USP mostra desinteresse de alunos em seguir o magistério

Foto Divulgação

Pesquisa feita na Universidade de São Paulo (USP) mostra que metade dos alunos de licenciatura nas áreas de matemática e física não pretende ou tem dúvidas quanto a seguir a carreira de professor de Educação básica. Dos que cursam licenciatura em física, 52% não pretendem ser professores ou tem dúvidas. Em matemática, o percentual é 48%. A pesquisa ouviu 512 estudantes recém-ingressantes da USP, incluindo também alunos de pedagogia e medicina.

A pesquisa Atratividade do Magistério para a Educação Básica: Estudo com Ingressantes de Cursos Superiores da USP, da pedagoga e mestre em Educação pela Faculdade de Educação da USP Luciana França Leme, selecionou as duas disciplinas de licenciatura em função da escassez de professores nas áreas de exatas. A estimativa do Ministério da Educação (MEC) é que o déficit de professores nas áreas de matemática, física e química seja de cerca de 170 mil.

A baixa remuneração do magistério, as más condições de infraestrutura das escolas e o desprestígio social da profissão estão entre os motivos apontados pelos estudantes para a falta de interesse em seguir a carreira. Segundo a pedagoga, a dificuldade de implementar em sala de aula o ensino da matemática e da física e a concorrência com profissões como as do mercado financeiro também afastam das salas de aula quem se forma nessas áreas.

“Pesquisados disseram que escolheram o curso porque gostam de matemática e física. Mas gostar é uma coisa, outra é o ensino dessas matérias que engloba habilidade como o pensar a matemática, as ciências, e saber ensinar a matemática e verificar como o aluno está aprendendo”, destacou. “Outro fator é o mercado de trabalho. Um aluno formado na USP, nessas disciplinas, pode trabalhar com pesquisa, pós-graduação, no mercado financeiro. A profissão de docente acaba concorrendo com outras opções”, disse Luciana. A questão de gênero também é apontada pela pesquisadora. “Física e matemática tem muitos alunos homens e as mulheres seguem mais a carreira de professor.”

Na avaliação da pesquisadora, reverter esse quadro de desinteresse pelo magistério requer um plano de atratividade com metas claras e de longo prazo. “É importante uma articulação de vários fatores, igualar os salários com os de profissionais com a mesma formação, reconhecimento e fortalecimento profissional, e despertar o interesse pela profissão ao longo da vida estudantil”, disse.

A carência de professores nas áreas de exatas como matemática, física, química e biologia é uma preocupação do MEC que elabora um programa para, desde o ensino médio, atrair os estudantes a seguirem o magistério nessas áreas. O programa terá oferta de bolsas de auxílio e parceria com universidades, como adiantou o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, ao participar de audiência pública na Câmara dos Deputados, em abril.



sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Mercado de trabalho: salários da indústria criativa são quase três vezes maiores do que a média nacional

Os profissionais da Indústria Criativa do Brasil, que atuam em áreas que têm a criatividade como parte principal do processo produtivo, como artes, música, publicidade, design, moda, engenharia e computação, apresentam remuneração média quase três vezes maior do que a média nacional.

Sir Charles Spencer "CharlieChaplin
(Foto Internet)
Enquanto o rendimento mensal médio do trabalhador brasileiro é de R$ 1.733, o dos profissionais criativos chega a R$ 4.693. Os dados estão na terceira edição do estudo Mapeamento da Indústria Criativa no Brasil, produzido pelo Sistema Firjan.

Lançado com pioneirismo em 2008, o estudo traz um levantamento completo, com dados de 2011, sobre os 14 segmentos que integram a Indústria Criativa nos 26 estados e no Distrito Federal, revelando as 10 maiores profissões criativas em âmbito nacional, as 10 melhores remunerações, salário médio dos trabalhadores criativos por estado, quantidade de empregados por segmento, além da participação do PIB Criativo no país, com um comparativo internacional.

