terça-feira, 13 de maio de 2014

Enem 2014: travestis e transexuais poderão usar nome social nos dias das provas

Por Agência Brasil

O travesti ou transexual que se inscrever no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2014 poderá ser identificado pelo nome social nos dias e locais de realização das provas. Para isso, é preciso fazer o pedido pelo 0800 616161, até o final do período de inscrição.

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No momento de fazer a inscrição o nome a ser usado pelo travesti ou transexual é o que consta no documento de identidade, de acordo com a assessoria de imprensa do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). O valor da taxa de inscrição é R$ 35 e pode ser pago até o dia 28 de maio. Estudantes da rede pública e pessoas com renda familiar até 1,5 salário mínimo ficam isentos do pagamento.

A nota do Enem pode ser usada para concorrer a vagas em instituições públicas de ensino superior, em cursos técnicos e a bolsas de estudo em instituições privadas de ensino superior. É também pré-requisito para firmar contratos por meio do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e para obter bolsas de intercâmbio pelo programa Ciência sem Fronteiras.

Os estudantes maiores de 18 anos que ainda não obtiveram a certificação do ensino médio podem fazer o Enem com essa finalidade. Eles devem pedir, no ato da inscrição, que o resultado do exame seja usado para obter a certificação.

Para se preparar para o Enem, o aluno pode acessar o aplicativo do Banco de Questões da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), que reúne itens de 2009 a 2013.

Enem recebe quase 400 mil inscrições no primeiro dia
Nesta segunda (12/5/2014), primeiro dia de inscrições, o Enem registrou 393.890 inscrições até as 20h, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

O Inep espera ter 8,2 milhões inscritos no exame, um crescimento de 13,8% em relação aos 7,2 milhões de 2013. O ministro da Educação, Henrique Paim, recomenda aos estudantes não deixarem para fazer a inscrição na última hora. No ano passado, foram 2 milhões apenas no último dia.


sábado, 10 de maio de 2014

Pesquisa e inovação: edital inscreve empresas interessas em desenvolver produtos, processos ou serviços

O edital custeia projetos de inovação tecnológica nas áreas de saúde, segurança, qualidade de vida, Educação e cultura, por meio de produtos, processos e serviços. Pode concorrer qualquer empresa de qualquer porte do setor industrial. Nesta edição do edital, há duas novidades: as inscrições podem ser feitas durante todo o ano e startups também poderão participar, com aporte de R$ 5 milhões do valor total.


Dois casos de sucesso de edições anteriores do Edital Senai Sesi de Inovação vêm de Goiás. Com apoio do Senai, a Musa desenvolveu uma barra de frutas diferenciada que impulsionou o faturamento da empresa. O mesmo ocorreu com a Pura, que criou uma garrafa d'água com a chamada tampa-copo, que está fazendo sucesso com o público infantil. Assista ao vídeo sobre os dois projetos:





As propostas de inovação inscritas terão R$ 30,5 milhões, sendo R$ 20 milhões para projetos na área do Senai, R$ 7,5 milhões do Sesi e R$ 3 milhões em bolsas de pesquisa em Desenvolvimento Tecnológico e Industrial (DTI) do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Diferentemente dos outros anos, haverá ciclos contínuos de inscrição. Assim, as empresas terão chance de submeter propostas a qualquer tempo, até 15 de fevereiro de 2015, com possibilidade de seleção em avaliações trimestrais.

“Quem sai ganhando são as empresas. O prazo agora é maior. Assim, dentro desses períodos de avaliação, poderão surgir novas ideias e projetos que terão mais chance de aprovação”, explica Jefferson Gomes, gerente executivo de inovação e tecnologia do Senai Nacional.

Para a gerente de Projetos e Inovação do Sesi do Amazonas, Simonica Sidrim, o edital é um instrumento que assessora empresas a tirar do papel projetos que irão contribuir com a produtividade e a competitividade da indústria brasileira, melhorando as condições de trabalho e elevando a qualidade de vida dos trabalhadores.

As empresas precisam atuar em parceria com as unidades regionais do Senai e o Cetiqt, do Sesi, ou com o CNPq. Clique aqui para saber tudo sobre e fazer a inscrição do seu projeto.

