terça-feira, 22 de abril de 2014

Plano Nacional de Educação: Deputados reúnem-se nesta segunda para tentar votar o PNE

Fonte Agência Câmara Notícias

A comissão especial que analisa o Plano Nacional de Educação (PNE – PL 8035/10) reúne-se nesta segunda (22/4/2014), às 14h30, para votar o parecer do relator, deputado Angelo Vanhoni (PT-PR). O texto vem sendo discutido desde o começo do mês, quando também Vanhoni apresentou novas mudanças ao sobre o que já havia sido apresentado ao colegiado.

O PNE define metas para o ensino nos próximos dez anos. Um dos objetivos é aumentar a escolaridade dos brasileiros. O relator mantém o investimento de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) na Educação pública pela União, estados e municípios.

O projeto, que já havia sido aprovado pelos deputados em 2012, voltou para exame na Câmara porque foi modificado pelos senadores.

O foco maior das discussões tem sido o dispositivo do relatório que incluiu, entre as diretrizes do PNE, a superação das desigualdades educacionais, "com ênfase na promoção da igualdade racial, regional, de gênero e de orientação sexual". Estes dois últimos eixos têm sido criticados por diversos deputados.

A reunião será realizada no plenário 5.


Entrevista: "10% do PIB para Educação é garantir padrão mínimo"

Com Daniel Cara, coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação

Fonte O Estado de S. Paulo (SP)

O Plano Nacional de Educação (PNE) chegou ao Congresso em 2010 e, depois de um longo período de debates na Câmara e no Senado, deve ser votado definitivamente nesta semana. É o que espera Daniel Cara, coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, principal articuladora da sociedade civil no Congresso.

A previsão é de que passe na Comissão Especial da Câmara nesta terça-feira, 22, e possa seguir nesta quarta-feira, 23, para o plenário. Por causa do calendário da Copa e das eleições, teme-se que novos adiamentos inviabilizem a aprovação do PNE ainda neste ano - o que seria um prejuízo para a área e um desgaste para o governo Dilma Rousseff (PT).

O que indica que o PNE deve ser votado agora?
Se não votar nesta semana, votam na próxima. Não tem mais por que segurar na comissão especial. O relator já apresentou a terceira complementação do voto, o tema está praticamente esgotado. Tem posição consolidada de votar o texto do relator, ressalvando os destaques. E os destaques podem ser deliberados pela comissão especial.

O texto teve várias alterações. Qual é a versão final em relação ao investimento em Educação?
No Senado foi aprovado dinheiro público para Educação, que incluía todas as parcerias público-privadas. Hoje na Câmara, é dinheiro público para Educação pública, ressalvando os programas que o governo considera essenciais, como ProUni, Pronatec, Fies, Ciência sem Fronteiras. O problema é que estão transformando esses programas em Educação pública, e eles não são.

Por que lutar pelos 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para Educação pública?
É fruto de uma conta. Em 2010, o projeto do governo indicava 7% do PIB para Educação. Mas os cálculos só apresentavam a expansão de matrículas, não incluindo padrão de qualidade. O problema é que o Brasil sempre expandiu matrículas sem qualidade. Então, incluímos questões de qualidade, como valorização dos profissionais, todas as Escolas com laboratórios, quadra, biblioteca. Uma Escola que de fato garanta o Ensino e a aprendizagem dos Alunos. A luta pelos 10% é pelo padrão mínimo.

Tem um foco grande na valorização do Professor?
A gente prevê que a Educação básica custe cerca de 8% do PIB. E 80% disso é para a valorização dos profissionais.

Quais as perspectivas de que esse plano seja cumprido?
O plano passado (2001-2010), criado no governo Fernando Henrique Cardoso, foi construído com pouca participação da sociedade. A realidade agora é que a Educação se tornou um tema mais importante e esse PNE foi construído com base nessa nova composição de participação social. A cada dois anos, o Inep (instituto do governo) vai ter de apresentar relatório sobre andamento do plano, metas e estratégias. Além disso, agora o custo (político) dos governos pela não implementação do plano será maior do que antes, porque só um terço das metas do PNE passado foi cumprido. Demos um passo além no sentido de ter muita participação social.