O mercado formal de trabalho do núcleo criativo é composto por 810 mil profissionais (1,7% do total de trabalhadores brasileiros). Há 243 mil empresas no núcleo da Indústria Criativa do Brasil, com um PIB equivalente a R$ 110 bilhões, 2,7% do total produzido no país. Isso revela que o Brasil está entre os maiores produtores de criatividade do mundo, na frente de países como Itália (PIB Criativo de R$ 102 bilhões) e Espanha (R$ 70 bilhões).

As 10 maiores profissões criativas do país
Arquitetos e engenheiros estão no topo da lista como os profissionais mais numerosos da Indústria Criativa, com 229.877 empregados formais. Em seguida, com 50.440 trabalhadores, aparece o programador de sistemas de informação.

Entre as dez profissões criativas mais numerosas do Brasil, quatro integram o segmento de publicidade: analista de negócios (3°, com 45.324 funcionários); Analista de pesquisa e mercado (4°, com 25.141); gerente de marketing (5º, 20.382) e agente publicitário (8°, com 14.032).

Completam o Top 10 os profissionais de designer gráfico (6°, com 17.806 funcionários); biólogo (7°, 15.182); gerente de pesquisa e desenvolvimento (9º, 13.414) e designer de calçados sob medida (10°, 13.068), que atuam no segmento Moda.

Os dez maiores salários
Compostas por profissionais com elevado grau de formação, as atividades criativas, em sua maioria, contribuem para a geração de produtos de alto valor agregado, o que justifica os salários acima da média nacional. Geólogos e Geofísicos têm a maior remuneração entre as profissões criativas do país, com remuneração média de R$ 11.385, quase sete vezes superior ao patamar nacional (R$ 1.733).

Na segunda e na terceira colocações estão, respectivamente, Diretor de programas de televisão (R$ 10.753) e Ator (R$ 10.348). Depois, surgem, entre o quarto e o décimo lugares, em ordem de colocação: biotecnologista (R$ 8.701); diretor de redação (R$ 7.774); editor de revista (R$ 7.594); arquitetos e engenheiros (7.524); engenheiros eletroeletrônicos e computação (R$ 7.431); autor roteirista (R$ 7.347) e pesquisadores em geral (R$ 7.102).

Dos 14 segmentos criativos analisados pelo estudo, a média salarial é acima da média nacional em 11 casos. Apenas as áreas de filme & vídeo (R$ 1.661); moda (R$ 1.193) e expressões culturais (R$ 939) apresentam remunerações menores.

Pesquisa & desenvolvimento está no topo da lista como o segmento de maior salário médio, R$ 8.885, seguido por arquitetura & engenharia (R$ 7.518); Software, computação & telecom (R$ 4.536); publicidade (R$ 4.462); biotecnologia (R$ 4.258); mercado editorial (R$ 3.324); artes cênicas (R$ 2.767); design (R$ 2.363); artes (R$ 2.195); televisão & rádio (R$ 2.015) e música (R$ 1.944).

Os segmentos de pesquisa & desenvolvimento e biotecnologia integram pela primeira vez o estudo, como uma forma de alinhar a pesquisa brasileira aos estudos internacionais sobre o tema.

Rio de Janeiro: melhor remuneração para o profissional criativo
O salário médio dos trabalhadores criativos no Rio de Janeiro é de R$ 7.275, mais de quatro vezes superior à média nacional, o que consolida o estado como o que tem a melhor remuneração da Indústria Criativa do país.

Em 8 dos 14 segmentos analisados, os profissionais fluminenses ganham mais: pesquisa & desenvolvimento (R$ 12.036); arquitetura & engenharia (R$ 10.809); artes cênicas (R$ 7.015); software, computação e telecom (R$ 5.820), televisão & rádio (R$ 4.709), filme & vídeo (R$ 3.671), design (R$ 3.023) e artes (R$ 2.954).