O primeiro edital é de 2004, iniciativa do Senai. Naquele ano, os sete projetos aprovados receberam, juntos, R$ 375 mil. Em 2008, o programa ganhou a parceria do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), por meio do CNPq. No ano seguinte, o Sesi reforçou esse time. Até agora 2013, o Edital de Inovação já recebeu 3.066 propostas, sendo 524 aprovados.



quinta-feira, 8 de maio de 2014

Pronatec: 13 estados têm mais de 70 mil vagas em cursos de aprendizagem, qualificação e técnicos

Unidades do Senai de 13 estados estão com inscrições abertas para 70.404 vagas em cursos técnicos, de aprendizagem e de qualificação. Podem se inscrever estudantes da segunda ou terceira séries do ensino médio ou quem tem esse nível de escolaridade completo, além de acadêmicos e profissionais que já atuam no mercado.

Clique aqui para ver os cursos e as vagas de
acordo com cada estados (foto Divulgação)

A formação técnica oferece conhecimentos teóricos e práticos e prepara para a entrada no mercado de trabalho em setores da indústria. A duração de cada curso varia e pode chegar a dois anos.

Muitas vagas são pelo Pronatec. Neste caso, o governo federal arca com as despesas do curso, desde a mensalidade até transporte, alimentação e material didático. Os interessados devem estudar em escolas públicas ou em particulares com bolsa integral. Para fazer um curso no Senai pelo Pronatec é necessário entrar em contato com a secretaria de Educação do estado, que fica responsável por encaminhar os estudantes.

Cursos de aprendizagem
Ajudam os jovens que concluíram o ensino fundamental a começar uma carreira. Os cursos são gratuitos e promovem a profissionalização de jovens, com idade entre 14 e 24 anos.

Por meio desses cursos, a indústria pode contratar aprendizes, atendendo à legislação vigente, e também pode investir na formação de excelentes profissionais.

Cursos de qualificação
Os cursos têm duração mínima de 160 horas e são destinados a trabalhadores maiores de 16 anos, com escolaridade variável de acordo com o exercício da profissão.


quarta-feira, 7 de maio de 2014

Plano Nacional de Educação: Comissão da Câmara aprova o projeto, que deve ser votado em 10 dias

A comissão especial que analisa o Plano Nacional de Educação (PNE) concluiu nesta terça (6/5/2014) a votação do projeto de lei. A expectativa é que o plano seja votado em plenário dentro de dez dias e siga para sanção presidencial neste mês.

O PNE estabelece metas para a serem cumpridas nos próximos dez anos. Entre as diretrizes, estão a erradicação do analfabetismo e a universalização do atendimento escolar. O plano destina 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a Educação – atualmente são investidos 5,3% do PIB.

(foto Divulgação)

Nesta terça, os deputados votaram os últimos destaques. Uma das alterações feitas no relatório do deputado Angelo Vanhoni (PT-PR) foi a inclusão da estratégia aprovada pelo Senado Federal, que estabelece políticas de estímulo às escolas que melhorarem o desempenho no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). A ideia é valorizar o mérito dos professores, da direção da escola e da comunidade escolar.

Esse ponto foi criticado por entidades e profissionais que atuam no setor, que definem a estratégia como "nada promissora diante de um método de avaliação ainda limitado", como destaca carta aberta da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE).

O plano tramita no Congresso Nacional há três anos, e ao longo desse tempo foram sugeridas mais de 3 mil emendas. Um dos pontos polêmicos é o financiamento. Na forma como o plano deixa a comissão, os 10% do PIB incluirão as isenções fiscais e financiamentos ao setor privado, como o Programa Universidade para Todos (ProUni) e o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

Outro ponto que gerou debate é a questão de gênero e orientação sexual, suprimida do texto por meio de destaque. O relatório aprovava a "superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção de igualdade racial, regional, de gênero e de orientação sexual". A redação foi alterada para "a erradicação de todas as formas de discriminação" e assim segue para plenário.

De acordo com os deputados, tanto o financiamento quanto a questão de gênero devem ser retomados. "Vamos recorrer da meta de financiamento no plenário, pois somos contrários ao compartilhamento do financiamento público com o Fies e o Prouni", disse o deputado Paulo Rubem (PDT-PE).

Segundo ele, haverá esforço para colocar o PNE na pauta do plenário o quanto antes. "Corremos o risco de ter o plano sancionado em pleno debate eleitoral", disse. Ele acrescentou que "há uma contradição entre política de expansão dos gastos públicos [previsto no PNE] e o discurso de oposição, que é o oposto. Temos que garantir que a matéria vá logo a plenário e que possa haver debate qualificado".


