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sábado, 16 de novembro de 2013

Inovação e saúde: pesquisa de Nicolelis faz com que macacos movimentem braços virtuais com força do cérebro

Foto neuroanthropology 3/2011
Dois macacos aprenderam a controlar movimentos de ambos os braços de um corpo virtual usando apenas a atividade elétrica do cérebro. A descoberta está publicada na revista Science Translational Medicine e faz parte de estudo conduzido pelo laboratório do pesquisador brasileiro Miguel Nicolelis.

Para permitir que os macacos controlassem dois braços virtuais, os neurocientistas registraram simultaneamente a atividade elétrica de quase 500 neurônios, distribuídos por diversas áreas do cérebro de cada um dos animais. Essa amostragem representa o maior número de neurônios registrados e descritos na literatura até o momento, segundo o laboratório.

De acordo com a equipe do pesquisador, a descoberta representa “um avanço considerável nos esforços de se desenvolver neuropróteses que possam restabelecer movimentos bimanuais em pacientes portadores de graus devastadores de paralisia”. Os movimentos bimanuais são imprescindíveis em ações do cotidiano, como digitar em um teclado ou abrir uma lata.

O estudo, conhecido como interfaces cérebro-máquina, foi iniciado pelo Centro de Neuroengenharia da Universidade Duke, nos Estados Unidos, no início dos anos 2000. No entanto, até agora todas as aplicações de interfaces cérebro-máquina envolviam o controle de apenas um braço artificial.

De acordo com o autor do estudo, Miguel Nicolelis, futuras aplicações das interfaces cérebro-máquina criadas para restaurar a mobilidade de pacientes paralisados terão que incorporar o controle de múltiplos membros – superiores e inferiores – para realmente beneficiar a população.

No estudo, a equipe investiga como registros da atividade elétrica de neurônios podem servir como fonte de sinais para o controle de movimentos em um corpo virtual. Os macacos foram treinados em um ambiente de realidade virtual no qual eles podiam visualizar, em uma tela de computador colocada à sua frente, braços e mãos virtuais, de um “avatar” de macaco. Durante o treinamento, os animais foram encorajados a colocar as mãos virtuais dentro de alvos específicos que apareciam na tela para a execução de uma tarefa bimanual.

Na primeira etapa da pesquisa, os macacos utilizaram dois joysticks para controlar os movimentos dos braços e das mãos virtuais. Em seguida, os animais aprenderam a usar apenas a atividade elétrica dos cérebros para moverem os membros virtuais sem que para isso precisassem mover os seus próprios braços. À medida que os animais melhoravam o controle mental dos movimentos dos braços virtuais, os cientistas observaram um alto grau de plasticidade cerebral em múltiplas áreas do cérebro desses animais.

Os resultados sugerem que os cérebros dos animais incorporaram os braços virtuais do "avatar" como uma extensão do corpo.

Os resultados do estudo têm sido incorporados no projeto Andar de Novo, uma colaboração internacional que vai construir o primeiro exoesqueleto robótico de corpo inteiro controlado por uma interface cérebro-máquina. A promessa dos pesquisadores é fazer com que um cidadão brasileiro paraplégico levante-se de uma cadeira de rodas para dar 25 passos e inaugurar com um pontapé a Copa do Mundo de Futebol, no dia 12 de junho de 2014. O cientista já apresentou a simulação do chute inicial em uma rede social.

O projeto Andar de Novo é apoiado pela Agência Brasileira de Inovação, antiga Finep, com cerca de R$ 33 milhões em recursos não reembolsáveis, que estão sendo liberados em etapas. A última parcela está prevista para o começo de 2014.

As pesquisas são feitas no Instituto Internacional de Neurociência de Natal Edmond e Lily Safra, localizado em Macaíba, na periferia de Natal, e na Universidade de Duke, onde Nicolelis é pesquisador.


Fonte Agência Brasil


sábado, 26 de outubro de 2013

Inovação: Rede Nacional Pesquisa terá tecnologia baseada na computação em nuvem

Tecnologia de computação em nuvem (conhecida também pelo termo em inglês cloud computing) da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) vai permitir que a Biblioteca Nacional e a Cinemateca ofereçam acervos digitalizados para consulta ao público a partir de fevereiro de 2014. O centro de dados compartilhados (CDC) que permitirá o armazenamento dessas informações será lançado em fase experimental. O conteúdo oferecido ainda será definido pelas instituições.

