terça-feira, 23 de outubro de 2012

Design e inovação: Senai lança publicação para mobiliário e analisa os novos perfis de consumo brasileiros


A Rede Senai Design acaba de lançar o livro Biomas do Consumo - Referências do Mobiliário, na IV Bienal Brasileira de Design, em Belo Horizonte. A publicação é um projeto do Senai Nacional que servirá como referências para a compreensão de hábitos e comportamentos da nova classe C brasileira.

Além disso, o livro apresenta o diário de campo dos designers pesquisadores, tendo como principal objetivo desvendar os perfis dos novos consumidores e explora a melhor forma de atribuir valor aos produtos destinados a cada perfil.

“O design é o diferencial do setor. A indústria do mobiliário não existe sem ele”, disse o presidente do Sindimov de Minas Gerais, Carlos Alberto Homem, no lançamento do livro. Não por acaso, a publicação Biomas do Consumo é o resultado de uma extensa pesquisa, feita pelo Senai em lares de dez diferentes cidades do Brasil, que identifica as escolhas dos consumidores quando escolhem um móvel – funcionalidade, materiais, preço, beleza.

Cada empresa associada ao Sindimov-MG terá o seu Biomas do Consumo. Isso significa que o perfil traçado pelos pesquisadores e designers do Senai fica disponível para a indústria moveleira mineira. “É um material extenso e rico, que oferece ao empresário a possibilidade de desenhar e criar novos produtos para uma classe de consumidores emergente” garante o designer e um dos autores da publicação, Hugo Costa Gripa, do Rio de Janeiro.

O coordenador do trabalho, Nilson Violato, explicou que a pesquisa lançou três diferentes olhares para o consumidor, com foco na classe C: do design, da antropologia e da psicologia. “Só assim pudemos entender o que pensa o cidadão ao escolher um móvel”, afirmou. Ele destacou que com Biomas do Consumo, o Senai cumpre um papel de incentivo à inovação e prove soluções para a indústria.


sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Pronatec em Videira: Senai forma primeiros profissionais em curso gratuito

Vinte e um novos profissionais acabam de receber do Senai de Videira, em Santa Catarina, seus certificados de operadores de computador. O curso foi oferecido gratuitamente por meio do Pronatec e ministrado na Biblioteca Pública Municipal, graças a parceria firmada entre os governos estadual e municipal.

Os formandos estudaram aplicativos de escritório e utilitários na edição de textos, elaboração de planilhas eletrônicas, apresentação de slides e compactação de arquivos, pesquisa e navegação na internet; utilização do correio eletrônico e instalação e configuração do sistema operacional, aplicativos de escritório e periféricos.

Também integraram o escopo do curso a organização da entrada e da saída de dados em sistemas de informação, seleção de programas de aplicação a partir da avaliação do usuário, de acordo com as normas e procedimentos técnicos de qualidade, além de segurança, higiene e saúde. Aulas foram realizadas de maio a outubro (Foto Senai de Videira)


quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Pesquisa e inovação 2: estudantes de escola públicas e particulares expõem projetos na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia


Pondo em prática os ensinamentos obtidos em sala de aula, alunos de escolas públicas e particulares montaram stands na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, que se realiza no ExpoBrasília, no Parque da Cidade, até domingo. O material apresentado pelos alunos ilustram práticas e estudos que compõem o tema da feira este ano: sustentabilidade, economia verde e erradicação da pobreza. A exposição ocorre também em outros estados brasileiros.

Clique aqui para saber tudo sobre a Semana (Foto Divulgação)

Mais do que expor projetos, os estudantes agregam conhecimento e põem em prática as disciplinas estudadas nas salas de aula. É o caso dos alunos da 4ª serie da Escola Classe 55 de Ceilândia, cidade localizada a 26 quilômetros de Brasília. Eles apresentaram um separador de material reciclável, projeto desenvolvido ao longo de três meses em aula, enquanto aprendiam sobre reciclagem.

A aluna Isabela Autino, de 10 anos, explicou como funciona o separador. “É uma esteira que tem três detectores, um para plástico, outro para vidro e um para metal. Quando a gente coloca essas coisas aqui na esteira, o sensor aciona a alavanca que empurra o material para um cesto específico”. Segundo a aluna, o equipamento montado com a ajuda do professor de física, seria uma boa alternativa para as cooperativas de coleta de material reciclável. “Com este equipamento, os coletores não correriam o perigo de se cortar e facilitaria o trabalho”, avaliou.