Plano estabelece diretrizes para os próximos 10 anos
O PNE estabelece diretrizes para a Educação a serem cumpridas em 10 anos, como metas de investimento público na área – atualmente, são investidos 5,3% do PIB brasileiro. A meta é chegar a 10% do PIB. A tramitação começou em 2011 na Câmara, quando recebeu quase 3 mil emendas.

Seguiu para o Senado em 2012 e, após novas alterações, voltou à Câmara. Uma diretriz que trata da questão de gênero e orientação sexual tem travado a votação. Além do relatório final, os deputados deverão analisar cerca de 20 destaques.


quarta-feira, 16 de abril de 2014

Pesquisa e inovação: Embrapii lança primeiro edital para credenciar centros de tecnologia

A Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) publicou o primeiro edital para credenciamento de novas unidades de pesquisa e inovação de todo o país. Nesta primeira fase, dez centros serão certificados e poderão investir em projetos utilizando o selo Embrapii.


A meta é ter, até o início de 2015, 23 unidades aplicando R$ 260 milhões no desenvolvimento de projetos inovadores. O edital, que estabelece os critérios que as instituições científicas e tecnológicas (ICTs) devem atender para utilizarem os recursos, está publicado no site da empresa.



"O edital estabelece os critérios de elegibilidade de uma ICT. Vamos analisar se os centros têm área de competência bem definida, se sua proposta está compatível com a política de governo, se ele possui estrutura, entre outros critérios. Caso esteja apto, o ICT submete seu plano de ação e vamos verificar se a proposta é consistente", afirma o presidente da Embrapii, João Fernando Gomes de Oliveira.

Parcerias
As unidades credenciadas são o elo da parceria que envolve as empresas responsáveis pelos projetos e a Embrapii. Cada um contribui com um terço do valor global dos recursos necessários. Os institutos de tecnologia e inovação certificados entram com os recursos humanos, estrutura, máquinas e equipamentos.

Para firmar tais parcerias, as instituições de pesquisa deverão ser credenciadas a partir de critérios como foco em uma área de competência, infraestrutura e experiência em parcerias anteriores com outras empresas.

O principal ganho com a criação da Embrapii é o início de uma política de investimentos públicos no período pré-competitivo das atividades de pesquisa e desenvolvimento. Essa fase, posterior à escala laboratorial e anterior à comercial, é de alto risco. Daí a importância do compartilhamento técnico e econômico com o setor produtivo.

Até agora foram aprovados na experiência-piloto 68 projetos nas áreas de manufatura, automação, bionanotecnologia, saúde e energia que, juntos, somam R$ 188 milhões. Desse total, R$ 62 milhões são recursos públicos – que triplicaram o aporte inicial. Das empresas que participam via projeto piloto, 30,7% são de alta tecnologia e 61,5% são de média tecnologia.

A Embrapii foi criada a partir das propostas da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), movimento liderado pelo Sistema Indústria que pretende colocar a inovação no centro das estratégias das empresas brasileiras. 

Fonte Portal da Indústria


Estágio: IEL-RN abre 44 vagas para Petrobras

O IEL-RN está aceitando, até 7 de maio, inscrições para a seleção de preenchimento de 44 vagas na Petrobras. Podem se inscrever alunos do ensino médio e superior e médio, nos escritórios do IEL-RN em Natal e Mossoró. As vagas são para Natal (22), Mossoró (20) e Guamaré (2).

Clique aqui para ver o perfil do candidato

As vagas para ensino superior abrangem as seguintes áreas:
Administração (Natal e Mossoró), Arquitetura (Mossoró), Agronomia (Mossoró), Enfermagem (Natal), Pedagogia (Mossoró), Geologia (Natal), Eng. Mecânica (Natal e Mossoró), Eng. Elétrica (Natal e Mossoró), Eng. de Petróleo (Natal e Mossoró), Eng. de Produção (Natal e Mossoró), Eng. Civil (Mossoró), Eng. Agrícola (Mossoró), Eng. de Energia (Mossoró), Eng. da Computação (Natal), Eng. Química (Natal e Mossoró) e Química de Petróleo (Natal).