O relator, Angelo Vanhoni, disse não ter previsão sobre o integral cumprimento do plano. "Eu não tenho como prever, não tenho como dizer isso de forma taxativa, mas são metas necessárias para que o Brasil supere o atual estágio de desenvolvimento. Agora, se vamos cumprir 70%, 80% ou 100% de cada meta estabelecida, só a dinâmica da política nacional, do envolvimento dos gestores, do envolvimento da sociedade, do parlamento, das definições do Executivo é que vão traduzir o plano na realidade concreta da vida das crianças e jovens".

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Tecnologia agropecuária: Olimpíada lança desafi a estudantes do setor de todo o Brasil

Fonte Ministério da Educação

Estudantes dos cursos técnicos em agropecuária (integrados e subsequentes) e demais cursos do eixo tecnológico recursos naturais, matriculados em institutos federais ou demais instituições que ofereçam formação nessa área, podem testar e mostrar seus conhecimentos na Olimpíada Brasileira de Agropecuária (Obap).

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Dividida em três fases, sendo duas virtuais e uma presencial, que equivale à final da competição, a olimpíada incentiva a participação de estudantes de todo o país em atividades de iniciação científica, além de promover o desenvolvimento regional e a produção de inovações tecnológicas na área.

A quarta edição da Obap recebe inscrições até 30 de maio. Podem ser feitas no portal do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas, que coordena a realização o evento.

Em média, com 380 equipes de 25 estados, alunos de institutos federais, centros estaduais e municipais de Educação agrícola participaram das edições de 2011, 2012 e 2013. “O principal ganho é propiciar um momento para que o competidor possa mostrar, na prática, o que aprendeu na teoria”, afirma Éder Sacconi, diretor de pesquisa e inovação do Instituto Federal do Sul de Minas.

Vencedores
Na 3ª Obap, os competidores foram desafiados a elaborar estudos de caso sobre o tema fruticultura. O proposto foi aumentar o consumo de frutas no contexto regional e nacional, visando à promoção da saúde. A equipe vencedora da competição, a Agro SMI, formada pelos estudantes Vitor Araújo, Rafael Minosso e Lucas Henrich, apresentou o projeto Introdução de frutas em restaurantes populares como forma de aumentar produção e consumo de frutas.

Pela proposta, uma parceria entre pequenos produtores da região e as administrações municipais garantiria o abastecimento dos restaurantes, pelos produtores, e em contrapartida teriam a assistência técnica necessária para o manejo de seus pomares.

Os produtores destinariam parte de suas áreas para o plantio de duas espécies nativas (jabuticaba e maracujá) e duas espécies exóticas (mamão e banana). Os frutos de banana e mamão seriam destinados ao consumo in natura, enquanto os frutos de jabuticaba e maracujá seriam processados para obtenção de polpa.

“Depois da Obap, a gente se tornou um exemplo, porque dentro do nosso próprio colégio as pessoas se espelham em nós e todos agora estão estudando mais”, comenta Rafael, que, durante a competição, teve contato com outros 200 alunos de todas as regiões do Brasil.

Vitor, Rafael e Lucas terão neste ano a oportunidade de viajar para os Estados Unidos, onde participarão da Olimpíada Internacional de Ciências da Terra (Ieso). Eles são alunos do Centro Estadual de Educação Profissional Manoel Moreira Pena, de Foz do Iguaçu (PR), e foram orientados pelas professoras Juliana Davi e Carmem Aranda. Estudantes de um curso técnico em agropecuária integrado ao ensino médio, eles são de São Miguel do Iguaçu, município localizado a cerca de 50 quilômetros da sede da escola, o que deu origem à sigla SMI. Para sair vitorioso da competição, o trio superou o desempenho de outras 239 equipes.

Novidade
Nesta quarta edição, haverá a inclusão de provas práticas na final. A fase presencial ocorrerá nos dias 10 e 11 de outubro, no campus do Instituto Federal do Sul de Minas Gerais, localizado no município de Inconfidentes.

A competição, realizada pelo Instituto Federal do Sul de Minas e pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), conta com o apoio do Ministério da Educação, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais, entre outros parceiros.