A preocupação dos alunos na feira também passa pelo uso racional da água. O Colégio Adventista Milton Afonso montou uma estrutura voltada para economia da água e energia. Uma das maquetes construídas pelos estudantes do terceiro ano do ensino médio apresenta um projeto a ser montado em uma casa para reaproveitar a água da chuva, utilizando calhas e um reservatório. 

João Oliveira, de 14 anos, contou que todos os projetos foram desenvolvidos no clube de ciências da escola. Ele disse que é bom poder compartilhar o que fizeram. “Trabalhamos esta apresentação ao longo do ano, já planejando participar da semana. Fico muito feliz em poder contribuir, principalmente, em ajudar outros estudantes que estão aqui visitando”, conta.

O professor de física do Centro Educacional 310 de Santa Maria, a 26 quilômetros de Brasília,  Adilson Neiva, que acompanhava os alunos com o projeto gerador de hidrogênio, lembrou que o empenho dos alunos é fundamental para a exposição. Ele ressaltou que parte da escolha e da pesquisa é dos próprios alunos. “No nosso projeto, indiquei em que poderíamos trabalhar, e eles foram atrás, pesquisaram, trouxeram o material. Os alunos ficam motivados porque podem ver a aplicação prática do que estudam”, disse.

A Semana Nacional de Ciência e Tecnologia proporcionou a um grupo de alunos participar pela primeira vez de uma feira. Estudantes do Centro Educacional 06 de Ceilândia, na modalidade Educação para Jovens e Adultos (EJA), expõem formas alternativas de produção de energia.  Sebastião Mendes, 60 anos, estava animado com a participação.

“A maior moeda de troca do homem é o conhecimento. Sinto-me orgulhoso de poder estar aqui apresentando este trabalho junto com os colegas. Isto aqui é uma porta para o conhecimento”. Mendes, que voltou a estudar aos 56 anos, está prestes a se formar no ensino médio e já pensa em uma faculdade. “Minha inscrição no Enem [Exame Nacional do Ensino Médio] já está feita, no próximo ano vou estar cursando Direito”, prevê.


Pesquisa e inovação 1: Semana de Ciência e Tecnologia vai até domingo em todo o país

Os cientistas, pesquisadores e curiosos têm lugar garantido na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), no Centro de Exposições do Parque da Cidade, em Brasília, ou em diversas cidades de todo o pais, até domingo (21/10/2012). Com o tema Economia Verde, Sustentabilidade e Erradicação da Pobreza, a nona edição da semana engloba debates sobre segurança alimentar e nutricional, energias renováveis, biodiversidade, água, educação, reciclagem e tecnologias. A entrada é gratuita.

Clique aqui para sabe tudo sobre a Semana (Foto Divulgação)

O evento reúne estandes, locais para discussões, workshops e oficinas. Está programada, por exemplo, a palestra A Influência da Ciência na Linguagem do Cinema, às 18h30, desta sexta (19/10/2012), promovida pela Academia Taguatinguense de Letras, que também fará saraus poéticos nos últimos dias do evento.

O público pode participar de oficinas sobre reaproveitamento de alimentos, inclusive com degustação de produtos feitos com a casca, sementes e derivados do maracujá-do-mato, fruta nativa das áreas secas do Nordeste. A oficina será no sábado (20/10/2012), às 8h30. Outra oficina, também no dia 20, às 16h, vai ensinar a montar uma horta em garrafas PET.

No total, 96 instituições públicas e privadas participam da semana, que acontece simultaneamente em outras cidades do país.

Promovida desde 2004, a semana tem o objetivo de estimular o debate, principalmente, entre crianças e jovens sobre atividades de ciência e tecnologia.



Tecnologia verde: nova lâmpada dura 40 anos e economiza 90% de energia*


Sistema de iluminação da Firefly pode ser
utilizado não apenas por residências, como
também por edifícios e empresas
Foto Divulgação
Que tal passar décadas sem precisar trocar uma lâmpada? Uma empresa norte-americana desenvolveu a Firefly LED, uma luz que dura até 40 anos e economiza cerca de 90% da energia utilizada para iluminar os cômodos da sua casa.