Na primeira etapa de construção, o CDC atenderá de forma mais restrita à comunidade acadêmica do país. A infraestrutura no início terá capacidade limitada, para que os usuários experimentem a plataforma. Entre os objetivos estão abrigar grandes volumes de informações e colaborar para a manutenção e a preservação de dados.
 
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De acordo com o diretor de serviços e soluções da RNP, José Luiz Ribeiro, a tecnologia permite a redução de custos de instalação, infraestrutura, equipamentos e recursos humanos, porque toda estrutura se concentra em um ou vários centros de informações (data centers), em geral à distância.
 
“A nuvem é um grande repositório onde são colocadas informações de todo tipo, como áudio, vídeo, dados e textuais. É um espaço onde se permite o processamento de informações. As informações que estão no computador são transferidas para a nuvem, onde uma empresa ou instituição é que vai armazenar os dados ou mesmo fornecer esse serviço de processamento de dados”, explicou Ribeiro à Agência Brasil.
 
Ribeiro destaca que a tecnologia de computação em nuvem necessita de conexão com internet, já que a infraestrutura, em geral, está localizada à distância. “Ela depende essencialmente da internet porque as informações estarão em outro lugar fisicamente, que pode estar na sua própria cidade como em um outro país, e a conexão com esse data center é feita por meio da internet”.
 
Apesar das facilidades oferecidas pela tecnologia, pode haver fragilidades na segurança das informações. Sobre a computação em nuvem no cotidiano no cidadão, Ribeiro ressalta que o usuário deve ter atenção ao contratar a plataforma de computação em nuvem. Informações sigilosas devem ser criptografadas para serem preservadas.
 
“O indivíduo precisa estar atento com a questão da privacidade das informações. Em uma nuvem pública, como é o caso da [oferecida pela] Google, Amazon e Microsoft, o usuário confia as suas informações a um terceiro, e não necessariamente essas informações estão seguras. Em alguns casos, pode estar previsto no contrato a divulgação das informações para o governo ou para um conjunto de empresas que vão querer, por exemplo, saber o seu perfil de consumo”, destaca.
 
O Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) também já trabalha com a tecnologia de computação em nuvem. Em iniciativa inédita, a empresa lançou no início deste mês a primeira nuvem do governo federal. O ambiente abriga sistemas para o Programa Cidades Digitais. A tecnologia oferece soluções de educação, atendimento médico hospitalar, gestão e comunicações para cerca de 80 municípios brasileiros.
 
De acordo com o superintendente de Produtos e Serviços do Serpro, José Gomes Júnior, a tecnologia permitirá que prefeituras brasileiras tenham estrutura para montar seus sites.
 
“Para cada prefeitura ter seu site e todos os sistemas, em um primeiro momento elas precisariam ter uma infraestrutura de processamento local, um minicentro de processamento de dados, servidores e licenciamento dos softwares. O que o Serpro está fazendo é levar toda essa tecnologia às prefeituras, elas não precisam mais se preocupar em ter essa infraestrutura do outro lado”, disse o superintendente à Agência Brasil.
 
O gerenciamento da tecnologia ficará sob a responsabilidade do Serpro em um centro de dados da própria instituição. O espaço para armazenamento e processamento de dados será dado de acordo com a necessidade do usuário. Gomes Júnior explica que a ferramenta de computação em nuvem do Serpro está disponível apenas para entes governamentais.
 
Fonte Agência Brasil

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Pesquisa e inovação: tecnologia permite que pintura de carros se autorregenere quando riscada

A tecnologia que permite a pintura de carro se autorregenerar quando riscada
é uma das aplicações pesquisadas pelo Instituto Senai de Inovação (ISI), lançado neste mês (17/9/2013), em Curitiba. A inovação, inédita no país, usa aplicações de nanocápsulas contendo tinta e um catalisador, liberados apenas quando a pintura é riscada. A recuperação pode alcançar até 85% dos danos.

(Foto Divulgação)
Chamada de “autocicatrizante”, a tecnologia da tinta autorregenerativa em estudo pelo instituto é aplicada no mercado automobilístico externo. O produto poderá ser aplicado em superfícies de carros, eletrodomésticos, como geladeiras e fogões, cosméticos – em esmaltes para unhas – e até em móveis.