Mercado de trabalho: qualificação ao longo da carreira

Em um mercado de trabalho apertado, que favorece quem está à procura de uma vaga, as oportunidades se multiplicam para os profissionais qualificados. Além de premiá-los com rápida ascensão, as empresas incentivam a continuidade dos estudos.

(foto Ana Rayssa)
A trajetória de Karen Fujita (foto), 34 anos, é o espelho desse quadro. Ela ingressou na operadora de telefonia Vivo aos 16 anos como estagiária no setor de Call Center. Assim que completou 18 anos, teve a carteira assinada. “A empresa apostou em mim. Proporcionou cursos que me permitiram ir para a área de vendas”, contou.

Durante os quatro anos em que trabalhou na nova vaga, Karen fez faculdade de Letras, com especialização em português e inglês. Assim que conquistou o diploma universitário, a empresa ofereceu um curso voltado para gestão e liderança. E ela se tornou gerente, com uma equipe de 36 funcionários.

Clique aqui para ler a reportagem completa publicada no Correio Braziliense.

Mecatrônica: Senai vai abrir 40 vagas em curso técnico

O Senai do Rio Grande do Sul vai ministrar em sua unidade de Santa Rosa (495 de Porto Alegre), a partir de julho, o curso técnico em Mecatrônica. As inscrições poderão ser feitas de 25 de maio e encerram em 27 de junho. A prova de seleção será realizada em 28 de junho.

Saiba mais: 55 3512-5886 (foto Divulgação)
Na pauta do curso automação industrial, mecatrônica, instrumentação, controle de processos e manutenção de sistemas industriais autômatos. O profissional da área pode atuar em automobilística, eletrônica, mecânica, química e outras, realizando atividades ligadas à integração de processos mecânicos e eletrônicos.

Também pode auxiliar engenheiros durante o processo de design e desenvolvimento de sistemas automatizados; tais como robôs e equipamentos que operam com o auxílio de softwares. Operam programas que automatizam a linha de produção de uma empresa, além de avaliar e especificar componentes das máquinas, assim como supervisionar a construção de protótipos.

Para ingressar no curso em mecatrônica do Senai-RS, o candidato precisa estar matriculado no ensino médio, a partir do 2º ano, ou comprovar a conclusão do mesmo. Será oferecido pelo Pronatec, de forma gratuita, e no turno da noite, na modalidade paga. São 40 vagas por turma.

Olimpíada de Língua Portuguesa: professores podem se inscrever até 15 de maio

Fonte Agência Brasil

As inscrições para a Olimpíada de Língua Portuguesa foram prorrogadas até o dia 15 de maio para garantir a inscrição e a adesão a todos os professores e secretarias municipais e estaduais de Educação, como informou a coordenação da competição. Podem participar professores e estudantes de escolas públicas de turmas do 5º ano do ensino fundamental ao 3º ano do ensino médio.

Clique aqui para saber mais e fazer sua inscrição

Segundo informação do portal da olimpíada, nas duas últimas semanas o site teve um grande aumento no número de inscrições. Ao mesmo tempo, o serviço de atendimento por telefone registrou o dobro do número de ligações entre os dias 24 e 29 de abril, passando de 300 para 700 ligações por dia. A Central de Atendimentos da Olimpíada (0800-771931) trabalha com até oito pessoas recebendo ligações simultaneamente. Nesses dias, em vários horários todas as linhas ficaram ocupadas.

As demais datas da competição foram mantidas. As escolas devem enviar os textos produzidos às comissões julgadoras até o dia 15 de agosto. Ao longo do ano, haverá várias etapas de seleção de textos. A fase final da olimpíada será em Brasília, em dezembro, com a divulgação dos 20 vencedores nacionais. Os alunos e professores escolhidos receberão medalhas de ouro, notebook e impressora, e as escolas, laboratório de informática.

O programa trabalha com gêneros literários específicos, de acordo com a série. No caso do ensino fundamental, os alunos do 5º e 6º anos deverão produzir poema; os do 7º e 8º anos, memórias literárias; e os do 9º ano, crônica. No ensino médio, será a crônica para o 1º ano e o artigo de opinião para o 2º e 3º anos.