No começo deste mês, a Firefly lançou um novo modelo em LED que pretende acabar com as constantes queimas e trocas de lâmpadas, e ainda reduzir, de forma significativa, os gastos com iluminação residencial e os problemas com os descartes de lâmpadas.

Desenvolvida no Texas, a longa duração do novo LED depende de uma tecnologia capaz de reduzir o calor que se forma ao redor da luz: um dissipador reduz a temperatura em 32%, prolongando a vida da lâmpada por até quatro décadas.

Não obstante, a Firefly, empresa responsável pela criação, também patenteou um sistema que permite que a lâmpada funcione com apenas 5% de sua capacidade energética, economizando uma grande quantidade de eletricidade. 

Caso seja necessário melhorar o desempenho da luz, deve-se apenas trocar o dispositivo de LED que fica dentro da estrutura, também fabricado pela empresa. Chamados de Smart LED, os pequenos dispositivos são fáceis de trocar e eliminam a preocupação de reciclagem, sempre associada às incandescentes, fluorescentes e até LEDs convencionais.

O sistema de iluminação desenvolvido pela Firefly pode ser utilizado não apenas por residências, como também por edifícios e empresas. O produto deverá custar cerca de US$ 35 (R$ 70). Embora o preço no mercado seja superior ao das lâmpadas convencionais, a tecnologia permite uma economia de eletricidade em até 90%, o que diminuirá as despesas de iluminação na conta de luz. Com informações do TreeHugger.

*Fonte CicloVivo



quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Design Gráfico: Rio debate novidades e tendências para o setor


O Senai do Rio Janeiro vai promover na próxima semana (22 a 25/10/2012), a Semana de Design Gráfico, destinada a quem está estudando Publicidade ou Design. As inscrições são gratuitas e as vagas limitadas.


Na pauta do evento oficinas e palestras com profissionais. As oficinas, das 15h às 18h, terão como temas pintura digital, fechamento de arquivo, identidade visual e carimbo gravura. O objetivo é promover o encontro dos universitários com profissionais consagrados.

As palestras ocorrerão sempre às 19h, com a participação de nomes de destaque da publicidade e do design: Tico Moraes (Criando o hábito de criar); Mateus Moretto (Começar é sempre difícil... ou não); Ailton Henriques e João Faraco (Identidade Visual: do Caligrafiti ao Insert); e Fábio Lopez (O legado visual dos Jogos Olímpicos de Londres 2012).

Mais informações: 0800 0231 231 e 4002 0231.


Ecoauditoria: Senai capta tecnologia italiana para o setor moveleiro

Pedro César de Paiva e Willy Catani Romeiro, técnicos da gerência de tecnologia e inovação do Senai de Mato Grosso do Sul, acabam de passar por capacitação em ecoauditoria e análise do ciclo de vida (LCA) por meio da aplicação das ferramentas Everdee e Tespi (softwares). A qualificação, que faz parte da segunda etapa do treinamento de transferência de tecnologia entre Brasil e Itália, foi realizada no início deste mês em Linhares, no Espírito Santo, e reuniu técnicos do Senai de outros cinco estados.

Agora Paiva e seus colegas de capacitação estão aptos a fazer análises em empresas do segmento moveleiro. “A LCA faz o exame do impacto no meio ambiente desde a retirada da matéria-prima, transporte e também no processo produtivo. São avaliados vários impactos, como a emissão de gases na atmosfera, o consumo de energia, a geração de resíduos, a geração de esgoto e o consumo de água.”

Ele explica que a ferramenta Everdee faz o levantamento das informações e a Tespi cruza subsídios para verificar qual parte do processo precisa ser adaptada para gerar menos impacto. “A ecoauditoria aliada com a aplicação da LCA de um produto nas indústrias do Mato Grosso do Sul buscará inserir um novo conceito baseado completamente na sustentabilidade.”

Para Catani, o principal objetivo do treinamento foi entender a filosofia da metodologia da LCA e a necessidade das empresas se adaptarem às normas técnicas relativas aos parâmetros de segurança, qualidade e emissão de formaldeído.

A capacitação foi ministrada pelo especialista Paolo Masoni, presidente do Enea (Agência Nacional Italiana de Novas Tecnologias, Energia e Desenvolvimento Sustentável), e por uma especialista responsável técnica pelo laboratório de LCA e de Ecodesign do Enea. Os dois são responsáveis por todas as análises e pesquisas realizadas para o desenvolvimento das ferramentas da LCA e pela aplicação dos softwares nos diversos segmentos industriais da Itália.