No entanto, ainda não há prazo para a inovação chegar ao consumidor. “A tecnologia libera uma tinta internamente e, após alguns segundos ao ser riscado, o carro estará novamente como antes, sem o risco. É uma aplicação bem prática”, explicou o pesquisador-chefe do ISI-Paraná, Marcos Berton.

Além da tinta, outras soluções ainda inéditas no país serão pesquisadas pelo instituto. Em outra linha está a análise de líquidos – como água ou leite – por sensores eletroquímicos. O instrumento estará à disposição da indústria como ferramenta de controle.

O centro de pesquisa atuará nas áreas de eletroquímica, meio ambiente, materiais e nanotecnologia. Poderão ser pesquisadas soluções para indústrias nas áreas automotiva, óleo e gás, mineradora, metalmecânica, construção civil, sistemas e geração e armazenamento de energia. Além do desenvolvimento de sistemas o meio ambiente e saúde humana e animal.

Ao todo serão criados 24 institutos Senai de inovação em 14 estados até o final de 2015. As unidades atenderão a demandas específicas de empresas e indústrias. De acordo com o diretor-geral do Senai, Rafael Lucchesi, a rede de laboratórios permitirá que o conhecimento de testes e serviços de alto valor agregado fiquem no Brasil.

“Inovação é o principal fator de produtividade. O Brasil se destaca entre os países emergentes, mas ainda está em uma posição intermediária. A balança comercial tecnológica é deficitária em R$ 30 bilhões, o mesmo que o país gasta por ano com seguro-desemprego. Se importa muito e o que se exporta ainda é de baixa tecnologia. Neste aspecto, o conhecimento gerado fica no país de origem. É importante que cérebros brasileiros desenvolvam competências para empresas brasileiras”, assegura Lucchesi.

O diretor-geral destacou ainda que o perfil dos pesquisadores dos institutos é diferente do encontrado na academia. “O tempo de resposta que a empresa precisa é diferente, o prazo tem que ser mais ágil e rápido”.

Indústrias, coletivos empresariais e empreendedores poderão solicitar pesquisas para o instituto, que vai analisar a viabilidade e terá até 20 meses para dar respostas e soluções. As redes podem se interligar para desenvolver tecnologias mais avançadas ou integradas.

A rede de laboratórios terá R$ 2 bilhões de investimentos, dos quais R$ 1,5 bilhão financiado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Das 24 unidades previstas, seis têm previsão para funcionar até o primeiro semestre de 2014.

Duas estarão na Bahia, voltadas para áreas de conformação e soldagem, e mecatrônica; duas em Minas Gerais, nas áreas de engenharia de superfície e metalurgia; uma em Santa Catarina, de mecânica fina, e outra no Rio Grande do Sul, de tecnologia de polímeros.

A criação dos institutos tem parceria do Instituto Fraunhofer, da Alemanha, e do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), dos Estados Unidos.

Fonte Agência Brasil


terça-feira, 3 de setembro de 2013

Ciência e tecnologia: processos de grandes empresas serão temas do 5º Congresso Brasileiro de Inovação na Indústria


Os ministros Aloízio Mercadante, da Educação, e Marco Antônio Raupp, da Ciência, Tecnologia e Inovação, participam nesta terça (3/9/2013), do 5º Congresso Brasileiro de Inovação na Indústria.

Organizado pelo Sistema Indústria e o Sebrae, o evento reunirá mais de 600 empresários e líderes industriais, das 9h15 às 16h30, no Centro de Convenções do WTC Sheraton, em São Paulo.

O Congresso apresentará os processos inovadores de 22 grandes empresas. Essas experiências mostram que, além de novos produtos e processos, a inovação é decisiva para conquista e consolidação de mercados, ajuda a reduzir custos, combater desperdícios, conservar o meio ambiente e garantir a sustentabilidade dos negócios.

Serão discutidos temas como Educação e empreendedorismo, tecnologia e a atuação da Embrapii. O professor David Krakauer, da Universit of Wisconsin-Madison, falará sobre A ciência da criatividade: instituições de pesquisa, tecnologia democrática e revolução educacional.


Clique aqui para acompanhar – ao vivo – coletivas de imprensa, eventos e divulgações durante o Congresso.