E para os cursos de nível técnico:
Técnico em Segurança do Trabalho (Guamaré), Técnico em Química (Guamaré), Técnico em Mecânica (Mossoró), Técnico em Segurança do Trabalho (Mossoró) e Técnico em Petróleo e Gás (Mossoró).

Mais informações: em Natal, 84 3204-6288/6258; em Mossoró, 84 3316–3055.


segunda-feira, 14 de abril de 2014

Cursos gratuitos: são 30 mil vagas em programas de iniciação profissional ministrados a distância

Atualizar e desenvolver competências exigidas pelo mercado de trabalho é o que o Senai do Rio de Janeiro está oferecendo gratuitamente. São 30 mil vagas gratuitas em cursos a distância, que abordam temas relacionados a empreendedorismo, segurança no trabalho, tecnologia da informação e comunicação, legislação trabalhista, meio ambiente e propriedade intelectual.


As inscrições permanecem abertas durante todo o ano, com formação de novas turmas a cada mês. Os cursos têm duração de 14h e são 100% online, sem necessidade de comparecimento à unidade física.

O acesso é imediato e o interessado pode optar por 1 ou mais cursos. Podem participar pessoas com, no mínimo, ensino fundamental completo. Os aprovados recebem certificado de conclusão.

Clique aqui para saber mais ou ligue 0800 0231 231.


Conteúdos pedagógicos: Educopédia é opção para professores pesquisarem planos de aula, jogos e vídeos

Uma plataforma de aulas digitais de cada disciplina, com material de suporte aos professores, planos de aula, jogos pedagógicos e vídeos, com o objetivo de tornar o ensino mais atraente e mobilizador para crianças e adolescentes, além de instrumentalizar o professor. Esta é a Educopédia, que também é uma alternativa para o reforço escolar e para os alunos que faltaram às aulas ou que não compreenderam o conteúdo ensinado.

Clique aqui para acessar a plataforma

A iniciativa é da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro e o Oi Futuro, instituto de responsabilidade social da Oi. O projeto, que conta com o apoio do Grupo de Informática Aplicada à Educação no Núcleo de Computação Eletrônica da Universidade Federal do Rio de Janeiro, fornece vasto material educativo online para alunos e professores da rede pública de ensino da cidade, que podem consultar essas informações de qualquer computador e a qualquer hora.

As atividades da Educopédia incluem planos de aula de todas as disciplinas, de acordo com as orientações curriculares da Secretaria Municipal da Educação. O programa oferece uma opção rápida e fácil para professores que desejam integrar tecnologias à suas aulas. As disciplinas estão divididas em 32 aulas digitais, que correspondem às semanas do ano letivo.




Tecnologia e inovação: Microsoft decreta "morte" do Windows XP

A Microsoft acaba de decreta a morte do Windows XP. As novas atualizações automáticas, que ajudam a proteger os computadores, deixarão de existir para esse sistema operacional. De acordo com a Microsoft, sem elas, o computador continuará funcionando, “mas poderá ficar vulnerável a vírus e a riscos de segurança”.



Considerado um sistema operacional de fácil utilização, o Windows XP recebeu suporte da companhia durante 12 anos. No entanto, para a empresa de Bill Gates, criadora do programa que “deu vida” a vários computadores mundo afora, está na hora de investir recursos no suporte a tecnologias mais recentes, para continuar oferecendo novas experiências aos usuários.

A Microsoft também avisou que, após esta data, não oferecerá mais o Microsoft Security Essentials [http://ebcnare.de/1kj9uDr] para download no Windows XP, que é usado contra vírus, spyware e outros softwares mal-intencionados. Se o Microsoft Security Essentials já estiver instalado, o usuário continuará a receber atualizações de assinaturas contra pragas eletrônicas por tempo limitado, o que constitui risco para os usuários.

Na avaliação da empresa, outro problema para quem tem Windows XP no computador, é que os fabricantes de programas e de peças passarão a otimizar seus produtos para versões mais recentes de sistemas operacionais, trazendo problema para quem permanecer com o antigo.