Para os técnicos, as indústrias e o próprio Mato Grosso do Sul adiantam-se no fator readequação das empresas quanto à sustentabilidade frente ao mercado, comparado aos demais estados devido à seleção que receberam durante o treinamento em ecoauditoria e na aplicação da metodologia LCA.

“Diante deste cenário, as indústrias terão a oportunidade de se integrarem quanto aos aspectos ambientais e de planejamento estratégico de novos negócios e terá como opção, trabalhando aliado ao Senai, de tratar as questões ambientais, após adquirirem total conhecimento do processo produtivo e do produto”, destacou Paiva.



Arte em 5 minutos: Festival promove filmes gratuitos e testar jogos inéditos

Na Mostra Competitiva serão apresentados 50 vídeos que possuem temáticas e estéticas livres, com representações de gêneros variados como documentário, animação, videoclipe, videoarte e videodança.



Salvador e outras 11 cidades baianas são palco das atividades do 15º Festival Nacional 5 Minutos, de 15 e 20 de outubro. A programação do evento conta com mostras, debates, oficinas, exposição e espaço para jogos eletrônicos, além da presença de artistas e pesquisadores do Brasil e do exterior.

Compõem a Mostra Competitiva 50 vídeos com temáticas e estéticas livres, com representações de gêneros variados como documentário, animação, videoclipe, videoarte e videodança. As produções, selecionadas por meio de edital público, começam a ser exibidas em 17 locais de todas as cidades participantes, às 20h, até 19 de outubro.

Para aqueles que se interessam por jogos eletrônicos, o Festival reserva um espaço para a interação com games desenvolvidos na Bahia e em São Paulo. Em homenagem ao centenário de Jorge Amado, muitos jogos têm temas ligados à sua obra Capitães da Areia. As inscrições são por ordem de chegada, com turmas de 10 participantes formadas a cada 20 minutos. A Lanrrauzze estará montada na Biblioteca Pública do Estado da Bahia.

O evento, realizado pela Secretaria de Cultura da Bahia, estimula a experimentação na área e difundir a produção audiovisual brasileira.

Clique aqui para conhecer a programação completa e os locais de atividades.




Plano Nacional de Educação: Comissão da Câmara aprova redação final do PNE destinando 10% do PIB para a área

A Câmara concluiu, nesta terça (16/10/2012), a votação do novo Plano Nacional de Educação (PNE – PL 8035/10), que destina 10% do Produto Interno Bruto (PIB) do país para políticas de Wducação. A proposta segue agora para o Senado.


A conclusão da votação ocorreu com a aprovação da redação final do projeto pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ). A proposta, que tramitava em caráter conclusivo, foi aprovada por uma comissão especial no dia 26 de junho.

O índice de 10% vinha sendo reivindicado por deputados da oposição, parte da base aliada do governo e entidades da sociedade civil. Hoje, a União, os estados e os municípios aplicam juntos cerca de 5% do PIB na área. Na proposta original do Executivo, a previsão era de investimento de 7% do PIB em Educação. O índice foi sendo ampliado gradualmente pelo relator, deputado Angelo Vanhoni (PT-PR), que chegou a sugerir a aplicação de 8% em seu último parecer.

Um acordo entre governo e oposição, no entanto, garantiu o apoio do relator aos 10%. Pelo texto aprovado, o governo se compromete a investir pelo menos 7% do PIB na área nos primeiros cinco anos de vigência do plano e 10% ao final de dez anos.

Outro destaque do novo PNE foi a antecipação da meta de equiparação do salário dos Professores ao rendimento dos profissionais de escolaridade equivalente. O relatório de Vanhoni previa o cumprimento dessa meta até o final da vigência do plano. Um destaque aprovado, por sua vez, estabelece a equiparação até o final do sexto ano do PNE.

A comissão especial aprovou ainda o prazo de um ano após a sanção do PNE para a aprovação da Lei de Responsabilidade Educacional. O projeto, que já está em tramitação na Câmara (7420/06), estabelece responsabilidades de gestores públicos na melhoria da qualidade do ensino. Ambos os destaques aprovados receberam o apoio de Vanhoni.