Fonte Portal Indústria


quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Fotogtrafia e ciência: CNPq vai premiar melhores fotos relacionadas à CT&I

Alunos de graduação e pós-graduação, professores e cientistas brasileiros podem se inscrever até 30 de agosto no 3º Prêmio de Fotografia Ciência & Arte. A promoção é do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Hirundichthys rondeleti: Foto de Viviane Bernardo de Sant Ana, da PUCRS:
vencedora da Categoria 2 da edição de 2012 do prêmio

O concurso permite apenas uma inscrição em uma das categorias. A imagem deverá estar correlacionada com a área de atuação do candidato e deve ter sido produzida para servir como base de pesquisa. Nesta edição, será permitida a inscrição de imagens efetuadas por meio de instrumentos científicos especiais, como microscópio, lupa ou raio X.

Segundo informações do CNPq, o grupo avaliador analisará o impacto visual, a inovação, a relevância da imagem para a pesquisa, a qualidade estética e contribuição para a popularização, a divulgação científica e tecnológica entre outros.

Os campeões de cada categoria serão reconhecidos com prêmio de R$ 8 mil e ganharão passagem área e hospedagem para participar da reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em julho de 2014, em Rio Branco, no Acre. O segundo colocado levará R$ 5 mil e o terceiro R$ 2 mil. O resultado final será apresentado no dia 29 de novembro.

Clique aqui para saber tudo sobre o prêmio.

Fonte Agência Gestão CT&I


quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Pesquisa e inovação: investimento no setor durante crise criará grupo diferenciado de países, avalia ministro Coutinho

A crise econômica internacional não tirou da inovação o status de prioridade entre os países desenvolvidos e parte dos emergentes, avaliou hoje (1º) o presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho. Ele acredita que essa insistência elevará essas nações a um patamar diferenciado

"Está nascendo um processo de transformação, que ainda não é evidente e que vai diferenciar um conjunto de países que têm perseverado no apoio e no avanço da inovação", destacou ele no lançamento da pesquisa Barômetro da Inovação, feita pela multinacional General Eletric (GE).

Coutinho disse que o Brasil é um caso de país atrasado na inovação, por ter uma estabilização da economia recente. "Foram 30 anos de uma altíssima instabilidade em que era impossível para o setor privado enxergar além de um ou dois anos".

Atualmente, na visão dele, o Brasil organizou o sistema de ciência e tecnologia, com a Lei do Bem e a Lei da Inovação, e dispõe dos mesmos instrumentos de apoio à inovação que os países desenvolvidos. Apesar disso, ele destacou que é preciso "dobrar o esforço de inovação do setor privado, que em outros países corresponde de dois terços a 80% dos investimentos".

"O sistema brasileiro está muito encapsulado. Ele precisa disponibilizar mais recursos diretos que façam o papel catalisador da energia privada. É insubstituível a liderança do setor privado".

Apesar da redução da participação da indústria no Produto Interno Bruto de muitos países, entre eles o Brasil, o presidente do BNDES destacou o papel do setor na inovação: "Se olharmos por dentro, vamos ver que o papel da indústria não se modificou. Ela contribui com mais de 70% dos investimentos em inovação".

De acordo com a pesquisa realizada pela GE com 3,1 mil executivos das maiores empresas de 25 países, 95% dos entrevistados brasileiros disseram que a inovação é uma prioridade estratégica para suas empresas.

O Brasil foi apontado como ambiente positivo para a inovação por 30% dos entrevistados, o 17º melhor resultado. Quando os entrevistados foram os próprios brasileiros, 43% avaliaram que o cenário nacional favorece a inovação.

Os dez países mais bem avaliados globalmente foram: Alemanha (85%), Estados Unidos (84%), Japão (81%), Coreia do Sul (70%), Reino Unido (69%), Suécia (66%), China (66%), China (66%), Cingapura (63%) e Suíça (60%). A Índia aparece na lista em 12º, com (55%), a Rússia, em 18º, com 29%, e a África do Sul, em 23º, com 20%. A Nigéria, com 5%, foi a última colocada.