De formato simples, o sistema operacional é um programa, ou um conjunto deles, que permite ao usuário fazer o computador funcionar, além de servir de interface entre a máquina e seu usuário, gerenciando recursos e dando acesso a eles.

Depois do Windows XP, a Microsoft liberou o Windows 7 e mais recentemente o Windows 8.1. Fazer a atualização do XP para o Windows 8 dói no bolso. É preciso ter pelo menos R$ 359, segundo informa o site da Microsoft. Muitas máquinas antigas, no entanto, não conseguirão rodar no novo sistema. Para saber para qual sistema migrar basta executar o assistente de atualização liberado pela empresa.

De acordo com a russa Kaspersky, uma das maiores e mais conhecidas empresas de solução de segurança, no Brasil, dados obtidos até o mês passado indicam que 10,88% dos usuários continuam com o Windows XP e, entre eles, 8,47% ainda têm instalado o Service Pack 2 (pacote de atualização) , ou seja, não têm seus sistemas atualizados.

Os usuários de máquinas antigas podem buscar outros sistemas operacionais, como o Linux, que é gratuito. Uma das versões mais amigáveis é o Ubuntu. 

Morador de Brasília e empresário da área de tecnologia, Marcelo Freire diz, no entanto, que, no Brasil, exceto as pessoas que usam computadores fabricados pela Apple, são poucos os que adotam sistemas operacionais, principalmente os domésticos, que não são da Microsoft.

“O Windows XP é um sistema operacional bem-sucedido, mas tem que dar lugar a soluções mais modernas. Então, a empresa decidiu interromper o suporte para o sistema, que, com o tempo, deixará de existir, assim como foi com o Windows 98, por exemplo. Hoje em dia, mesmo a Apple crescendo muito no Brasil, não se compara o número de usuários da Microsoft.”



Bienal do Livro: escritores garantem que internet não diminuiu a importância do romance

Links, vídeos, imagens, textos e comentários, esse é o ambiente que a internet proporciona a seus usuários. Tudo atrelado à rapidez e à cada vez mais fácil perda de interesse em qualquer tipo de conteúdo. Nada mais natural pensar que o predomínio da ferramenta levaria à morte do romance. Não foi o que aconteceu, defendem os autores Alexandre Marino, Daniel Galera, Joca Terron e André Giusti, na 2ª Bienal Brasil do Livro e da Leitura.

Clique aqui para saber tudo sobre a Bienal

"A literatura evoluiu segundo critérios que já existiam. A lista de livros mais vendidos é semelhante à que era antes da internet. Os romances ainda estão lá. Os livros com mais de 500 páginas ainda são best-sellers", diz o escritor e tradutor Daniel Galera. Para Galera, a internet é uma ferramenta necessária à literatura, faz parte da escrita como faz parte de qualquer outro trabalho. Prova disso é que os títulos lançados atualmente tem a versão digital também à venda nas livrarias. "O que mudou foi o suporte [computadores, tablets], mas não a literatura".

O escritor conta que, quando começou a escrever, a internet ainda estava em evolução. Como não havia publicadores, blogs ou redes sociais, usava o e-mail para veicular uma revista distribuída a 1,5 mil assinantes. Muito do que foi produzido naquela época, ele diz que ajudou a compor o primeiro livro, Dentes Guardados, lançado em 2001.

Já Alexandre Marino, que pertence à geração anterior à internet, quando publicar era luxo e passar pela censura da ditadura, uma batalha, acredita que a internet não vai acabar nem mesmo com os livros de papel. "Com a internet, ganhou-se alcance, mas com ela veio também uma tecnologia que facilitou a impressão de livros", diz.

Nenhum dos autores sabe prever por quais mudanças a literatura ainda vai passar, mas dentre as que já passaram, André Giusti destaca a troca com os leitores, os comentários, a facilidade de divulgação. Poeta e usuário da internet, ele utiliza o blog e as redes sociais para publicar. "Recentemente, em um dia, tive mais de 60 curtidas no Facebook em um poema. Quando, com um livro, teria mais de 60 leitores em um dia?", questiona.