Íntegra da proposta: PL-7420/2006 e PL-8035/2010



terça-feira, 16 de outubro de 2012

Mercado de trabalho: falta de qualificação entre jovens é causa de desemprego, mostra Unesco


não investir nas habilidades de jovens
tem efeitos de longo prazo visíveis em
todos os países (Foto José Paulo Lacerda)
Duzentos milhões de jovens, com idade entre 15 e 24 anos, de países em desenvolvimento não 
completaram o ensino primário, equivalente ao ensino fundamental no Brasil, e precisam de caminhos alternativos para adquirir habilidades básicas para o emprego.

O número representa 20% da população desses países nessa faixa etária. Essa realidade foi apontada pelo 10º Relatório de Monitoramento Global de Educação para Todos, publicado nesta terça (16/10/2012) pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

O relatório mostra que a população jovem do mundo é a maior que já existiu e que um em cada oito jovens está desempregado. Além disso, mais de 25% estão em trabalhos que os deixam na linha da pobreza ou abaixo dela, equivalente a um rendimento inferior a US$ 1,25 por dia.

O documento ressalta que “a profunda falta de qualificação da juventude é mais nociva do que nunca”, neste momento de crise econômica que continua afetando sociedades de todo o mundo. 

A publicação avalia que houve progresso significativo em algumas regiões, mas poucas estão no caminho para atingir as seis metas previstas no Acordo de Dacar (Senegal), assinado por 164 países durante a Conferência Mundial de Educação de 2000. Pelo acordo, até 2015 devem ser cumpridas as seguintes metas:
  • expandir cuidados na primeira infância e Educação;
  • universalizar o ensino primário;
  • promover as competências de aprendizagem e de vida para jovens e adultos;
  • reduzir o analfabetismo em 50%; alcançar a paridade e igualdade de gênero;
  • melhorar a qualidade da Educação.

Em todo o mundo, 250 milhões de crianças em idade escolar primária não sabem ler ou escrever, frequentando ou não a escola. Entre os adolescentes, 71 milhões estão fora da escola secundária, perdendo, segundo a pesquisa, a oportunidade de adquirir habilidades vitais para um emprego digno no futuro. 

As populações jovens pobres são as que mais precisam de capacitação, principalmente das áreas rurais. “Muitos jovens fazendeiros, com problemas de escassez de terras e efeitos da mudança climática, não têm sequer as habilidades básicas necessárias para se proteger e se sustentar”, conclui o estudo. No Brasil, aqueles que moram na zona rural têm o dobro de chance de ser pobres e 45% não completaram o ensino fundamental.

Segundo a diretora-geral da Unesco, Irina Bokova, o mundo está testemunhando uma geração jovem frustrada pela disparidade crônica entre habilidade e emprego. “A melhor resposta à crise econômica e ao desemprego de jovens é assegurar a capacitação básica e relevante de que precisam para entrar no universo do trabalho com confiança”, disse. Para ela, esses jovens precisam ter caminhos alternativos para a Educação, para conseguir as habilidades necessárias à sobrevivência, a viver com dignidade e contribuir com suas comunidades.

O relatório mostra ainda que não investir nas habilidades de jovens tem efeitos de longo prazo visíveis em todos os países. Mesmo nas nações desenvolvidas, a estimativa é que 160 milhões de adultos, ou 20% deles, não tenham requisitos mínimos para se candidatar a um emprego, como ler um jornal, escrever ou fazer cálculos. Por isso, a Unesco defende que investir no desenvolvimento das habilidades de jovens é uma estratégia inteligente para países que querem impulsionar seu desenvolvimento econômico.

A partir dos dados, a entidade alerta que apesar de a área econômica ser a primeira a se beneficiar com profissionais mais qualificados, o setor privado contribui muito pouco na Educação dos jovens, com apenas 5% dos fundos oficiais. Além disso, recomenda que governos e países doadores de fundos globais para a Educação se empenhem para garantir o investimento necessário.



Cerâmica vermelha: fórum mineiro abordará produção e consumo sustentável



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Economia criativa: congresso internacional de inovação debaterá consumo colaborativo


A diretora do Collaborative Lab, Lauren Anderson (foto), defende que as novas relações comerciais da sociedade trarão mudanças profundas. A australiana, que estará no 5º Congresso Internacional de Inovação, diz que essas relações já foram "buy" (comprar), passaram a "rent" (alugar) e agora estão fortemente inclinadas ao "share" (compartilhar).