Fonte Agência Brasil


terça-feira, 9 de julho de 2013

Finep 30 dias: agência vai agilizar analises de seus projetos e elaborar ranking de inovação

O diretor de inovação da FINEP, João Alberto de Negri,  e o superintendente da Coordenação de Projetos Estratégicos, Luiz Martins, falam neste vídeo sobre o novo projeto da Agência Brasileira da Inovação, que vai reduzir de 152 para até trinta dias o tempo de análise de mérito e enquadramento das propostas de financiamento que recebe: Finep 30 dias.



Além disso, também será elaborado um rating de inovação, conjunto de critérios para classificar projetos apresentados à Finep. O novo instrumento está sendo desenvolvido em conjunto com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) para reestruturar as análises realizadas pelos profissionais da Agência.

Fonte Finep


Pesquisa e inovação: programa de engenharia para pequenas indústrias pode ser inserido no Plano Inova Empresa

A inserção do Programa Nacional de Engenharia de Produtos e Prototipagem no Plano Inova Empresa, do governo federal, será analisada do ponto de vista técnico pela Agência Brasileira da Inovação (Finep), antiga Financiadora de Estudos e Projetos, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.

O ministro Marco Antonio Raupp recebeu nesta segunda (8/7/2013) a proposta do Sistema Firjan durante visita à entidade para divulgar para empresários o Plano Inova Empresa. Ele acrescentou que a avaliação técnica mostrará como poderão ser obtidos recursos para financiar o projeto.

“É um programa interessante”, disse Raupp. Destacou que as propostas do governo tiveram mais consonância com a realidade da demanda quando essas demandas foram trabalhadas anteriormente ao lançamento do edital. “É o caso do TI Maior [Programa Estratégico de Software e Serviços em Tecnologia da Informação], que menos recursos tem, mas é o que está sendo mais efetivo, alcançando todos os setores de atividade, em especial nesses programas de startups [modelo de empresa jovem, embrionária ou ainda em fase de constituição]. A gente queria financiar 100 e vamos ter que mudar, porque apareceram mil candidatos, inclusive de fora do país”, declarou.

O Programa Nacional de Engenharia de Produtos e Prototipagem não se limita ao Estado do Rio de Janeiro, mas terá dimensão nacional, como o próprio nome diz, ressaltou o presidente do Conselho de Ciência e Tecnologia da entidade, Fernando Sandroni. Ele envolve recursos de R$ 120 milhões para atender a mil pequenas indústrias. Cada uma dessas indústrias deverá receber R$ 120 mil para financiamento das etapas de desenvolvimento do produto, desde o projeto conceitual, passando pelo planejamento do produto, até a fase de engenharia do produto.

O objetivo final, disse Sandroni, é aumentar a competitividade da indústria brasileira. Ele esclareceu que a tecnologia da prototipagem rápida traz benefícios para o incremento do design nacional, da inovação e da competitividade do setor industrial. A prototipagem em 3D (três dimensões), por exemplo, diminui o custo do projeto do produto em cerca de 70%. Já a integração de todas as etapas do processo produtivo em softwares (programas de computador) permite às empresas reduzir em até 30% o tempo de chegada do produto ao mercado. A produtividade é ampliada em 15%.

Segundo Fernando Sandroni, o programa sugerido pela Firjan representaria 0,4% do total de recursos do Plano Inova Empresa, da ordem de R$ 32,9 bilhões para 2013/2014.

Fonte Agência Brasil


quinta-feira, 4 de julho de 2013

Tecnologia e inovação: Ipea mapeia infraestrutura de pesquisa no país

O Ipea está desenvolvendo o projeto piloto do Sistema Nacional de Inovação e Infraestrutura de Pesquisa. O trabalho tem as parcerias do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). O resultado esperado será um diagnóstico da infraestrutura de pesquisa disponível no país, seus principais gargalos e sua interação com o setor produtivo no desenvolvimento de novos produtos e processos.


A ideia é mapear a infraestrutura das instituições científicas e tecnológicas (ICTs) para monitorar e gerenciar dados. Assim, será possível compreender melhor o funcionamento do sistema de inovação no Brasil e oferecer, às empresas e à comunidade científico-tecnológica, o acesso via internet a informações sobre os principais laboratórios e equipamentos disponíveis.