O professor é quem se inscreve na olimpíada. Para que ele participe do concurso, é preciso que a Secretaria de Educação do município ou do estado faça a adesão ao projeto no mesmo período de inscrição. O docente poderá também se cadastrar no portal para ter acesso a material didático de capacitação destinado a orientar os estudantes e participar ainda de cursos de formação online. As oficinas de leitura e de produção de textos deverão ser desenvolvidas pelos professores durante as aulas de língua portuguesa.

A competição foi lançada em 2002 pela Fundação Itaú Cultural e pelo Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec), em parceria com a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) e o Canal Futura. A iniciativa ganhou a adesão, em 2007, do Ministério da Educação. Na última edição, em 2012, foram recebidas 90.391 inscrições de professores, de 40.433 escolas brasileiras. O programa teve a participação de cerca de 3 milhões de estudantes.


terça-feira, 22 de abril de 2014

Pesquisa do Pisa: meninas leem mais, e meninos são melhores em matemática

Pesquisa internacional com alunos de 15 anos comprova diferença de aptidão por gênero, mas especialistas veem razões culturais

Fonte: O Globo

De um lado, meninas com melhor desempenho em leitura. Do outro, meninos com performance superior em matemática. O quadro, que muita gente já observou, é comprovado em números numa recente publicação da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) com base em dados do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) 2012. Jovens de 15 anos que vivem 65 países participam da análise, e uma das conclusões é que o hiato se deve menos à capacidade e mais às diferenças de autoconfiança de meninos e meninas na hora de aprender.

Nervosa com matemática. Desde cedo Giovana Ribeiro prefere história e gramática e quer fazer Direito ou Medicina (foto Leo Martins/Agênncia O Globo)

Os dados da publicação "Meninos e meninas estão igualmente preparados para a vida?" mostram que garotas superam garotos em leitura numa proporção que equivale a um ano inteiro de Escola, em média. Já os adolescentes do sexo masculino, por sua vez, estão à frente em matemática cerca de três meses. E 15% dos meninos, mas apenas 11% das meninas, atingem os níveis mais altos na disciplina. No Brasil, meninos estão 18 pontos à frente em matemática.

A publicação afirma que "a confiança de estudantes em suas habilidades e motivações em aprender tem um papel central em moldar sua performance em assuntos acadêmicos específicos", acrescentando que a percepção das meninas a respeito do seu próprio aprendizado em números determina quão bem elas motivam a si próprias.

A avaliação é confirmada por especialistas em Educação, que sustentam: questões culturais são determinantes no aprendizado.
- Não há nada que comprove cientificamente que os homens têm mais capacidade nas ciências exatas, mas, historicamente, é o que vemos. Na minha geração, a mulher era formada para ser Professora - opina Bertha do Valle, Professora da Faculdade de Educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

Para Norma Lúcia de Queiroz, da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília (UnB), a diferença no aprendizado começa na Alfabetização:
- O dado a respeito da leitura é coerente e pode ser observado no início da Escolarização. Num projeto do Observatório da Educação da UnB, de 20 Alunos com dificuldade em alfabetização, 18 são meninos.

Capazes e sem autoconfiança
A publicação da OCDE indica ainda que muitas meninas escolhem não seguir carreiras de ciência, tecnologia, engenharia e matemática por não confiarem em suas habilidades na área, "apesar de terem capacidade e ferramentas para fazer isso". Apenas 38% das meninas, mas 53% dos meninos, planejam seguir carreira que envolva matemática. Por outro lado, meninas são representadas em excesso entre estudantes que imaginam trabalhar na área de saúde e ciências sociais.

É o caso de Giovanna Ribeiro, de 15 anos, aluna do 1º ano do colégio carioca Mopi. Desde pequena, a menina prefere as lições de história e gramática. Para a vida adulta, planeja uma carreira em Direito ou Medicina.
- Eu sempre odiei matemática. Não entra na minha cabeça, fico nervosa na hora de fazer a prova - conta.

Já Luiz Henrique Alves, do 2º ano do também carioca Pensi, é o clássico caso do menino que tem notas melhores nas matérias que envolvem cálculos e sonha com uma faculdade de Engenharia.
- Em matemática costumo tirar 9. Já nas outras matérias, em geral, fico entre 7,5 e 8 - explica o menino, que frequenta aulas preparatórias para concursos militares, cuja relação é de 20 rapazes para cada 10 garotas em sala.