O encontro é uma promoção do Sistema Fiergs, por meio do Instituto Euvaldo Lodi (IEL-RS), Sesi-RS e Senai-RS, e ocorrerá nos dias 30 e 31/10/2012, no Teatro do Sesi, em Porto Alegre.

Lauren, que trabalha com o fornecimento de soluções sociais e rentáveis no espaço do consumo colaborativo, destaca que o sistema de acesso se sobrepõe ao de posse. Sua empresa foi considerada pela revista Time como uma das "10 ideias que vão mudar o mundo". A diretora foca suas palestras na maneira como a colaboração tecnológica irá influenciar a maneira como vivemos, criamos e consumimos. Conforme ela, tudo, ao que parece, está se tornando colaborativo, e esta mudança pode ser tão profunda como a revolução industrial.

Com o tema Economia Criativa: Ideias e Ideais Gerando Riquezas, o Congresso vai abordar, além do consumo colaborativo, assuntos como Educação e tecnologia na construção do futuro, economia verde e indústria do entretenimento, com especialistas de todo o mundo. Entre os convidados, o Professor da New York University e crítico cultural, Steven Johnson, fará a palestra De onde vem as boas ideias?.

Jonhson, que é colunista dos jornais The New York Times e do The Wall Street Journal e autor do livro que tem o mesmo nome da palestra, defende que as grandes inovações contemporâneas não surgiram da necessidade dos consumidores, mas da capacidade de sermos criativos com recursos que estão disponíveis. Com sua experiência em neurobiologia, explica de modo simples, como a criatividade pode melhorar radicalmente o desempenho pessoal e organizacional, e como as novas formas de conexão influenciam os negócios e a economia.

Também estará no congresso Gerd Leonhard, considerado um pensador líder e um dos principais futuristas de mídia do mundo, abordará a indústria do entretenimento. Leonhard pensa que as plataformas tecnológicas serão cada vez mais complementares.

Com o tema Educação e tecnologia na construção do futuro, a Khan Academy − uma escola totalmente virtual será apresentada pelo responsável por implementar e difundir seus métodos, Sundar Kabbarayan. O fundador da Physon Eletronics, empresa que produziu a primeira unidade flash USB com a tecnologia system on chip do mundo, K. S. Pua, também vai contar sua história. A Physon, da Malásia, valia mais de US$ 1 bilhão antes de completar 10 anos.

Outros nomes como o americano Marc Weiss, que destacará a economia verde e as estratégias para o desenvolvimento econômico sustentável, e a diretora da Digital Media Zone (DMZ), Valerie Fox, que contará sua experiência de criar soluções digitais inovadoras para a indústria, também estarão no congresso. Do Brasil, a sócia-diretora da Garimpo de Soluções, Ana Carla Reis, o presidente da Porto Digital, Francisco Saboya, o educador Rubem Alves (foto) e o empresário Ricardo Felizzola darão seus depoimentos.

Clique aqui para saber mais sobre o Congresso e fazer sua inscrição.



Da Folha: para escolher a carreira certa, vestibulando precisa pesquisar*


É como um jogo de videogame. A primeira fase da escolha da profissão costuma ser a mais tranquila para a maioria dos vestibulandos.

Se você detesta matemática no colégio, fugirá facilmente de engenharia. Se não é atraído pela leitura, desviará de letras ou filosofia.

Ao vencer essa primeira etapa, o passo seguinte costuma ser o dos gostos e afinidades do estudante – quem gosta de escrever pensa em jornalismo; quem adora bichos quer veterinária.

Peneirados esses cursos, chega-se à fase mais complexa: como escolher entre carreiras que têm área de atuação semelhante ou nomes tão parecidos que é difícil até entender a diferença entre eles?

Para ajudar a buscar essa resposta, a Folha ouviu profissionais, coordenadores de graduações e também universitários para explicar as singularidades de cada carreira.

Clique aqui para ver a reportagem completa do Guia de Profissões da Folha de S.Paulo.


segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Ideias para a Educação 3: Professora usa CD de Maria Bethânia para ensinar história

A música está presente na vida de todos. Na adolescência, ela passa a ter uma importância maior ainda. Com essas observações, a Professora Vânia Aparecida Silva Corrêa Pinto resolveu fisgar seus alunos pelo ouvido. A tarefa não foi simples, mas rendeu bons frutos, como o Prêmio Professores do Brasil.