O sistema visa incentivar o uso compartilhado de recursos, fornecendo um mapeamento gráfico das infraestruturas. Nove áreas de pesquisa estão entre as prioridades: saúde, petróleo e gás, defesa, biotecnologia, aeronáutica, TIC, energia, agropecuária e construção civil. O projeto ainda passará por testes e deve estar disponível no ano que vem.

O projeto será coordenado pela Diretoria de Estudos Setoriais do Ipea e pela UFMG, com a participação de pesquisadores de outras universidades.

Saiba mais sobre a pesquisa:






Fonte Portal Ipea

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Ciência sem Fronteiras: portal divulga vagas de emprego em 35 empresas

Em um ambiente virtual criado para integrar interessados no Programa Ciência sem Fronteiras, 35 empresas oferecem cerca de 60 oportunidades de trabalho a bolsistas e ex-bolsistas do programa. O Portal Estágios e Emprego é uma das estratégias para garantir vagas de trabalho no país aos bolsistas que adquiriram experiência em renomadas instituições do exterior.

Acesse o conteúdo do portal

“Se quisermos ser competidores globais temos que incentivar essa demanda natural. Não queremos ver essas pessoas trabalhado fora do Brasil”, disse o ministro da Ciência e Tecnologia, Marco Antônio Raupp, em recente edição do programa Bom Dia, Ministro, produzido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República em parceria com a EBC Serviços.

No portal, o candidato seleciona as áreas de interesse para definir as sugestões automáticas de vagas. O Ciência sem Fronteiras é um programa governamental que oferece bolsas de estudo no exterior. Criado em 2011, tem a meta de qualificar 101 mil estudantes e pesquisadores brasileiros até 2015.

O objetivo do programa é promover a mobilidade internacional de estudantes e pesquisadores e incentivar a visita de jovens pesquisadores qualificados e professores experientes ao Brasil. As áreas prioritárias são: ciências exatas (matemática e química), engenharias, tecnologias e da saúde. O Ciência sem Fronteiras mantém parcerias em 35 países.


Fonte Agência Brasil


Pesquisa e inovação: nova tecnologia brasileira cria fibra de carbono mais barata

Fabricar fibra de carbono mais barata e tão resistente quanto às comercializadas no mercado internacional. Este é o resultado da pesquisa realizada pelo Exército Brasileiro, em parceria com a Petrobras, que usa o piche de petróleo para a criação do material. Muito empregada na indústria da aeronáutica e automobilística a fibra de carbono diminui o peso dos materiais sem perder a resistência.

A fibra de carbono de piche é produzida comercialmente no Japão e nos Estados Unidos, porém com piche de alcatrão ou sintético (substâncias químicas puras), e com o preço de comercialização variando entre US$ 50 e US$ 1 mil o quilo. O alto custo faz com que o material, que substitui sobretudo o aço e alumínio, seja mais usado em carros de Fórmula-1, veículos de luxo, em aviões e foguetes.

O alto custo faz com que a fibra de carbono, que substitui sobretudo o aço e alumínio, seja mais usado em carros de corrida,
veículos de luxo, em aviões e foguetes (Foto Divulgação)

De acordo com o gerente do Projeto Carbono do Núcleo de Competência para o Desenvolvimento de Tecnologia de Carbono (NCDTC) do Centro Tecnológico do Exército (CTEx), major Alexandre Taschetto, a vantagem da invenção brasileira é que os derivados do petróleo ou “fundo do barril de petróleo” não têm mercado significativo, o que ajuda a baratear a fibra de carbono brasileira e viabilizar o uso em larga escala.

“Avaliamos que a fibra de carbono de piche de petróleo brasileira pode custar entre US$ 10 a US$ 15 por quilo. A indústria automobilística avalia que se o custo da fibra estiver abaixo de US$15 por quilo já compensa substituir o aço por fibra em maiores quantidades”, explicou o major ao salientar que carros com peças de fibra de carbono têm mais eficiência energética e emitem menos poluentes que os carros com peças de aço.

Taschetto explicou ainda que, para o Exército, a nova tecnologia também é muito útil na fabricação de materiais mais leves para os soldados, “desde equipamentos individuais como capacete, armamento leve, como pistola e fuzil, até armamento pesado, como metralhadora, morteiro, além de peças para viaturas mais leves”.