Entre as dez profissões mais bem remuneradas do Rio, destacam-se o diretor de programas de televisão (R$ 24.495), autores roteiristas (R$ 16.019) e atores (R$ 15.923), além de geólogos e geofísicos (R$ 14.471). Outras duas profissões de destaque estão ligadas ao Mercado Editorial: diretor de redação (R$ 11.497) e editor de revista (R$ 10.003), refletindo a valorização dos profissionais de mídia no estado.

Na segunda posição entre as unidades federativas brasileiras com melhor remuneração entre as profissões criativas está o Distrito Federal, onde o salário médio de mercado editorial é o mais elevado do país: R$ 5.832. Em arquitetura & engenharia, vocação tradicional do estado, a remuneração média é de R$ 9.084, só perdendo para o estado do Rio.

Em terceiro lugar entre os estados com maior salário criativo, São Paulo se destaca em publicidade, cuja remuneração média é a maior do país: R$ 5.266 contra R$ 4.462 da média brasileira. As áreas de pesquisa & desenvolvimento (R$ 8.912) e arquitetura & engenharia (R$ 7.313) também têm salário muito valorizado no estado, ocupando o primeiro e o segundo lugares, respectivamente, como os segmentos com melhores salários.

A profissão criativa mais bem remunerada em São Paulo é diretor de redação, com salário médio de R$ 14.508. Também chamam atenção os salários de diretor teatral (R$ 8.998) e Diretor de programas de televisão (R$ 8.383).

No Amazonas, região de maior biodiversidade do planeta, a área de biotecnologia é a mais bem paga do país, com salário de R$ 9.009, mais que o dobro da média nacional para o segmento (R$ 4.258). No estado, a área de música também tem o maior salário do Brasil R$: 4.241 frente a R$ 1.944 da média nacional, com destaque para músicos intérpretes.


quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Mercado de trabalho: como crescer na profissão em um cenário competitivo

O mundo do trabalho tem apresentado nas últimas décadas um panorama mutante, exigente, competitivo e global. “O mercado passou por mudanças revolucionárias nas últimas décadas e o novo cenário é consequência da tecnologia eletrônica e dos avanços na comunicação em tempo real.” Esse foi um dos alertadas que o professor e consultor em desenvolvimento de pessoas e organizações, Ronaldo Negromonte, destacou no programa Café Empresarial, do Ciemg, nesta terça (6/11/2012), em Belo Horizonte. Autor do livro Estratégias de sobrevivência no mundo do trabalho – 10 dicas para você vender seu peixe, Negromonte apresentou aos participantes do encontro estratégias inteligentes de crescimento profissional em um cenário competitivo.

O escritor apontou a necessidade de mudanças comportamentais. “Muitos jovens chegam ao mercado muito ansiosos, ao mesmo tempo em que vejo profissionais de outra geração que ainda sentem dificuldades com as novas tecnologias. É importante alinhar as competências técnicas às humanas, sendo as segundas muitas vezes mais valorizadas.”

Entre as dicas de Negromonte, está a necessidade de cada profissional encontrar seu espaço. “Acredito que existe um lugar ideal, um espaço com o nosso nome gravado esperando por nós no mercado de trabalho”. Com isso, ele aconselha a se permitir sonhar também no mundo do trabalho, e a sair de situações e postos que geram insatisfações constantes. Saber que existe espaço no mercado pode motivar e fazer com que as energias sejam direcionadas para uma meta.

A criatividade também é incentivada pelo especialista. Onde há a cultura do medo não existe espaço para novas iniciativas. “As boas ideias costumam encontrar quem as está procurando. Posturas muito rígidas afastam as ideias, assim como preconceitos e tradições inúteis”, argumenta.