Joca Terron, poeta, prosador, artista gráfico e editor brasileiro, valoriza as facilidades da internet, mas diz que é preciso cautela. "Para mim, a internet é a perfeição atingida do que é literatura: processo coletivo", diz. E explica que a internet traz também a ilusão de que se é lido em um ambiente onde "todo mundo fala e pouquíssima gente escuta". O escritor passa a ser mais um perfil na internet em busca de um clique "curtir" dos leitores.

O assunto foi debatido no seminário Internet - Estética, Difusão e Mercado, na 2ª Bienal do Livro, em Brasília. O evento tem entrada franca e prossegue até a próxima segunda (21/4/2014)l.

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Fonte Agência Brasil


Educação infantil: Comissão da Câmara rejeita projeto de alfabetização até 6 anos

A Comissão de Educação da Câmara dos Deputados rejeitou o projeto do deputado Roberto Freire (PPS-SP), que garante a alfabetização de alunos até os 6 anos de idade e determina que os municípios reestruturem, com apoio estadual e federal, o ensino fundamental de nove anos até 2016 (PL 5.609/13).

Como foi rejeitada na única comissão de mérito, a proposta será arquivada, a menos que haja recurso assinado por 51 deputados solicitando a votação em plenário. A proposta altera a Lei 12.801/13, que estabelece a alfabetização até os 8 anos de idade.

Segundo a relatora, deputada Iara Bernardi (PT-SP), a legislação atual já estabelece o apoio técnico e financeiro federal para a implantação do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, que inclui medidas como formação continuada de professores, disponibilização de material didático específico e premiação de escolas e profissionais por resultados alcançados.

A relatora diz que muitas vezes o aluno avança no ensino fundamental sem ter assegurado seu direito ao desenvolvimento pleno de habilidades básicas em leitura e escrita, mas acredita que a proposição não promove inovação legislativa para a alfabetização.

O assunto foi alvo de polêmica no Plano Nacional de Educação (PL 8.035/10) em discussão na Casa. A Câmara dos Deputados definiu como meta alfabetizar todas as crianças até o final do 3º ano do ensino fundamental, ou seja, aos 8 anos. O Senado alterou a redação para alfabetização até 8 anos durante os primeiros cinco anos de vigência do PNE; a idade de alfabetização cai para 7 anos do sexto ao nono ano de vigência do PNE; e a partir daí, a obrigatoriedade de alfabetização passa a ser até 6 anos.

No relatório que tramita em comissão especial, a redação da Câmara foi retomada. O projeto deve ser votado na comissão após a Semana Santa, e terá que passar pelo plenário da Casa.


Fonte Agência Brasil


Kubitschek, o provocador: "a escola pública é tão mal considerada quanto Valesca e o funk"

Por Cynara Menezes*

Kubitschek (Foto Ana Rayssa/Correio Braziliense)

Depois de passar a terça-feira inteirinha dando entrevistas (até perdeu a conta de quantas deu), Antonio Kubitschek decidiu desligar o telefone. Era aniversário da mulher e ele, que nem Facebook tem, decidiu desconectar para se dedicar à família. O professor de filosofia do Centro de Ensino Médio 3, em Taguatinga, cidade-satélite de Brasília, vive dias de celebridade desde que uma prova sua causou furor nas redes sociais: nela, a funkeira Valesca Popozuda aparece como “pensadora contemporânea”.

Choveram, é claro, ataques ao professor e ao colégio da rede distrital onde ensina. Um blogueiro da direita raivosa chegou a decretar o fim da escola pública: “morreu, foi para o ralo. Virou lixo”, espumou. Mas aí veio a explicação de Kubitschek. O professor fizera a questão justamente para provocar o quiproquó que causou. Sua intenção era mostrar de que tipo de carniça se alimentam os urubus da mídia. E eles caíram feito patinhos.