Para Márcia Malavasi, da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), muitas vezes as escolhas profissionais estão ligadas à crença de que as meninas são inclinadas "a desenvolver relações interpessoais":
- Meninas são muito mais orientadas para carreiras de ciências humanas. Isso tem a ver com o fato de a sociedade acreditar que elas são mais capazes de fazer doações psicológicas, o que é uma visão equivocada que vem da história de servidão das mulheres aos homens.

A Professora acrescenta que há menos mulheres ocupando cargos que exigem o domínio de exatas. E, mesmo quando elas ocupam essas posições, ganham salários mais baixos.
- Isso ocorre até em países desenvolvidos. É um percurso social que a humanidade ainda terá de fazer - afirma.

Esforço coletivo para mudar
Na publicação, a OCDE destaca que a diferença entre os sexos no desempenho em matemática se manteve estável na maioria dos países desde 2003, assim como a diferença de gênero na autoconfiança. Segundo a organização, a redução do hiato de gênero no desempenho vai exigir, a longo prazo, o esforço de pais, Professores e sociedade para mudar noções estereotipadas.

A curto prazo, pondera a OCDE, pode ser necessário tornar a matemática mais interessante para meninas, identificando e eliminando os estereótipos de gênero nos livros didáticos.

Norma Lúcia, da UnB, concorda e diz que o mesmo pode ser feito em relação ao interesse de meninos pela leitura:
- Nós, Professores, precisamos investigar se as atividades que proporcionamos na Escola têm a ver com isso. Será, por exemplo, que as meninas não se identificam mais com o tipo de história que costumamos ler em sala de aula? Talvez sejam necessárias práticas pedagógicas diferentes para meninos e meninas. 




Plano Nacional de Educação: Deputados reúnem-se nesta segunda para tentar votar o PNE

Fonte Agência Câmara Notícias

A comissão especial que analisa o Plano Nacional de Educação (PNE – PL 8035/10) reúne-se nesta segunda (22/4/2014), às 14h30, para votar o parecer do relator, deputado Angelo Vanhoni (PT-PR). O texto vem sendo discutido desde o começo do mês, quando também Vanhoni apresentou novas mudanças ao sobre o que já havia sido apresentado ao colegiado.

O PNE define metas para o ensino nos próximos dez anos. Um dos objetivos é aumentar a escolaridade dos brasileiros. O relator mantém o investimento de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) na Educação pública pela União, estados e municípios.

O projeto, que já havia sido aprovado pelos deputados em 2012, voltou para exame na Câmara porque foi modificado pelos senadores.

O foco maior das discussões tem sido o dispositivo do relatório que incluiu, entre as diretrizes do PNE, a superação das desigualdades educacionais, "com ênfase na promoção da igualdade racial, regional, de gênero e de orientação sexual". Estes dois últimos eixos têm sido criticados por diversos deputados.

A reunião será realizada no plenário 5.


Entrevista: "10% do PIB para Educação é garantir padrão mínimo"

Com Daniel Cara, coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação

Fonte O Estado de S. Paulo (SP)

O Plano Nacional de Educação (PNE) chegou ao Congresso em 2010 e, depois de um longo período de debates na Câmara e no Senado, deve ser votado definitivamente nesta semana. É o que espera Daniel Cara, coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, principal articuladora da sociedade civil no Congresso.

A previsão é de que passe na Comissão Especial da Câmara nesta terça-feira, 22, e possa seguir nesta quarta-feira, 23, para o plenário. Por causa do calendário da Copa e das eleições, teme-se que novos adiamentos inviabilizem a aprovação do PNE ainda neste ano - o que seria um prejuízo para a área e um desgaste para o governo Dilma Rousseff (PT).

O que indica que o PNE deve ser votado agora?
Se não votar nesta semana, votam na próxima. Não tem mais por que segurar na comissão especial. O relator já apresentou a terceira complementação do voto, o tema está praticamente esgotado. Tem posição consolidada de votar o texto do relator, ressalvando os destaques. E os destaques podem ser deliberados pela comissão especial.

O texto teve várias alterações. Qual é a versão final em relação ao investimento em Educação?
No Senado foi aprovado dinheiro público para Educação, que incluía todas as parcerias público-privadas. Hoje na Câmara, é dinheiro público para Educação pública, ressalvando os programas que o governo considera essenciais, como ProUni, Pronatec, Fies, Ciência sem Fronteiras. O problema é que estão transformando esses programas em Educação pública, e eles não são.