O projeto Brasileirinho começou em 2005, quando a Professora de história e filosofia no Colégio Estadual Vicente Jannuzzi, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, propôs estudar na escola as raízes populares da cultura brasileira. “Percebi no aluno um desinteresse muito grande com relação ao universo da leitura, à cultura popular brasileira. Eu sentia que o aluno não percebia a cultura, a escola, a Educação, a leitura como um valor.”

Então, Vânia propôs criar uma estratégia que pudesse agregar o valor da leitura à família e à escola como um todo. O repertório escolhido foi o de Maria Bethânia. “No CD Brasileirinho, que ela estava lançando em 2005, era um convite para você conhecer o Brasil multicultural. É o Brasil do índio, do negro, do mulato, do branco. E ali eu tinha tudo pra trabalhar desde o descobrimento do Brasil, o espanto que o índio sente ao encontrar os portugueses, depois ela passa pelo povo africano, navio negreiro, Castro Alves e tudo mais, até chegar aos dias atuais.”

Apesar de produção da cantora baiana não ter como foco o público adolescente, a professora afirma que só o fato de chegar com um aparelho de som e dizer que vai ter música na aula o aluno já se interessa. A partir daí, o projeto ganhou desdobramentos que passaram pela produção teatral, de dança, pintura, música e literatura. “Cada ano tem uma nuance, no ano passado teve um enfoque muito grande na literatura, fizemos um sarau musical na escola. Esse ano homenageamos Jorge Amado, que faria 100 anos, e Caetano Veloso, que fez 70. O trabalho deles dialoga entre si. Fizemos [também] mostra de cultura africana.”

O projeto de Vânia ocorre na sala de aula, em paralelo aos conteúdos da disciplina e, esporadicamente, ocorrem atividades no turno contrário, como passeios, shows e eventos. “Levamos um livro com a nossa produção para a Academia Brasileira de Letras e fizemos uma visita guiada com o presidente”, lembra a professora.

De acordo com ela, é preciso trabalhar da melhor forma possível para fazer a diferença na vida do aluno. “O que me motiva é justamente o movimento, a ação, porque senão a gente fica naquela coisa de samba de uma nota só. Particularmente, [como] estou na escola todos os dias, tenho que estar em um lugar que me traga emoção, que me traga alegria, que me traga felicidade.”

E a música foi um instrumento que canalizou a mudança. “Consegui quebrar com isso a rigidez dos currículos, porque os currículos são rígidos, os livros estão ali, a gente tem que cumprir aquele currículo, então porque não cumprir de uma forma mais lúdica, mais prazerosa? Então eu pensei nisso aí. E o aluno gosta.”

Para a professora Vânia, a educação é um investimento de longo prazo. “O que desanima são as políticas públicas, que ainda não perceberam a educação como a grande base para o Brasil melhorar, o Brasil prosperar. Acho que isso é cultural”, explicou.



Ideias para a Educação 2: com criatividade e tecnologia, Professor desperta interesse de alunos pela física e matemática


Jogos eletrônicos, filmes em 3D e realidade aumentada, tecnologias que ainda são desconhecidas por parte dos jovens brasileiros. Ao perceber que seus alunos, de Petrópolis, no Rio de Janeiro, não entendiam o que é um filme em 3D por nunca terem assistido a uma produção com essa tecnologia, o Professor de matemática Guilherme Erwin Hartung decidiu mostrar a eles O Fantástico Mundo 3D.

O projeto deu tão certo que Hartung recebeu, no ano passado, o Prêmio Professores do Brasil, concedido pelo Ministério da Educação (MEC). Durante as atividades oferecidas fora do horário das aulas, sem valer nota, 15 estudantes montaram um site com imagens em 3D produzidas por eles mesmos.

Hartung usa lousa digital e o software canadense iME (math education) criado
pelo doutor Georges Touma, da Universidade de Ottawa (Foto Divulgação)

Antes tiveram oficinas de biologia, para saber como funciona o olho humano, de física, sobre polarização da luz, e, claro, de matemática, para entender e calcular a geometria envolvida na produção das imagens com a sensação de profundidade. Também foram feitas visitas a institutos de pesquisa e a laboratório de computação, além de participarem de videoconferência com especialista em 3D de Hollywood, nos Estados Unidos. Tudo graças ao empenho do Professor, que também é orientador tecnológico no Colégio Estadual Embaixador José Bonifácio, de ensino médio.