Para Negromonte, a palavra do momento é mudança. Especialmente no mercado competitivo, os profissionais precisam ter a capacidade de pensar e resolver problemas, para ajudar empresas e organizações a inovarem. Por último, ele lembrou: “São muitas horas dedicadas ao trabalho. É possível manter a alegria e a satisfação. O trabalho não pode ser um fardo.”


terça-feira, 16 de outubro de 2012

Mercado de trabalho: falta de qualificação entre jovens é causa de desemprego, mostra Unesco


não investir nas habilidades de jovens
tem efeitos de longo prazo visíveis em
todos os países (Foto José Paulo Lacerda)
Duzentos milhões de jovens, com idade entre 15 e 24 anos, de países em desenvolvimento não 
completaram o ensino primário, equivalente ao ensino fundamental no Brasil, e precisam de caminhos alternativos para adquirir habilidades básicas para o emprego.

O número representa 20% da população desses países nessa faixa etária. Essa realidade foi apontada pelo 10º Relatório de Monitoramento Global de Educação para Todos, publicado nesta terça (16/10/2012) pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

O relatório mostra que a população jovem do mundo é a maior que já existiu e que um em cada oito jovens está desempregado. Além disso, mais de 25% estão em trabalhos que os deixam na linha da pobreza ou abaixo dela, equivalente a um rendimento inferior a US$ 1,25 por dia.

O documento ressalta que “a profunda falta de qualificação da juventude é mais nociva do que nunca”, neste momento de crise econômica que continua afetando sociedades de todo o mundo. 

A publicação avalia que houve progresso significativo em algumas regiões, mas poucas estão no caminho para atingir as seis metas previstas no Acordo de Dacar (Senegal), assinado por 164 países durante a Conferência Mundial de Educação de 2000. Pelo acordo, até 2015 devem ser cumpridas as seguintes metas:
  • expandir cuidados na primeira infância e Educação;
  • universalizar o ensino primário;
  • promover as competências de aprendizagem e de vida para jovens e adultos;
  • reduzir o analfabetismo em 50%; alcançar a paridade e igualdade de gênero;
  • melhorar a qualidade da Educação.

Em todo o mundo, 250 milhões de crianças em idade escolar primária não sabem ler ou escrever, frequentando ou não a escola. Entre os adolescentes, 71 milhões estão fora da escola secundária, perdendo, segundo a pesquisa, a oportunidade de adquirir habilidades vitais para um emprego digno no futuro. 

As populações jovens pobres são as que mais precisam de capacitação, principalmente das áreas rurais. “Muitos jovens fazendeiros, com problemas de escassez de terras e efeitos da mudança climática, não têm sequer as habilidades básicas necessárias para se proteger e se sustentar”, conclui o estudo. No Brasil, aqueles que moram na zona rural têm o dobro de chance de ser pobres e 45% não completaram o ensino fundamental.

Segundo a diretora-geral da Unesco, Irina Bokova, o mundo está testemunhando uma geração jovem frustrada pela disparidade crônica entre habilidade e emprego. “A melhor resposta à crise econômica e ao desemprego de jovens é assegurar a capacitação básica e relevante de que precisam para entrar no universo do trabalho com confiança”, disse. Para ela, esses jovens precisam ter caminhos alternativos para a Educação, para conseguir as habilidades necessárias à sobrevivência, a viver com dignidade e contribuir com suas comunidades.

O relatório mostra ainda que não investir nas habilidades de jovens tem efeitos de longo prazo visíveis em todos os países. Mesmo nas nações desenvolvidas, a estimativa é que 160 milhões de adultos, ou 20% deles, não tenham requisitos mínimos para se candidatar a um emprego, como ler um jornal, escrever ou fazer cálculos. Por isso, a Unesco defende que investir no desenvolvimento das habilidades de jovens é uma estratégia inteligente para países que querem impulsionar seu desenvolvimento econômico.