A própria Valesca, bem mais inteligente do que a blogueirada reaça, percebeu de cara a intenção de Kubitschek. “E se o professor colocou a questão dentro do contexto da matéria? E se o professor quis ser irônico com o sucesso das músicas de hoje em dia?”, publicou a cantora em seu Face, atribuindo o escândalo a preconceito com o gênero musical. E ainda tirou onda: “Diva, Diva sambista, Lacradora, essas coisas, eu já estou pronta, mas PENSADORA CONTEMPORÂNEA ainda não (mas prometo que vou trabalhar isso)”, escreveu. “Vou ali ler um Machado de Assis e ir treinando pra quem sabe um dia conseguir ser uma pensadora de elite!” Beijinho no ombro.

Reprodução do Face de Valesca
Professor da rede pública no Distrito Federal há 19 anos, Kubitschek, 43, é, ao contrário do retrato pintado pelos apressados, um professor bastante conceituado na cidade, admirado por colegas e ex-alunos.

Sua intenção era cumprir uma das principais tarefas do educador: estimular o debate entre os jovens. E conseguiu.

O blog fez um pequeno pingue-pongue com o professor, que não tem parentesco algum com o presidente Juscelino. O Kubitschek, na verdade, é segundo nome. Uma homenagem do pai dele ao criador de Brasília.



segunda-feira, 7 de abril de 2014

Cursos gratuitos: MEC abre vagas no Inglês sem Fronteiras a professores dos IFs

A partir de maio, os professores dos institutos federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFs) poderão ter acesso a curso de inglês gratuito pelo Programa Inglês sem Fronteiras, oferecido pelo Ministério da Educação (MEC). A novidade foi divulgada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

Atualmente, o curso é oferecido a estudantes de graduação e pós-graduação matriculados em universidades públicas e alunos de instituições privadas que tenham obtido no mínimo 600 pontos em uma das edições do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) desde 2009.

O programa pretende melhorar o nível de inglês dos estudantes e aumentar a participação no Ciência sem Fronteiras. Com mais de 500 mil inscritos, o curso funciona pela plataforma virtual My English Online (MEO), que oferece materiais para o desenvolvimento de habilidades no idioma do nível básico ao avançado, e é desenvolvido pelo setor educacional da National Geographic Learning em parceria com a Cengage Learning.

Também segundo a autarquia, está prevista, ainda para maio, a apresentação de novas funcionalidades na plataforma do MEO. Entre estas, está a possibilidade de o aluno acompanhar seu desempenho ao longo do curso por meio de relatórios personalizados.




A Educação que funciona: Veja destaca ensino técnico e tecnológico como contraponto ao ensino superior

Reportagem enfatiza o contraponto histórico existente no Brasil entre o ensino superior e o ensino técnico profissionalizante.

O Senai é destaque em reportagem especial da revista Veja na edição de 29/3/2014. A matéria Educação Técnicos, com muito orgulho, escrita por Cecilia Ritto, Cintia Thomaz e Helena Borges, mostra que a faculdade não é a única via para alcançar realização profissional e altos salários.

Clique aqui para ler a reportagem na íntegra

Até 2015, ressalta a reportagem, 7,2 milhões de vagas surgirão no país em cargos técnicos, sendo 1,1 milhão de novas posições, conforme Mapa do Trabalho Industrial do Senai.

O Senai de Jaraguá do Sul, Santa Catarina, é um dos destaques da matéria como a escola de ensino técnico que melhor prepara profissionais na área metalmecânica no país, segundo avaliação das próprias empresas.

A revista elegeu o caso de Kreice Kinelt, 30 anos, de Jaraguá do Sul. Formada no Senai local, Kreice hoje comanda a linha de montagem de motores da Weg, composta por 30 funcionários. Ela começou operando máquinas e fez o curso técnico à revelia da família, que queria vê-la costureira, como a mãe. "No princípio desconfiavam de mim, mas mostrei que sou capaz", afirma, a respeito de como foi recebida pelos colegas de trabalho.

A reportagem enfatiza o contraponto histórico existente no Brasil entre o ensino superior e o ensino técnico profissionalizante. "Quanto mais se implantam novas tecnologias nas fábricas, mais vai perdendo o sentido contrapor ensino superior a ensino técnico, como se o primeiro fosse a única e determinante mola de ascensão social", afirma a revista. A publicação ressalta que, quando se se trata de Educação universitária no Brasil "há diplomas e diplomas".