“Os alunos gostaram, alguns disseram que a questão da física mudou, tem muito aluno que diz que odeia física, mas, quando vê a física aplicada, uma coisa interessante, palpável, passa a ver a física com outros olhos. A Professora de biologia também comentou que os alunos realmente aprenderam o sistema de visão. Em matemática, os 15 que frequentaram o projeto todo realmente aprenderam as razões trigonométricas”, contou Hartung.

Para ele, o incentivo de um Professor é suficiente para mudar o destino de um aluno. “Com certeza, [entre] os alunos que participaram do [projeto] 3D, muitos falam em fazer faculdade na área de TI [tecnologia da informação], já estão correndo atrás, escolheram faculdade, Enem [Exame Nacional do Ensino Médio], vestibular. Fiquei feliz. Não sei se o projeto contribuiu para isso, mas com certeza abriu um pouco a cabeça deles nesse sentido.”

Outro projeto desenvolvido por ele no colégio de Petrópolis envolve uma atração irresistível para praticamente todo adolescente: os jogos eletrônicos. O Professor observou o quanto é diferente o comportamento do aluno enquanto joga e quando está na escola.

“Quando joga, ele 'morre' na mesma fase cem vezes e continua tentando. Quando ensino matemática e o aluno erra o exercício, fica frustrado e não quer mais fazer. Outra coisa é a concentração, quando o adolescente joga está muito focado, o que não acontece na aula. Tem também o desafio, a próxima fase precisa ser mais difícil do que a anterior. Na aula, se você dá primeiro um exemplo fácil para entender a mecânica e depois dá exemplos mais difíceis, dizem 'está complicando a nossa vida'."

A ideia do Professor, que tem formação técnica em TI, foi estimular os alunos a produzirem seus próprios jogos. “A única regra que tinha era: esse jogo que você vai criar tem que ensinar alguma coisa para alguém”. O Professor usou softwares livres e fáceis de trabalhar, em que é possível montar a estrutura de um jogo. Nesse caso, também foram dadas oficinas sobre matemática aplicada, indústria de games, programação, desenho e linguagem visual de um jogo.

Com isso, no primeiro ano do projeto foram produzido cerca de 30 joguinhos. “Percebi a melhora de alguns alunos em matemática depois do projeto. O interessante é que muitos dos jogos foram aproveitados pelos Professores em sala de aula e alguns foram demandados. Isso é bem inovador, o aluno participar da prática do Professor, e também a visão inovadora de usar jogos em sala de aula”.

A motivação para Hartung vem do próprio exercício da profissão. “Com o cargo de orientador tecnológico, eu tinha 12 horas e um laboratório de informática, não podia deixar os alunos jogando e entrando no Facebook, então comecei a inventar coisas. Eu tinha que ajudar de alguma forma a melhorar esses índices horrorosos que o Brasil amarga nessas avaliações externas.”

Segundo ele, o seu maior incentivo é conseguir despertar no aluno o prazer de aprender. “Eu costumo dizer que eu jogo iscas – tecnologia 3D, jogos, realidade aumentada – para trazer o aluno, para ele pelo menos tentar se envolver com aquilo, com os conteúdos que estão ali por trás. A partir do momento em que ele começa a experimentar, começa a ter essa sensação boa de 'agora eu sei um pouco mais do que eu sabia antes', aí você vê uma transformação interessante.”

O Professor acredita que a Educação no Brasil tem melhorado, mas de uma forma muito lenta. “O ensino médio passou a ser obrigatório, a falta de Professor que havia cinco anos atrás já não acontece tanto, as escolas estão com uma estrutura melhor. Mas a motivação dos alunos eu acho que não é grande coisa, pelo contrário, eu acho até que na minha época a gente não era tão desmotivado”.

O trabalho do Professor Guilherme Erwin Hartung com os alunos do Colégio Estadual Embaixador José Bonifácio podem ser conferidos nos sites http://www.guilhermeeh.blogspot.com.br/, http://petropolis3d.webnode.com.br/ e http://www.fractalmultimidia.blogspot.com.br/, que oferece os jogos desenvolvidos para download.



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