A partir dos dados, a entidade alerta que apesar de a área econômica ser a primeira a se beneficiar com profissionais mais qualificados, o setor privado contribui muito pouco na Educação dos jovens, com apenas 5% dos fundos oficiais. Além disso, recomenda que governos e países doadores de fundos globais para a Educação se empenhem para garantir o investimento necessário.



segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Mercado de trabalho: como escolher uma profissão

O especialista em desenvolvimento profissional, autor do best-seller A estratégia do olho de tigre e diretor geral da Trabalhando.com Brasil, Renato Grinberg, participou do programa Hoje em Dia, da TV Record, dando dicas para escolher a profissão ideal.





sexta-feira, 21 de setembro de 2012


Mercado de trabalho: indústria precisará de 7,2 milhões de técnicos até 2015, indica estudo do Senai

O Brasil terá de formar 7,2 milhões de trabalhadores em nível técnico e em áreas de média qualificação para atuarem em profissões industriais até 2015. Essa necessidade produzirá oportunidades em 177 ocupações, que vão desde trabalhadores da indústria de alimentos (cozinheiros industriais) e padeiros até supervisores de produção de indústrias químicas e petroquímicas.

Mapa do Trabalho Industrial 2012 mostra que demanda por profissionais mais capacitados aumentou.
Do total da necessidade, 1,1 milhão será por trabalhadores para novas vagas (Fotos José Paulo Lacerda)

No Paraná, por exemplo, a demanda até 2015 é por 477,5 mil profissionais capacitados, o que corresponde a 6,7% de todo o país. As ocupações com maior demanda no estado para profissionais de nível técnico (cursos com até dois anos de duração), são para controle da produção; em eletrônica; em eletricidade e eletrotécnica; mecânicos na fabricação e montagem de máquinas, sistemas e instrumentos; em operação e monitoração de computadores.

Os dados fazem parte do Mapa do Trabalho Industrial 2012, elaborado pelo e apresentado nesta quinta-feira (20/9/2012), em São Paulo, durante o lançamento da 7ª Olimpíada do Conhecimento. A competição é disputada por cerca de 600 alunos dos centros de Educação profissional e tecnológica do Senai de todo o país como forma de avaliar a qualidade de cursos de qualificação em mais de 50 ocupações.

O Mapa do Trabalho Industrial foi elaborado para subsidiar o planejamento da oferta de formação profissional do Senai. A pesquisa inédita também pode apoiar os jovens na escolha da profissão e, com isso, aumentar suas chances de ingresso no mercado de trabalho.

No Brasil, do total da demanda, 1,1 milhão será por trabalhadores para ingressarem em novas oportunidades no mercado. O restante já está trabalhando e precisa manter-se qualificado para acompanhar os avanços tecnológicos da indústria.

“Apenas 6,6% dos brasileiros entre 15 e 19 anos estão em cursos de Educação profissional. Na Alemanha, esse índice é de 53%. Nossos jovens precisam ver a formação profissional como uma excelente oportunidade para o mercado de trabalho”, afirma o diretor-geral do Senai Nacional, Rafael Lucchesi.

Entre as ocupações que necessitam de cursos profissionalizantes com mais de 200 horas, a maior demanda está no setor de alimentos, que precisará de 174,6 mil trabalhadores (cozinheiros industriais) entre 2012 e 2015 em todo o Brasil. No mesmo período, o país precisará de 88,6 mil operadores de máquinas para costura de peças do vestuário e 81,7 mil preparadores e operadores de máquinas pesadas para a construção civil.

Já entre as ocupações técnicas de nível técnico, o técnico de controle da produção lidera o ranking com demanda de 88.766 profissionais. Atrás, vem a de técnicos em eletrônica com 39.919 e a de técnicos de eletricidade e eletrotécnica, com 27.972.

A análise da demanda mostra ainda que os profissionais das ocupações operacionais precisam ser polivalentes, com capacidade para desempenhar várias funções. Vem aumentando também a importância de características como visão sistêmica do fluxo produtivo e capacidade de gerenciamento.