A produção em escala industrial do material ainda está em estudo na Petrobras. O produto produzido em escala semi-industrial será apresentado no Congresso Mundial de Pesquisadores da Área de Carbono – Carbon 2013, de 15 a 19 de julho, no Rio de Janeiro, e pela primeira vez na América do Sul. As fibras de carbono estão presentes em vários produtos como nas bicicletas, nos celulares e laptops.

Fonte Agência Brasil



terça-feira, 18 de junho de 2013

Pesquisa e inovação: Núcleo de Estudos da Violência e mais 16 novos centros de pesquisa em São Paulo vão receber R$ 1,4 bi em investimentos

Dezessete novos centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepids) foram criados no início deste mês (7/6/2013) em cinco municípios paulistas. Os projetos, que já funcionavam como grupos de pesquisa em universidades do estado, foram selecionados por meio de chamada pública e vão receber, nos próximos 11 anos, investimentos que somam R$ 1,4 bilhão. Estudos sobre doenças degenerativas, possibilidade de cura para o diabetes e pesquisa sobre células-tronco são exemplos dos temas selecionados.

"[Esse projeto] exige dos pesquisadores uma atividade de pesquisa competitiva mundialmente, exige que essas atividades estejam conectadas com aplicações na indústria e empresas ou no governo e que esses pesquisadores trabalhem com a ideia de difundir a ciência na sociedade", explicou Carlos Brito Cruz, diretor científico da Fundação de Amparo à Pesquisa do estado (Fapesp).

Durante o lançamento dos novos centros, o governador Geraldo Alckmin destacou que a pesquisa acadêmica pode ter um foco a curto prazo para questões emergentes e precisa projetar questões a longo prazo, por isso, um financiamento por 11 anos. "Esses dois focos se complementam. Precisamos prospectar, sobretudo porque vivemos em um mundo com constantes mudanças", declarou.

Além da capital, foram selecionados projetos em Campinas, São Carlos, Ribeirão Preto e Araraquara. A ação envolve 499 pesquisadores do estado e 68 de outros países. Os 17 novos Cepids foram escolhidos a partir de 90 propostas encaminhadas ao comitê avaliador, que mobilizou 150 revisores brasileiros e um comitê internacional composto por 11 cientistas convidados. Entre os critérios analisados, estavam mérito científico, originalidade, competitividade e qualificação da equipe.

O projeto Cepid teve início no ano 2000, quando 11 centros de pesquisa foram formados. Eles funcionaram de 2001 a 2013. Alguns desses grupos apresentaram novos projetos nesta nova chamada e tiveram os investimentos renovados por mais 11 anos. O Núcleo de Estudos da Violência (NEV), da Universidade de São Paulo (USP), é um desses centros que serão ampliados na próxima década.

O professor Sérgio Adorno, coordenador do NEV, explica que na primeira etapa do projeto foram desenvolvidos estudos com o propósito de avaliar o perfil da violência no estado. Entre as questões analisadas estavam a impunidade e as representações dos cidadãos sobre justiça e acesso a direitos.

"Tínhamos o objetivo de entender porque a democracia, apesar dos seus avanços, não logrou restituir a tranquilidade e a segurança aos brasileiros e também aqui no estado", destacou. Uma das razões observadas no estudo "é a desconfiança que o cidadão tem na aplicação das leis e nas instituições encarregadas de aplicá-las", disse Adorno.
Foi essa percepção que apontou o caminho a ser adotado no estudo que inicia agora. "Vamos fazer um mapeamento rigoroso para entender como se dá a relação cotidiana dos cidadãos com as instituições encarregadas de aplicar as leis e promover o bem-estar social. Também vamos analisar como as instituições respondem à demanda dos cidadãos", explicou.

Adorno acredita que a pesquisa poderá colaborar para a formulação de políticas na área de segurança pública. "Podemos contribuir para a melhoria dos recursos humanos desses serviços. Detectar quais são as zonas de atrito e que tipo de políticas podem ser adotadas e que conflitos podem ser resolvidos de maneira pacífica", destacou.

O trabalho do NEV receberá R$ 3 milhões por ano e contará com 40 pesquisadores. Uma parte da pesquisa será feita de forma colaborativa com pesquisadores de outros países, como Equador, Colômbia, México, Estados Unidos, África do Sul e Índia. "Vamos comparar problemas semelhantes e observar como esses problemas são enfrentados em cada país", declarou.


Fonte Agência Brasil


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