A criação indiscriminada de cursos resultou numa "miríade de escolas de baixíssima qualidade". O texto cita estudo da Universidade de Stanford, Estados Unidos, sobre a expansão do ensino superior nos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Um dos coordenadores do estudo, o russo Isak Froumin, afirma que "o mercado está aprendendo a discernir entre excelência e Educação de segunda classe; a primeira nunca foi tão valorizada e a outra, tão malvista".

Outro estudo citado pela reportagem, de autoria da Fundação Getúlio Vargas, mostra que a cada ano de estudo os técnicos somam 14% ao salário. Além disso, 72% dos técnicos e tecnólogos formados no país têm emprego certo. "Estamos falando de um diploma com muito mais liquidez dos que os oferecidos por universidades de quinta", afirmou o sociólogo Simon Schwartzman.

Outra constatação é de que, apesar do crescimento de 74% no número de alunos em cursos técnicos na última década, menos de 10% dos brasileiros de 15 a 19 anos estão nesta modalidade educacional. Um índice muito abaixo do percebido em outros países: Alemanha (53%), Coreia do Sul (65%), França (44%), China (42%), Estados Unidos (40%) e Chile (37%).

A matéria especial também destaca os centros de tecnologia Senai Cetind, da Bahia; CTGas&ER, do Rio Grande do Norte; e CTS do Maracanã, no Rio de Janeiro.


WorldSkills Américas: Brasil conquista 30 medalhas em competição de Educação profissional e tecnológica

O Brasil é o país com maior número de medalhas na terceira edição da WorldSkills Américas, competição interamericana de profissões técnicas e tecnológicas, que acaba de ser realizada em Bogotá (1 a 5/4/2014), Colômbia. Foram 25 medalhas de ouro, quatro de prata e uma de bronze para a delegação brasileira, que competiu em 31 modalidades profissionais.

Dos 34 jovens que formaram a equipe brasileira, 30 são estudantes de cursos técnicos e de aprendizagem profissional do Senai e quatro do Senac. Nas provas, os estudantes precisam executar tarefas do dia a dia do trabalho nas profissões que escolheram, seguindo padrões internacionais de qualidade. Vencem aqueles que conseguem resolver o desafio dentro do menor prazo com o menor número de falhas.

A competição, que reuniu 186 jovens, teve, no total, 36 modalidades profissionais, das quais cinco ocorreram de forma demonstrativa. O Brasil alcançou a maior pontuação entre todas as delegações (16.755 pontos), mais de 3 mil pontos à frente da Colômbia, a segunda colocada, com 13.029 pontos. Esse somatório leva em conta o desempenho de toda a delegação de cada país.


Rafael: melhor desempenho entre todos
(Foto Divulgação)
O melhor
O potiguar Rafael Pereira, 20 anos, teve o melhor desempenho entre todos os 186 competidores da WorldSkills Américas em Bogotá. Disputando com dez concorrentes na ocupação soldagem, ele alcançou 576, quase a nota máxima que era de 600 pontos. Veterano em competições desse tipo, ele foi ouro na Olimpíada do Conhecimento de 2012, competição nacional, e prata na WorldSkills International, realizada ano passado em Leipzig, Alemanha, disputando com mais 35 jovens.

Técnico em mecânica, formado no Senai de Mossoró, Rafael acredita que a participação e os bons resultados nas competições surtem efeito positivo no dia a dia das escolas e ajudam a mudar a Educação profissional como um todo. “Hoje, quando se fala em solda, no Brasil, a gente pensa em Mossoró. Depois da minha medalha, por exemplo, agora temos uma unidade móvel que permite ensinar solda em vários municípios do estado”, disse o campeão.

Foi dessa mesma escola que saíram competidores dessa modalidade para os mundiais do Japão, em 2007, e da Inglaterra, em 2011. Em Shizuoka, Max Pereira, irmão de Rafael, conquistou um diploma de excelência, e, em Londres, Lucas Filgueiras ficou com o bronze.

Clique aqui para ver o ranking de pontos por medalhas na competição.

Fonte Portal da Indústria


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