Apesar de não figurarem no topo da lista da demanda, algumas profissões têm ganhado espaço no mercado de trabalho industrial. Entre elas estão agentes de meio ambiente, pela utilização de tecnologias mais limpas e preocupação com a conservação dos recursos naturais, e os trabalhadores do campo da logística, desde os operadores até os técnicos.

A maior necessidade por profissionais capacitados nesses dois grupos se concentra nas regiões Sul (1,50 milhão de profissionais ou 20,9% do total) e Sudeste (4,13 milhão, 57,6% do total) especialmente nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Paraná.

A pesquisa também identifica as principais demandas por profissionais qualificados em todos os estados. No grupo de ocupações que requerem mais de 200 horas de qualificação, a de cozinheiro industrial lidera em 25 unidades da federação. Já entre as profissões de nível técnico, a necessidade maior será por técnicos de controle da produção, técnicos em eletrônica e técnicos em eletricidade e eletrotécnica.

A demanda por profissionais de nível técnico para os próximos trêsanos é 24% maior que a registrada
para o período 2008-2011, quando a necessidade de profissionais ficou em 5,8 milhões

Para Lucchesi, conhecer essa necessidade por estado, por setor, por tipo de ocupação é crucial para o planejamento da formação profissional. “Um país que ainda investe pouco em educação, como o Brasil, deve lançar um olhar à frente para dimensionar e direcionar a aplicação dos recursos sejam públicos ou privados”, avalia.

A boa notícia é que o Brasil tem capacidade para preparar os trabalhadores e, assim, transformar essa demanda em oportunidade de emprego para pessoas devidamente qualificadas. O Senai oferece, a cada ano, 2,5 milhões de vagas. A maioria delas é para cursos de aprendizagem, aperfeiçoamento profissional, qualificação profissional e cursos técnicos de nível médio.

Do ponto de vista dos trabalhadores, a qualificação profissional possibilita melhores chances de colocação no mercado e salários. Pesquisa realizada pelo Senai em 2011 mostrou que 80% dos formados nos cursos técnicos da organização em 2010 estavam trabalhando em 2011 e recebiam, em média, 2,47 salários mínimos, o equivalente, na época, a R$ 1.346,15 ao mês.

Os técnicos também foram muito bem avaliados por seus supervisores nas empresas. Em uma escala de zero a dez, receberam 8,4 no quesito competências básicas e 8,3 em competências específicas e de gestão.

Metodologia do Mapa do Trabalho Industrial
O Senai, a partir de cenários que estimam o comportamento/crescimento da economia brasileira e dos seus setores, projeta o impacto sobre o mercado de trabalho e estima a demanda por formação profissional industrial (novos empregos e formação continuada).

O método utilizado é o Insumo-Produto de Liontief, que considera o fluxo de bens e serviços entre os vários setores da economia e seu efeito multiplicador sobre o volume de emprego. A metodologia foi desenvolvida com a colaboração das melhores universidades do país, como a Universidade São Paulo (USP), a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

As projeções e estimativas são desagregadas no campo geográfico, setorial e ocupacional, e servem como parâmetro para o planejamento da oferta de cursos do Senai.

Olimpíada do Conhecimento
Os cursos de aprendizagem e técnicos do Senai são avaliados, a cada dois anos pares, na maior competição de Educação profissional e tecnológica das Américas. A sétima edição das disputas ocorrerá de 12 e 18 de novembro, em São Paulo, com a participação de 638 estudantes de até 21 anos.

Eles disputarão o título de melhores do país em 54 ocupações e a oportunidade de conquistar vagas para o torneio mundial do próximo ano, o WorldSkills, competição internacional que reunirá, em julho de 2013, em Leipzig, na Alemanha, jovens de mais de 50 países. O Brasil obteve na edição de 2011, em Londres, o segundo lugar entre 51 países, atrás apenas da Coréia do Sul.

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Visualizações