Por que lutar pelos 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para Educação pública?
É fruto de uma conta. Em 2010, o projeto do governo indicava 7% do PIB para Educação. Mas os cálculos só apresentavam a expansão de matrículas, não incluindo padrão de qualidade. O problema é que o Brasil sempre expandiu matrículas sem qualidade. Então, incluímos questões de qualidade, como valorização dos profissionais, todas as Escolas com laboratórios, quadra, biblioteca. Uma Escola que de fato garanta o Ensino e a aprendizagem dos Alunos. A luta pelos 10% é pelo padrão mínimo.

Tem um foco grande na valorização do Professor?
A gente prevê que a Educação básica custe cerca de 8% do PIB. E 80% disso é para a valorização dos profissionais.

Quais as perspectivas de que esse plano seja cumprido?
O plano passado (2001-2010), criado no governo Fernando Henrique Cardoso, foi construído com pouca participação da sociedade. A realidade agora é que a Educação se tornou um tema mais importante e esse PNE foi construído com base nessa nova composição de participação social. A cada dois anos, o Inep (instituto do governo) vai ter de apresentar relatório sobre andamento do plano, metas e estratégias. Além disso, agora o custo (político) dos governos pela não implementação do plano será maior do que antes, porque só um terço das metas do PNE passado foi cumprido. Demos um passo além no sentido de ter muita participação social.

Plano estabelece diretrizes para os próximos 10 anos
O PNE estabelece diretrizes para a Educação a serem cumpridas em 10 anos, como metas de investimento público na área – atualmente, são investidos 5,3% do PIB brasileiro. A meta é chegar a 10% do PIB. A tramitação começou em 2011 na Câmara, quando recebeu quase 3 mil emendas.

Seguiu para o Senado em 2012 e, após novas alterações, voltou à Câmara. Uma diretriz que trata da questão de gênero e orientação sexual tem travado a votação. Além do relatório final, os deputados deverão analisar cerca de 20 destaques.


quarta-feira, 16 de abril de 2014

Pesquisa e inovação: Embrapii lança primeiro edital para credenciar centros de tecnologia

A Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) publicou o primeiro edital para credenciamento de novas unidades de pesquisa e inovação de todo o país. Nesta primeira fase, dez centros serão certificados e poderão investir em projetos utilizando o selo Embrapii.


A meta é ter, até o início de 2015, 23 unidades aplicando R$ 260 milhões no desenvolvimento de projetos inovadores. O edital, que estabelece os critérios que as instituições científicas e tecnológicas (ICTs) devem atender para utilizarem os recursos, está publicado no site da empresa.



"O edital estabelece os critérios de elegibilidade de uma ICT. Vamos analisar se os centros têm área de competência bem definida, se sua proposta está compatível com a política de governo, se ele possui estrutura, entre outros critérios. Caso esteja apto, o ICT submete seu plano de ação e vamos verificar se a proposta é consistente", afirma o presidente da Embrapii, João Fernando Gomes de Oliveira.

Parcerias
As unidades credenciadas são o elo da parceria que envolve as empresas responsáveis pelos projetos e a Embrapii. Cada um contribui com um terço do valor global dos recursos necessários. Os institutos de tecnologia e inovação certificados entram com os recursos humanos, estrutura, máquinas e equipamentos.

Para firmar tais parcerias, as instituições de pesquisa deverão ser credenciadas a partir de critérios como foco em uma área de competência, infraestrutura e experiência em parcerias anteriores com outras empresas.

O principal ganho com a criação da Embrapii é o início de uma política de investimentos públicos no período pré-competitivo das atividades de pesquisa e desenvolvimento. Essa fase, posterior à escala laboratorial e anterior à comercial, é de alto risco. Daí a importância do compartilhamento técnico e econômico com o setor produtivo.

Até agora foram aprovados na experiência-piloto 68 projetos nas áreas de manufatura, automação, bionanotecnologia, saúde e energia que, juntos, somam R$ 188 milhões. Desse total, R$ 62 milhões são recursos públicos – que triplicaram o aporte inicial. Das empresas que participam via projeto piloto, 30,7% são de alta tecnologia e 61,5% são de média tecnologia.

A Embrapii foi criada a partir das propostas da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), movimento liderado pelo Sistema Indústria que pretende colocar a inovação no centro das estratégias das empresas brasileiras. 

Fonte Portal da Indústria


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